Capítulo 26

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Tudo que eu queria era ter uma família como Mixed e Fire, eu queria que Cosima engravidasse logo para poder ficar comigo, eu sentia como se esse fosse o único motivo pelo qual ela ficaria, uma vida dentro de si. Ainda tenho medo que ela vá embora, que me esqueça e eu volte para aquele fundo de poço. Ela é boa e eu estou me esforçando para ser assim também.

Nesses poucos dias eu estou vivendo o que muito tempo sonhei, estou tendo o que queria quando sentia seu cheiro delicioso, quando via seu sorriso e era tocado por suas mãos delicadas. Cosima me trouxe paz, alegria como eu sempre esperei ter, ela me tirou daquele lugar escuro que eu me encontrava.

Deixar ela sair essa manhã foi a coisa mais difícil que eu já fiz, não sentia que ela estava segura longe de mim. Tinha medo que qualquer humano idiota a machucasse, ela era minha e eu precisava cuidar dela, protege-la. Depois de muita insistência sua em ir sozinha acabei deixando, lembro que Fire me disse para dar espaço a ela e eu sabia que Gross mataria qualquer idiota que tentasse machucar minha fêmea. Se eu fosse iria mais atrapalhar do que ajudar.

Para passar o tempo coloquei os pratos do café da manhã para lavar e preparei um macarrão que ela me ensinou, grelhei carne e fiz suco de fruta para que quando ela chegasse com fome não precisasse cozinhar, estara cansada e vai precisar ficar um pouco sentada. Por fim sai para a parte de trás da casa e fiquei um bom tempo encarando o saco de areia parado, respirando fundo eu tentava passar por ele e não soca-lo mas era ali que eu via os humanos que machucaram minha Cosima e então, não tinha como evitar o primeiro soco e os demais vinham como consequência.

Estava ainda no calor da raiva socando aquele saco sem olhar para as horas quando o cheiro de um humano invadiu meu território. Quem seria louco o suficiente a esse ponto? Qual humano desavisado ousaria chegar perto da casa de um espécie? O rosnado vibrou em minha garganta ao sentir o cheiro próximo demais da minha casa, se Cosima estivesse aqui ela estaria em perigo.

Contornei a casa paa ver melhor o humano, era alto e tinha cabelos vermelhos, etava com um casaco preto pesado e parecia nervoso, o que ele quer? Me aproximei um pouco mais e esperei em silêncio para saber o que ele queria aqui.

- Cosima? Eu sei que está ai, preciso falar com você!  - ele gritou batendo na porta, estava impaciente. Ele queria a minha Cosima, porque ele queria a minha Cosima? O que faria com ela? Não vou dividi-la com nenhum outro macho! - Cosima! Deixe de brincadeira e abra essa porta!

Rosnei para ele chamando sua atenção, o macho se virou rápido e me fitou, ele tinha algo familiar no contorno do rosto mas não consegui destinguir o que era. A raiva estava queimando em minhas veias de um jeito que mal dava para pensar, a única coisa nítida em minha frente é que eu não deixaria mais nenhum humano machucar meu anjo.

- Merda. Eu só quero falar com a Cosima... - ele começou, eu me aproximei mais a passos longos e calmos o analisando. Ele estava com medo. Continuei rosnando, uma tela vermelha sendo posta em minha frente como sangue. Ninguém chegaria perto para machuca-la. - É Rage, não é? Eu não vou...

O interrompi, antes que ele terminasse a frase eu rugi para ele. Fleches antigos começaram a invadir minha mente, os dentes afundando na pele Cosima, o jeito como ela me olhava, o sangue em seu corpo e o cheiro de machos humanos nela. Ela não podia sofrer isso de novo, eu tinha que garantir sua segurança para ser um bom macho.

Me perdi tanto em pensamentos que não vi o que etava fazendo, era como se o meu corpo estivesse agindo sozinho, aquela droga. A maldita droga que me injetaram durante toda a vida. Estava novamente tomando conta do meu corpo, o vermelho se estendendo em minha frente enquanto eu via o rosto do humano se contorcendo de dor entre meus dedos.

- Rage! Solte-o! - Cosima.

Rage - Novas Espécies [L6]Onde histórias criam vida. Descubra agora