Capítulo 15

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Passei a manhã inteira socando aquele saco de areia, Gross tinha mando uma mensagem bem cedo avisando que o humano chegaria logo. Eu queria manter distância o suficiente para não sentir seu cheiro, com toda certeza atacaria não seria o primeiro a ficar com a garganta entre meus dedos. Gross garantiu que antes do almoço o humano iria embora e eu poderia ir ajuda-lo a testar o sistema de segurança.

Já enfadado tomei um banho demorado e mandei uma mensagem para Vengeance avisando que eu estava indo até a base, o humano já devia ter ido embora e eu precisava distrair minha cabeça com alguma coisa. Ao chegar nas proximidades o vento soprou ao meu favor e trouxe com ele um cheiro que eu nunca esqueceria. Olhei para todos os lados para ter certeza que não estava ficando maluco, talvez minha necessidade esteja afetando minha sanidade.

O vento soprou outra vez e eu fiquei duro como pedra quando as lembranças se jogaram em minha frente, Cosima não percebia mas a cada sorriso, cada toque dela me deixava com vontade de coloca-la de joelhos e fode-la até o esgotamento. Quando as lembranças liberaram minha visão achei que realmente estava ficando maluco, era ela, a minha Cosima. Estava sentada no chão tão linda quanto eu me lembrava, não consegui me segurar eu nunca mais deixaria que a tirassem de mim, nunca.

[···]

Seus olhos assustados me analisavam, eu estava tão perto dela mas tinha receio em toca-la, Cosima estava muito magra e eu não gostei disso. O medo de quebra-la tão facilmente se apoderou de mim me deixando estático, eu podia machuca-la muito se tentasse. Ela nunca me olhou apavorada e por minutos me senti o monstro dos seus pesadelos.

- Eu. Achei que estava louco quando te vi. Passei todos esses anos achando que estava morta, que eu tinha matado você. Nunca me perdoará pelo que fiz, não é?  - se eu sonho com aquela noite todos os dias ela também deve sonhar, em seu ombro esquerdo estava exposto a marca dos meus dentes. Ela era minha.

- 427... - rosnei, eu odiava que me chamassem por esse maldito número. - Rage, não foi culpa sua... eu te perdoei antes mesmo de você ... antes do ataque.

- Porque nunca voltou para mim? - ela mordeu os lábios carnudos e senti vontade de fazer o mesmo, morder aqueles lábios rosados. Cosima se arrastou para a beirada da cama e ficou de pé, ou tentou. Seu corpo estava fraco e ela tombou, rapidamente me aproximei e segurei em sua cintura a equilibrando.

Seu corpo tão perto do meu era o que eu sempre tinha sonhado, seus cachos vermelhos estavam bagunçados do jeito que eu gostava. Ela levantou seus olhos azuis como água para mim e sua boca parecia me chamar, as palavras sumiram e nem a pergunta que eu tinha feito importava mais, Cosima estava em meus braços novamente. Minha Cosima. Abaixei até o meu rosto encostar no seu, ela já tinha fechado os olhos e seus lábios ficaram entreabertos para mim.

Puxei seu corpo para mais perto e selei nossos lábios, eram tão doces quanto eu imaginava, macios e suculentos. Ela me correspondia no mesmo ritmo, minha mão desceu até o seu traseiro volumoso e eu a levantei sem esforço, Cosima entrelaçou suas pernas em minha cintura e seus braços em meu pescoço com força, eu podia sentir o cheiro da sua excitação, doce e sensual.

- Rage... - ela gemeu quando eu a deitei sobre a cama, isso era muito melhor que os meus sonhos. Seus cabelos espalhados em meus lençóis, seu corpo em baixo do meu.

- Eu não vou deixar que te tirem de perto de mim, nunca mais Meu anjo. Vou te dar motivos para ficar, vou te mostrar que sou um bom macho agora. Você é meu anjo bom, sempre foi Cosima. Vou cuidar de você. - rosnei em seu ouvido, eu não conseguia me controlar. Meu animal interior queria marca-la com seu cheiro e fode-la até não aguentar mais. Eu queria estar dentro dela, o desejo era tão forte que doía.

- Eu não sou boa Rage... - seus olhos azuis brilharam com uma lágrima solitária, eu a enxuguei com o polegar e beijei seus lábios devagar.

- Você é... meu anjo bom. Apenas meu. Eu vou tentar não te machucar, estou louco para estar dentro de você. - pressionei o meu corpo contra o dela, Cosima fechou os olhos e gemeu mas o cheiro de sangue subiu tão de repente que me levantei o mais rápido que podia. Sua blusa estava manchada de sangue, eu tinha machucado ela, Cosima era frágil demais. - Eu... Cosima... sinto muito

- Calma, não foi você. Eu me machuquei em uma missão, é normal sangrar, eu me esforcei muito hoje e alguns dos pontos devem ter se rompido. Não foi você. - será que não tinha sido eu? Voltei a me aproximar devagar e segurei sua blusa branca manchada a rasgando. - Ah, eu gostava dela.

- Eu tenho dezenas, você pode usar se quiser. - resmunguei olhando dois curativos em sua barriga. - Quem machucou você Cosima? Vou mata-lo! Ninguém pode tocar em você!

- Ninguém me machucou, acredite ou não isso eu fiz sozinha. Estava perto demais de uma "bomba", não se preocupe, Rage. - e então ela sorriu, aquele sorriso que eu me lembrava. Sua mão macia subiu ao meu rosto e eu afundei o nariz em sua palma.

Rage - Novas Espécies [L6]Onde histórias criam vida. Descubra agora