28° Capitulo

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Isabela narrando

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Isabela narrando

-Bom dia.- Entro em sua sala sorrindo.

-Hum... Bom dia, como se sente?.- Encosta na sua cadeira caindo para trás.

-Ótima, senhor Augusto.- O encaro deixando as papeladas sobre a mesa.

Antes que pensem coisas, eu e Augusto não fizemos nada além de ficar agarradinhos conversando um com o outro e tomando vinho. Não queremos ir rápido com uma coisa que pode machucar ambos.

-O que acha de almoçarmos juntos?.- Pergunto.

-Não vai dar.

-Por que?.

-Você precisa saber de tudo agora? Eu tenho negócios a tratar, só isso.

-Eu só perguntei Augusto, não precisa falar assim. Deveria aprender a tratar as pessoas melhores já que quer ter relacionamento com elas, me dá licença. Chama se precisar.- Bato a porta.

As vezes paro e penso... Será que eu estou fazendo a coisa certa? Eu e Augusto somos totalmente o oposto, ele tem o mundo dele, onde tudo gira em seu torno, deve ser por isso que ele é assim. E temos o meu, onde temos... Nada mais que o comum, ou uma menina ingênua e boba, que acredita que um cara como ele pode me tratar bem pelo menos um vez.
•••
-Vamos receber uma convidada especial hoje, espero que não interrompe, e prepara uma das salas.- Entrelaça uma mão na outra.

-Sim, senhor.

Caminho em direção a porta, cada vez que eu dou um passe... É como uma pontada no coração, como ficar com alguém assim?.
•••
-Isabela pode levar os cafés?.- Estende a bandeja sem me deixar ao menos dar uma resposta.

É né, eu acho que posso.

Pego da sua mão e vou em direção a sala. Meio desajeitada com tudo, bato na porta com batidas em seguidas, assim entro. Lá está ele, com seu olhar firme e cheio de si.

Caminhando pela sala, colocando os cafés... Sinto seu olhar quente em mim, como se ele tivesse travado.

-Senhor Augusto?.- Me distraio com uma voz estranha o chamar.

-EI! PRESTA ATENÇÃO SUA VACA.- Aí não, Isabela.

-Aí meu Deus! Me desculpa, eu sinto muito.- Pego os cacos de vidros sobre o chão.

-PEGA ALGUMA COISA PRA AJUDAR SUA TONTA.- Sacode sua blusa.

Pego um guardanapo e esfrego na sua blusa.

-ISSO NÃO SUA BURRA!.- Me joga no chão sobre os cacos de vidros.

Aí!!

-CHEGA!.

Augusto se aproxima de mim, me olha por um momento.

-Você está bem?.- Estende sua mão.

-Eu acho que sim.- Levanto de cabeça baixa e saio da sala deixando tudo para trás.
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