Capítulo doze; Relação de bandido e bandida

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As mãos de Miguel passeavam por todo o meu corpo, enquanto eu me ajeitava em seu colo. Suas mãos pararam em meus seios cobertos pela blusa branca que eu usava dele e nós beijávamos sem parar; somente com o Sol iluminando a cama por completo. Assim que o moreno ia retirar minha blusa, a porta abriu e eu me joguei ao seu lado, me cobrindo por completo com o lençol.

— Porra Nike! Sabe bater na porta não? — Miguel cobriu seu rosto com as mãos, demonstrando estar bastante puto agora.

— Foi mal mas o quarto é meu e eu não sabia que vocês estavam quase transando. — Nike se jogou na cama, ficando entre nós dois. — Eu só queria saber se vocês vão demorar muito, tá ligado? Dei uma cochilada no sofá mas tem como não. Minha coroa toda hora fica falando no meu ouvido, reclamando que cheguei tarde do baile e quer que eu ajude ela a arrumar a casa.

Ri, me sentando na cama.

— Você me brochou legal cara, vai rolar nada não. — Miguel deu um tapa em sua cabeça e se levantou, fazendo com que eu tivesse completa visão do seu tanquinho.

— Eu já pedi desculpas mano, eu não sabia! — Matheus franziu o cenho e se levantou também. — Vou deixar vocês um pouco a sós. Já me liguei que vocês precisam conversar... A sós. — o moreno me encarou, saindo do quarto.

— Ah, eu já estou de saída Matheus. É sério. — retirei o lençol de cima de mim mas, antes que eu pudesse me levantar, Nike me interveio.

— Não cara, é sério pô. Conversem aí. — fechou a porta e eu encarei Miguel, que voltou para a cama.

— Qual foi, dá o papo. — deu um cheiro no meu pescoço e me encarou.

— Eu não sei o que dizer. O que rolou entre nós... De novo, eu não sei o que pensar. — abaixei a cabeça.

— Rebecca, vou te mandar a real, é foda admitir isso mas eu 'to gamado em você mano. Sei lá, isso me deixa puto de certa forma porque não quero pagar de trouxa, sei que tu gosta do Erick e estão juntos mas... — interrompi Miguel.

— Esse que é o problema Miguel, eu nem sei mais. Eu me sinto dividida agora e, pra ser bem sincera, eu não consigo me decidir agora. Tipo, eu gosto do Erick mas ele é tão babaca... Só que também me apeguei a você e, durante esse tempo todo, eu senti sua falta.

— Becca... Escuta, de verdade, eu 'to num momento da minha vida muito importante. Sei que tu não vai ficar feliz mas, pra mim, 'to realizando um sonho meu, tá ligada? Eu 'to meio que envolvido na boca agora e tá me tomando todo o meu tempo esse bagulho ultimamente. E, mesmo que você me escolhesse, eu não sei se poderia te dar o que quer no momento.

— Foi a mesma coisa que o Erick disse pra mim. — sorri de canto. — Eu deveria estar puta com você por estar envolvido e por dizer a mesma coisa que ele mas... Eu não estou. Lorenzo, eu te quero. E te quero mais que tudo agora mas não quero abrir mão do Erick ainda e não quero que deixe seu trampo de lado. Apesar de não gostar, sei que é um sonho seu... — coloquei minha destra em sua nuca, o puxando para mais perto de mim.

Era fato que eu não gostava da ideia de Miguel virar traficante. Desde que eu soube, nunca gostei mas eu nunca fui nada para impedir isso. Quem era Rebecca na fila do pão? Nada. Mas eu o queria muito nesse momento para discutir com ele sobre isso agora.

— O que vamos fazer agora então? Pra isso dar certo alguém vai ter que abrir mão de algo e, ninguém quer isso. — Miguel engoliu em seco, olhando friamente em meus olhos.

— Você continua com seus esquemas e eu continuo com o Erick. Mas, em meio a tudo isso continuamos juntos. — me aproximei mais dele.

— E isso vai dar certo? — perguntou num sussurro, olhando para minha boca.

Namoro de mentirinha (LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora