Capítulo dezesseis; Quando a vontade bater

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 — Não pensei que fosse vir

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— Não pensei que fosse vir. — Miguel falou sem olhar para mim.

— E por que não viria? Eu disse que iria, devia acreditar mais em mim. — ri anasalado, cruzando os braços.

— Eu acredito em você mas... Sei lá. — deu de ombros, agora me encarando.

— Miguel? O que houve? Cê tá estranho...

— Eu 'to normal cara. É que... Eu 'to meio incomodado com o Erick na minha casa, tá ligada? — mordi os lábios.

Sei dizer nada, me aproximei dele e o beijei. Miguel foi meio relutante a isso e demorou para se entregar, mas logo o fez, colocando sua mão livre em minha bunda. Coloquei minha destra em seu rosto, enquanto minha outra mão ficou em sua costela. Apenas nos desgrudamos por falta de fôlego.

— Sabe o que eu acho? — perguntou ainda com os lábios próximos aos meus. — Que nossa trilha sonora tem que ser um funk, sempre ficamos em momentos como esses.

Ri lhe dando um selinho.

— Rebecca? — num pulo, rapidamente me afastei de Miguel que apenas abaixou a cabeça.

— Erick? O que tá fazendo? Por acaso me seguindo? — cruzei os braços e franzi o cenho, encarando o moreno que estava na entrada do beco.

— Eu não sou esse tipo de cara e você sabe muito bem. Mas você demorou mais do que o normal e eu não quis ficar sozinho. — cruzou os braços, parecendo bastante puto. — Mas, pelo visto, já encontrou sua amiga.

Olhei para Lorenzo que havia levantado a cabeça com um sorriso cínico nos lábios.

— Então Becca, como eu 'tava te falando, se quiser a minha irmã deixou pavê na geladeira. É só pegar e sinta-se à vontade. — o garoto que usava o casaco do flamengo me cutucou e eu assenti com a cabeça.

Erick começou a encarar Miguel enquanto eu estava entre os dois, num silêncio constrangedor onde só se podia escutar a música do Kevin o Chris que tocava na festa.

— Rebecca, eu confio em você mas o que tá fazendo com esse cara aqui? — Erick finalmente quebrou o silêncio.

— Ela não 'tava comigo, seu otário. Ela chegou aqui quase agora perguntando das meninas e eu ia fumar um aqui sozinho. — meu acompanhante não pareceu convincente da resposta de Miguel, até o mesmo pegar um rolo de maconha do bolso de seu casaco. — Que foi? A dor dos chifres crescendo tá doendo? — riu e eu vi Erick fechar seus punhos. — Licença que agora vou fumar em outro lugar.

Antes de sair do beco, Miguel parou ao lado de Erick e riu novamente, abaixando a cabeça.

— Nos esbarramos de novo outra hora, corno. Opa, Erick. — antes que Erick pudesse fazer algo com ele, segurei em seu braço e o outro foi embora em segundos.

— Eu vou bater de novo naquele puto! — grunhiu entre dentes, dando um tranco em seu braço para que eu o soltasse.

— Não Erick, você não vai fazer nada! Por favor, só quero que você fique aqui e curta a festa. Por mim, pode ser? — virei seu rosto para que me olhasse e, após morder os lábios e suspirar profundamente, se deu por vencido.

Namoro de mentirinha (LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora