Capítulo trinta; Tudo o que eu quero é amar o seu corpo

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 Rebecca Alves

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Rebecca Alves

Se passaram dois meses e, as coisas entre Miguel e eu estavam ótimas. Nós nunca tocamos no assunto "namoro", por mais que quiséssemos. Porém, agíamos como namorados e, todos que nos conheciam, diziam que eramos um casal.

Agora, finalmente eu estava de férias — tanto da faculdade, como do trabalho — e as aproveitei para ficar um tempo na casa dos meus pais.

— Rebecca, já terminou de arrumar suas coisas? – minha mãe indagou ao aparecer na porta do meu quarto.

— Ainda não. Estou terminando já. – respondi terminando de colocar minha necessaire de maquiagem e outra de higiene pessoal dentro da minha mochila.

Aproveitando que eu estava de férias, meus pais resolveram tirar a Sexta e a Segunda-feira de folga para passarmos quatro dias em Búzios. Eram quase cinco da manhã ainda e eu estava de terminando de arrumar minhas coisas. Estava com um puta sono, já que não tinha dormido ainda porque fiquei conversando por ligação com Lorenzo e por mensagem com Julia para que ela não se atrasasse. Além de ir com meus pais, ainda iria com as meninas e os meninos — minha mãe fez questão que todos fossem porque a casa alugada era grande e dava para fazer festas, sem contar que ela estava louca para conhecer Miguel —.

— Não demore. A viagem será longa e a van que alugamos chegará daqui a pouco. – assenti com a cabeça enquanto fazia um coque em meu cabelo e olhei a mais velha se apoiar no batente da porta e sorrir.

— O que foi mãe? – ri confusa.

— Eu 'to tão orgulhosa de ver minha filhinha na faculdade, trabalhando e namorando. Você está tão feliz e eu orei tanto pra Deus por isso. – abaixei minha cabeça e sorri de canto.

Minha mãe não era crente ao extremo mas, desde que me entendo por gente, ela vai à igreja e sempre gostou. Ela nunca chegou a me obrigar a ir — tanto que eu só ia quando era alguma data festiva ou ia para os passeios — e nunca se incomodou também por eu ser do "mundo".

— Mãe, eu já disse pra senhora que o Miguel não é meu namorado. – sorri, negando com a cabeça.

— Não é ainda, mas vai ser. Minha filha, você está com esse rapaz faz alguns meses já. Acho que já está na hora de vocês oficializarem as coisas. – ri enquanto fechava minha mochila.

Eu achei que a Julia ainda estava na Tijuca e não em Botafogo.

— Mãe, vou terminar de me arrumar aqui antes que o pessoal chegue pra irmos. – apenas ri, ignorando o que a mais velha acabara de dizer.

Ela apenas assentiu com a cabeça e deixou em cima da minha estante um leite fermentado para eu tomar. Coloquei meu celular no bolso de trás do meu short e peguei o leite fermentado, indo para a sala onde meus pais já estavam com as bolsas que levariam.

— Bom dia minha menina! Preparada para a viagem? – sorri, me sentando no sofá.

Eu achava engraçado a forma que meu pai me tratava, mesmo eu já tendo quase vinte anos. Aquilo não me envergonhava, de forma alguma. Até porque eu amava meu pai.

Namoro de mentirinha (LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora