Isabela Veronttine, uma jovem de apenas 22 anos, apaixonada pela magia da literatura, e principalmente no que acredita, no amor. Personalidade bondosa demais e ingênua para um homem conhecido como o mais cobiçado de Nova York, sedutor, conquistador...
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Isabela narrando
Depois de jantarmos, ali estamos todos... Eu, meu pai e minha mãe. Conversa? Não temos, apenas arranhões de garganta e olhares que dizem mais que mil palavras.
-Então, soube que estava trabalhando em uma editora em Nova York.- Enfim, ela se pronunciou.
-É é, eu sai por motivos pessoais.- Reviro a comida no prato.
-Motivos pessoais?.- Meu pai repete certa parte de minha frase, tendo totalmente meu olhar em sua direção.
-Eu prefiro não falar sobre isso.
-Mas é claro, eu fico imaginado o que poderia ser.- Entrelaça as duas mãos apoiando os ambos cotovelos na mesa.
-Rosângela não comece.
Eu simplesmente me levanto daquela mesa e me viro para subir o mais rápido possível.
-Sempre fugindo, sempre estragando tudo em sua volta.- Paro naquele exato momento com suas palavras.
-NÃO! VOCÊ é que estraga tudo, você aqui é a que ama controlar tudo... Se não fosse por você, eu ainda estaria aqui sendo sua marionete, então muito obrigada.- Saio pela porta.
Está chovendo, que ótimo. Assim combina com o meu estado. Estou cansada de ter o fato de não poder voltar para minha própria casa, porque minha mãe não aceita como eu sou e pelo o que aconteceu no passado. Quantas vezes, quantas vezes Senhor eu vou ter que lidar com essa dor trazida por ela?
Abaixo no chão abraçando meus joelhos com a chuva caindo sobre mim, cabelos encharcados e roupas colando em meu corpo. Chuva e lágrimas, não sei o que é o que no momento, tudo se mistura em meu pequeno rosto. Levanto a cabeça devagar e por um momento pensei ter visto Augusto bem ali na minha frente, com os braços abertos para me receber e cuidar de mim.
Pronto, agora eu sou louca também. Mereço! Me levanto para caminhar um pouco mais, não estou nem aí se está caindo um temporal, eu só quero ficar bem. Durante eu caminho, só consigo desejar que tudo fique bem e que as coisas não fique assim. Não digo só sobre eu e minha mãe, mas sim eu e Augusto. Sempre que confio nele, ele me decepciona, como vou falar para alguém assim que o amo? Suspiro devagar tirando os cabelos do rosto para atravessar.
