Capítulo trinta e oito; Pra gente o pra sempre acabou tão de repente

513 56 137
                                    

Miguel Lorenzo

Já se faziam três semanas desde eu tive que tomar conta do morro pro meu padrinho e, desde esse dia, eu não conseguia mais falar com Rebecca.

Comecei a mexer nas minhas redes sociais, até começar a ver os stories das pessoas e acabar me deparando com um boomerang da noite anterior de Julia com Rebecca e... Erick. Naquele momento meu sangue ferveu e, sem pensar duas vezes, liguei para Julia, que não demorou para atender.

— Miguel? O que você quer? – a garota perguntou meio confusa.

— Onde 'cês foram ontem depois da faculdade? A Nathaly disse que vocês foram dar uma volta... – menti na maior cara de pau.

— Ah, nós fomos no Buxixo, em Vila Isabel. Eu pensei em te chamar sabe mas o Erick que convidou porque ia bancar, então...

— Tá suave pô, nem daria para eu ir mesmo. – dei de ombros. — Mas... Por que o Erick chamou vocês pra sair?

— A Rebecca não falou com você? Bom, é um assunto que só interessa a vocês, eu não vou me meter. Não mais.

— Julia, a Rebecca não fala comigo desde a festa que 'cês deram pra ajudar a faculdade. Agora, do nada, eu descubro que o Erick chamou vocês pra saírem depois da faculdade e eu quero saber o que tá rolando, porra! – exclamei já irritado.

— Olha Miguel, eu não gosto de ver a minha melhor amiga com o babaca do Erick, ela é muito otária se voltar com ele mas você também vacilou cara. Dois bolos, dois e ambos sem dar nenhuma explicação. Quer que a garota fique te esperando de burra? – puta que pariu! Eu havia me esquecido de dizer o que estava rolando para Rebecca, ela merecia explicações.

Por que fui tão burro ao ponto de esquecer disso? Que droga!

— Julia, eu me esqueci completamente de avisar a ela. Tem algum jeito de falar com ela?

— Boa Miguel, mais um deslize e você perde de vez a Rebecca. Ela tá no trabalho e amanhã temos que ir na faculdade pegar algumas coisas pro ano que vem. Por que não se encontra com ela amanhã?

— Boa Julia! Tu é foda, papo reto. – a morena riu do outro lado.

— Eu sei que sou. Só não vacila com ela de novo Miguel, por favor. Já basta o Erick...

— Pode deixar, eu não farei isso. – me despedi da garota e desliguei.

Ao encerrar a ligação, recebi uma mensagem do meu padrinho, pedindo para que eu fosse na boca falar com ele. Sem ao menos pensar duas vezes, saí de casa correndo para me encontrar com ele.

 Sem ao menos pensar duas vezes, saí de casa correndo para me encontrar com ele

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Isso é sério mesmo? – ri ainda desacreditado.

— Claro que é Silvestre! Por que eu brincaria com uma coisa dessas? – Rato disse após dar uma tragada em seu cigarro. — Já faz um bom tempo que eu comando esse morro aqui e já estou cansado. Meus planos era dar ele nas mãos do seu pai mas, infelizmente, aconteceu o que aconteceu e eu tive que continuar no comando. Mas você, tu é o meu afilhado porra. Eu confio em você de olhos fechados.

Namoro de mentirinha (LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora