Capítulo 5

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Eu segui pela direita me esquivando dos tijolos caídos, o plano era simples mas exigia agilidade. Eu, Daniel e Fred ficariamos com os sentinelas. Can ficou com os possíveis atiradores, Luiza, Gaspar e Roberto ficarão com os guardas. Iriamos atacar no mesmo momento, mata-los e nos encontraríamos na porta da frente da base e sairíamos pelos fundos.

Fiquei atrás do homem alto que segurava uma pistola nas mãos distraidamente. O relógio em meu pulso já marcava o momento exato do ataque, Daniel deu um sinal fraco de luz e eu mirei na cabeça dele atirando sem esperar o proximo segundo. O barulho dos tiros abafados deu sinal de que todos estavam bem.

Can ficou do lado de fora psra nos cobrir caso algo desse errado, Daniel chutou a porta e nós corremos para dentro. A base parecia com uma casa regional, muitas divisões e móveis antigos, alguns homens se atreveram a tentar nos seguir, eu e Fred nos ajoelhamos atrás do grupo e abrimos fogo contra dez deles que rapidamente foram ao chão.

- Eu encontrei! - falou Daniel pelo comunicador. Ouvimos sons de mais tiros dentro porém os vinte minutos estavam acabando muito rápido nós precisavamos de mais tempo. - Só mais dez minutos.

- Não temos dez minutos. - murmurei de volta apreensiva enquanto segurava o fuzil pesado.

- Então precisa vir liberar a rede de segurança, eu não consigo. - eu já devia saber que teriamos que nos meter com segurança eletrônica.

- Gaspar, troca comigo. No três. Um dois... - me virei para correr e encontrei Gaspar no meio do caminho, ele tomou o meu lugar e eu corri atrás de Daniel que estava em uma das salas laterais.

O cômodo era vermelho vivo e continha diversos artefatos proibidos psra esse local, provavelmente eles faziam leilões de peças raras como essas. Diversos sofás brancos eram espalhados pelo lugar e o chão era negro e refletia tudo, alguns tabetes de pele decoravam abaixo das mesas de madeira, o lugar era realmente sofisticado. Sobre uma das mesas estava a caixa de vidro com as seis páginas do diário, obviamente protegido por uma segurança rígida.

Segurei o tablet que Daniel trazia consigo e digitei minha chave mestra para a segurança, essa chave agia por exatos dez segundos antes do sistema voltar e reconhecer que a senha está incorreta. Fora isso eu tinha um vírus instalado que poderia facilmente destruir os alarmes em alguns minutos, mas agora não era necessário. Agradeço pelas aulas de computação que tive e por sempre ser muito curiosa, mesmo assim ainda me considerava peixe pequeno quando se trata de informações.

A caixa abriu e eu rapidamente retirei as folhas guardando-as em um saco preto de veludo, Daniel ficou calado durante todo o processo, até sua respiração ficou mais fraca que o normal. A tensão do local estava forte sobre nossas costas.

- Consegui, recuem. - ordenei, Daniel foi na frente e eu fiquei esperando que todos passassem para que eu pudesse ir, o fuzil apontado para a frente em um ponto onde eu cinseguiria acertar qualquer um que se atrevesse em nos seguir.

Ao notar todos seguros avancei sempre olhando para tras afim de evitar surpresas. De repente disparos do comunicador do Can, meu corpo travou, eu precisava voltar. Fred tomou a dianteira guiando todos para fora do campo eu dei dois passos para trás, estava pronta para voltar e ajudar Can quando algo esbarra em minhas costas.

- Você ficou por mim, que tchutchucu! - lhe mostrei o dedo do meio, ele apontou para a porta por onde saímos. Alguns homens vinham de lá.

- Vou te mostrar o tchutchucu! - esbrevejei olhando pela mira e acertando alguns, Can era um atirador louco que não podia ver um inimigo. Não era bom em lutas mas sua mira era perfeita.

- Fred avance com todos, estamos bem atrás de vocês!  - fomos andando para trás devagar enquanto eliminavamos o inimigo e fugiamos das balas que já começavam a quase acertar a mira.

- O Daniel me deu o pacote e ficou para trás, eu não sei o motivo! - ele respondeu, já estava distante eu consegui destinguir o barulho.

- O que porra ele está fazendo parado atirando?! - esbravejou Can desviando por pouco de uma bala. - Jesus! Essa passou perto!

- Eu não sei, mas se ele não sair dali eu mesma vou mata-lo! - eu sabia que ele estava ouvindo porque gargalhava e continuava atirando. Me aproximei o mais rápido que pude. - Daniel sai dai agora!

- Não posso, estou pisando em uma mina. - eu esbravejei todos os palavrões que conhecia. - Eu também amo você, Cosi.

- Hoje não. - era arriscado mas eu preferia que ele voltasse para sua família, respirei fundo e tomei impulso ele não notou quando eu dei um passo psra trás e depois fui ao seu encontro com toda a força do meu corpo, a intenção era trocar de lugar com ele mas não saiu como planejado. A explosão aconteceu e tudo ficou totalmente escuro.

Rage - Novas Espécies [L6]Onde histórias criam vida. Descubra agora