Isabela Veronttine, uma jovem de apenas 22 anos, apaixonada pela magia da literatura, e principalmente no que acredita, no amor. Personalidade bondosa demais e ingênua para um homem conhecido como o mais cobiçado de Nova York, sedutor, conquistador...
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Isabela narrando
A luz do sol de Paris se transmite através da grande janela, refletindo em cada detalhe do grande quarto. Me lembro da noite passada e acabo dando aquele sorrisinho "Olha, eu fiz sexo na noite passada", passo a mão no cabelo erguendo a cabeça para trás acompanhando o movimento das minhas mãos. Olho para o lado e acabo reparando a cada centímetro de Augusto, como pode ser tão lindo e ao mesmo tempo um grosso?. A cada minuto que analiso, fico encantada e penso em coisas... Talvez coisas que eu temia pensar ou sentir, mas por que não pensar e sentir?. Passo minha mão pequena e delicada em seu rosto, como se fosse quebrar a qualquer momento. Por que? Por que Augusto? Por que as coisas precisam ser tão complicadas para nós? Se você soubesse o que sinto realmente e o que eu desejo... Tudo seria diferente, com certeza. Respiro fundo passando mais uma vez a mão no cabelo e me ajeito para levantar da cama. Tomo um banho, um banho para tirar qualquer vestígio de ontem, já basta essas lembranças embaraçosas que não sai da minha cabeça. Saio do banheiro em direção ao quarto para me vestir.
-Eu preferia sem.- Diz sentado encostado na cabeceira.
-Bom dia pra você também.- Sorrio.
-Acordou cedo... Alguma motivo específico?.- Chega mais perto remexendo seu cabelo.
-Hummm.- Coloco o dedo indicador no queixo ironicamente, estou pensando.- Acho que não.
-Essa resposta não me convenceu. Vem cá agora me dar um bom dia direito.- Me puxa com uma mão na cintura e a outra na nuca.
Nos beijamos delicadamente como se fosse um "Obrigada pela noite inesquecível" ou "Você é especial para mim"( Coisa que não será dita por ambos tão cedo). Me endireito nos seus braços e ali ficamos assim por um momento, sem aquela barreira defensiva entre nós ou joguinhos para ver quem causa mais dor e angústia.
-Ok ok, preciso me arrumar... Se você não sabe, estou aqui a trabalho e não uma viagem turística.- Pisco para ele e pego a roupa para me trocar.
-O que acha de fazermos alguma coisa quando terminar no trabalho?.- Se faz de distraído folheando qualquer livro em Francês na estante. Isso acaba me fazendo rir.
-Um segundo encontro?.- Ergo as sobrancelhas o encarando.
