Capítulo trinta e um; Tuas amigas fingem não saber de nada

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Miguel Lorenzo

— Aí, não 'to entendendo desses 'cara. O menor aqui tem 'mó cara de playboy e foi preso com a gente... – falei me sentando no chão da cela enquanto apontava para Thiago que estava ao meu lado.

— Cala boca Miguel, não é hora pra isso. – Nike, que estava na cela a minha frente com Orelha, disse apoiando sua cabeça na parede.

— Isso tudo é culpa tua Jp! Qual foi, esse teu amigo aí 'marolado nós colocou aqui e quem vai nos tirar dessa? – me exaltei batendo meu rolex no osso do meu pulso esquerdo.

— Eu não sabia que o Rafael tinha colocado droga no carro, caralho! – Orelha se defendeu pela décima vez.

— Gente não é hora de briga, isso só piora as coisas. Eu vou dar um jeito de tirar a gente daqui. – Thiago chamou nossa atenção.

— Como? – arqueei uma de minhas sobrancelhas.

— Meu pai tem um amigo que é advogado. Ele tá devendo um favor pra gente e eu acho que está na hora de pagar esse favor... – o loiro se encolheu, colocando as mãos no bolso de seu short.

— Já é então, faz isso. Eu só quero sair daqui e voltar pra minha namorada... – Nike parecia pensativo e apreensivo.

— Garotos, vocês tem direito a fazer uma ligação. – um policial entrou no local e eu rapidamente me levantei.

— Eu faço! – precisava ligar para Rebecca e esclarecer as coisas.

Eu a considerava sim minha namorada e sei como ela ficou puta quando disse na frente de todos que ela não era. Mas tinha um motivo: eu não podia dizer para os 'cana que ela era minha namorada porque não queria que ela tivesse qualquer ligação comigo. Se meu nome ficasse sujo por apreensão de drogas, certeza que pegariam no pé dela, assim como vão pegar no meu futuramente, e eu não quero que ela estrague seu futuro por minha culpa.

— Certeza meu jovem? Como vocês estão em grupo, só um de vocês poderá fazer a ligação. – ele me encarou com a chave da cela em mãos.

— Tenho sim. – respondi sem hesitar.

— Deixa que eu vou. – Thiago colocou seu braço na frente de meu peito e eu o encarei. — Cara, essa é nossa única chance de falar com o advogado pra nós tirar daqui. Deixa eu ir. – hesitante olhei para seu braço que me impendia de andar e olhei novamente para ele.

Após um suspiro, andei para trás e Thiago saiu da cela logo indo embora com o policial.

 Após longos minutos que mais pareceram uma eternidade, finalmente Thiago voltou com um sorriso

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Após longos minutos que mais pareceram uma eternidade, finalmente Thiago voltou com um sorriso.

— E aí? Como foram as coisas? – Orelha, que estava sentado no chão, perguntou após se levantar e se aproximar da grade.

— Tudo certo! Daqui há alguns minutos seremos liberados. Ele disse que, como não tem provas de que as drogas eram nossas, não teremos o nome sujo por sermos presos e disse que vai ligar pra mãe da Rebecca vir nos buscar.

Namoro de mentirinha (LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora