Isabela Veronttine, uma jovem de apenas 22 anos, apaixonada pela magia da literatura, e principalmente no que acredita, no amor. Personalidade bondosa demais e ingênua para um homem conhecido como o mais cobiçado de Nova York, sedutor, conquistador...
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Augusto narrando
-Você tem que saber escolher ou pelo menos treinar seu funcionários, Augusto.- Passa o lenço sobre sua blusa encharcada de café.
Será que a Isabela se machucou?.
-Alô! Alguém aí?.- Instala os dedos para chamar minha atenção.
-Pode sair, por favor?.- A encaro com ódio.
Bufa ao revirar os olhos.
Levanto com pressa e corro até a sala da Isabela, porém me deparo com a sala vazia.
-Onde está a Isabela?.- Sem paciência bato na mesa na secretária.
-Está na enfermaria, ela teve alguns cortes por causa dos vidros.
Droga! ••• -Como ela está?.- Chego derrubando as coisas.
-Ah, olá senhor Augusto.- Me cumprimenta se curvando.
Aproveito dou uma espiada na sala em que Isabela está, mas nada. A enfermeira nota minha aflição e preocupação.
-Não foram cortes tão profundos, e foram poucos. Ela vai ficar bem.- Sorri e sai pedindo licença.
E se ela não quiser me ver? Eu sou um completo babaca, eu deveria ter largado a porra toda e ter ido com ela, ficar com ela. Porra Augusto!.
Ao empurrar a porta, faz barulho e sua atenção é direcionada a mim, seu olhar não tem definição no momento. Tristeza? Alívio? Felicidade? Não sei dizer o que eles estão expressando.
-Oi.- Aceno com a cabeça me aproximando.
Ela fica em silêncio me olhando e logo depois desvia seus olhos dos meus passando sua língua sobre o lábio inferior, bufando no final.
-Você está bem?.- Me curvo para encontrar seu olhar.
-O que está fazendo aqui?.
-Eu estava preocupado com você, ok.- Passo a mão no cabelo.
-Preocupação em você em relação a mim não existe, senhor Augusto.- Sinto sacarmos em sua frase.
-Ok Isabela! Eu errei, tá bom? Eu sou um babaca.- Percebo que aumentei o tom, fazendo ela balançar a cabeça negativamente.
-Todo mundo sabe que você é um babaca, e sabe por que? Porque babaca se encaixa perfeitamente no seu caráter, é uma coisa sua... Você mesmo me disse, lá no terraço. Ahhh! Lá no terraço, o lugar que você falou que gostava de mim, que me queria por perto. Cadê? A vontade passou?.- Solta a respiração como se antes ela não tivesse como respirar.
-Eu te entendo Isabela. Pode me xingar de tudo que você quiser, mas por favor não desiste de mim.- Pego sua mão.
Ela mal olha para mim e puxa sua mão da minha, interrompendo o contato.
-Eu já desisti, só você que não percebeu.- Sai me deixando.
