Isabela Veronttine, uma jovem de apenas 22 anos, apaixonada pela magia da literatura, e principalmente no que acredita, no amor. Personalidade bondosa demais e ingênua para um homem conhecido como o mais cobiçado de Nova York, sedutor, conquistador...
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Isabela narrando
Desesperada por banho, mal chego no quarto, já vou tirando a roupa para ir tomar banho, preciso tentar voltar ao meu "normal".
-O CAFÉ ESTÁ PRONTO.- Ouço Fernanda.
Coloco um vestido azul, com um decote V, um sobretudo por cima branco e um salto branco. Solto os cabelos e passo um quilo de corretivo para tentar cobrir essa cara de zumbi é só um rímel.
-Bom trabalho zumbi. Não vou voltar hoje, vou estar de plantão.- Beija minha testa e sai.
Zumbi? Está tão ruim assim?. ••• Será que esse ônibus já passou? Já estou a quase 40min mofando nesse ponto de ônibus, que inferno.
Enquanto xingo todos palavrões do mundo em minha mente, vejo o ônibus vim. Deve ter sido os palavrões, com certeza foi os palavrões.
Subo no ônibus e me sento, agora só esperar chegar naquela empresa. Chego na minha sala só para deixar a bolsa e o casaco, logo depois pego as papeladas e vou em direção a sala do senhor Augusto. Bato e entro, o vejo estar com sem o terno, e com a camisa desabotoada. Fico analisando ali em pé que nem um retardada.
-Gosta do que ver senhorita Isabela?.- Morde a ponta da caneta me observando.
Engulo seco e tento me recompor, sem mostrar que ele está certo. O que? Eu disse certo? Ah, fala sério Isabela.
-É... Bom dia senhor Augusto, aqui estão as papeladas que prometi.- Estico as papeladas em sua direção.
Mas ele não faz nada, NADA.
-Essas papeladas não vou mais precisar delas, joga fora.- Volta sua atenção para o computador.
ELE ESTÁ BRINCANDO, NÉ? Eu passei uma noite em claro por causa disso, ele só pode estar me zoando. Fico em choque, olhando para a cara dele sem ao menos piscar.
-Não vai me dizer que ficou à noite em claro por causa dessas papeladas.- Sorri.
Respira Isabela. Abaixo o braço derrota.
-Achou mesmo que eu ia te dar papeladas importantes para resolver?.- Se levanta e caminha até mim.
Sim, achei. Me desculpa se eu achei que ia ter um trabalho direito por um breve momento nessa vida.
-Babaca...- Sussurro.
Mas, acho que não foi um sussurro. Porque nesse exato momento ele está me olhando com fúria.
