Isabela Veronttine, uma jovem de apenas 22 anos, apaixonada pela magia da literatura, e principalmente no que acredita, no amor. Personalidade bondosa demais e ingênua para um homem conhecido como o mais cobiçado de Nova York, sedutor, conquistador...
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Isabela narrando
-ISABELA!.- Um berro toma conta dos meus ouvidos. -O que aconteceu? Você tava chorando dormindo e nada te acordava.
-Meu Deus.- Passo a mão no cabelo desnorteada e ofegante. Tudo era apenas um sonho.
-E...Eu.- Tento recuperar a respiração adequadamente. -Eu sonhei que tinha ido morar com os meus pais em Nova Jersey e que brigava com a minha mãe e...
-E o que? Fala logo, você me assustou menina.- Me olha com os olhos arregalados de preocupação.
-Eu via o Augusto e depois atravessando a rua, um carro me atropelava.- Um silêncio toma conta do ambiente.
-Aí credo! Me arrepiei toda aqui, mas o que importa é que você está aqui viva e bem. Porém, não querendo apressar e já apressando... Você está atrasada.- Ah não!
-Merda! Droga, droga!.- Levanto rápido tropeçando sobre as coisas no chão do quarto.
Vou em direção ao banheiro para tomar um banho e para ao menos escovar os dentes. Saio enrolada na toalha a procura de qualquer coisa que não seja roupas furadas ou pijamas, ou seja, algo que seja direito para se trabalhar.
Acabo vestindo uma calça jeans e um suéter na cor branca, acompanhado com uma bota de couro na cor preta. Logo em seguida, prendo meu cabelo em um coque alto e despojado, pego minha bolsa e saio me despedindo da Fernanda.
Hoje pelo visto por conta dos acontecimentos, vou ter que pegar um táxi se eu não quiser apanhar ao invés de levar só uma bronca. Como qualquer um, sabemos que um táxi em Nova York é como se fosse um diamante daqueles bem raros e que as pessoas brigam por ele. É assim um táxi aqui, captaram? Ao ver um táxi vou para beirada da pista. Vejo ter um tipo de poça do resto de água da chuva passada, dou sinal para o táxi e ele simplesmente passa direto jogando toda a água em mim. Não, não, não! Eu não acredito nisso. Respira Isabela, não surta, você precisa chegar no seu trabalho nem que seja suja de vômito ou sei lá.
-Está atrasada.- Ops!
-É... Eu tive um pequeno imprevisto, mas nada pra se preocupar, certo?.- Tento esconder a cagada toda com a bolsa.
-Pequeno? Você pode ser uma faxineira aqui, mas por favor, se contenha e se mantenha limpa.- Sai sem sequer deixar eu falar qualquer coisa, qualquer coisa mesmo.
Isso mesmo que vocês ouviram, "Faxineira". Depois que descobri toda verdade, resolvi sair do emprego e procurar algo por conta própria. Mas como o imaginado, o impossível estava bem presente. E então, o emprego de faxineira em um hotel cinco estrelas estava ali, bem ali, não pude ter o luxo de escolher e deixar Fernanda com todos os custos.
