Capítulo quarenta e três; Tava embrasada lembrando da gente

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Fevereiro já havia chegado e, junto com ele, várias novidades também. A começar pelo meu um mês com Erick que foi maravilhoso. Eu ainda não havia me acostumado com o fato de namorar com ele mas nosso aniversário de namoro foi muito bom.

Fomos num restaurante bastante chique — que eu soube depois que ele reservava há meses nosso lugar lá — chamado Marius Degustare e eu comi tanto que dei graças a Deus por ter escolhido usar um vestido folgado. Eu também havia sido chamada para almoçar na casa dos pais de Erick e a senhora Fontaine foi um amor de pessoa comigo, assim como o senhor Fontaine. Por mais estranho que pareça, nosso relacionamento andava bem e eu não tinha do que reclamar.

Já havia me mudado para a cobertura que ele havia me dado de presente e, assim como eu, as meninas ficaram surpresas com o tamanho. No começo elas não aceitaram muito se mudar comigo; disseram que não iam morar num lugar que um garoto babaca como o Erick havia bancado e que elas estavam muito bem no nosso apartamento e, diferente de mim, tinham uma vida na Tijuca ainda. Mas, por insistência minha, as convenci de ir comigo para eu não ficar sozinha e Julia me agradeceu mil vezes por eu ter insistido tanto a se mudar comigo porque agora ela tinha um quarto enorme só para ela e uma piscina de frente a praia, que ela não precisaria dividir com os outros moradores.

O primeiro semestre na faculdade também já havia começado e eu estava muito mais dedicada do que ano anterior por ele estar mais puxado e, com pontos válidos até as férias do meio do ano graças a minha festa beneficente que ajudou a faculdade. E eu também já havia começado meu emprego no banco como trainee, graças a grande influência do pai do Erick; ele era tão influente que, meu chefe logo na primeira semana, havia me chamado para conversar e disse que, quando eu me formasse, se me mantivesse lá, eu subiria de cargo e me tornaria gerente sem trabalho algum e uma pessoa de confiança me ajudaria com o que fosse necessário. Claro que eu não gostava muito de ganhar as coisas de mãos beijadas, gostava de trabalhar duro para ter o prazer de dizer que eu havia conseguido aquilo com bastante esforço e suor mas eu não podia negar as ajudas do meu namorado — até porque se eu negasse, Erick ficaria mal e acharia que eu estava negando por ainda tem sentimentos por Miguel e eu não queria tocar naquela ferida tão cedo —.

Por falar de Miguel, eu não ouvia mais falar dele. Só sabia que ele havia se mudado por causa de Nathaly que havia comentado na faculdade mas, por causa do seu novo trabalho, ele andava tão ocupado que nem podia mais buscar sua própria irmã na escola, deixando o cargo agora para algum segurança dele ou as vezes Matheus ia buscá-la. Eu me sentia mal por Miguel ter virado outra pessoa, por ele ter aceitado ser o novo chefe do morro mas eu não podia fazer nada e tão pouco me envolver.

— Marina, eu já disse que é melhor a gente pedir comida do que fazer. Hoje você vai ver o Guilherme e eu vou pra casa do João. Certeza que a Becca vai ver o Erick também e você só vai fazer comida a toa. – escutei Julia dizer enquanto eu descia as escadas.

— Julia, eu não vou ver o Guilherme. – a mais nova jogou a panela que segurava dentro da pia e olhou furiosa para a morena.

— Ei! O que está acontecendo? – perguntei ao entrar na cozinha.

Julia olhou para trás e ficou ao lado de Marina, que cruzou os braços e olhou para baixo.

— A Marina cismou de fazer comida e eu 'to dizendo que é perda de tempo porque ninguém estará em casa hoje. Mas ela tá de tpm e se estressou comigo. – a morena revirou os olhos.

— Desde semana passada ela cisma com o Guilherme e eu já estou cansada disso Rebecca! – Marina bateu suas mãos em suas coxas.

— Ué amiga, mas você tá ficando com ele. Quer que eu fale que você vai sair com o Thiago por acaso? – Julia se virou estressada para Marina que também estava estressada.

Namoro de mentirinha (LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora