Acordei na manhã seguinte e me lembrei da noite anterior. Mason e eu discutimos tanto sobre tudo, simplesmente porque nós queríamos, que eu acabei ficando rouca e ele dormiu durante uma discussão. Agora eu até achava a situação meio constrangedora pra mim, e fiquei com um pouco de vergonha. Era infantilidade nossa termos brigado daquele jeito, mas já estava no passado.
Olhei ao redor do quarto e percebi que Mason já não estava mais nele. O quê? Uma chance de escapar assim tão fácil? Tentador demais pra ser verdade. Um minuto depois Mason saiu do banheiro com uma roupa diferente da do dia anterior. Precisávamos discutir sobre isso também...
Mas logo mudei de ideia, pois percebi que ele estava de mau humor, com a cara fechada. Então resolvi esquecer esse assunto por enquanto. Se ele já era naturalmente meio bravo, de mau humor ele devia ser um demônio, era melhor nem provocá-lo. Tentei até ser meiga com ele:
--Bom dia. --Eu disse tentando amenizar o clima.
--Vá se arrumar porque temos que ir embora o mais rápido possível. --Ele disse friamente.
--Ahmm... --Não sabia o que fazer--Está tudo bem?
--Está... só anda rápido, estou com pressa, OK?--Agora, além de frio ele estava impaciente.
Fui até o banheiro, lavei o rosto, tentei acordar completamente, me olhei no espelho, vendo minha imagem levei um susto tão grande que acordei de vez, tentei dar um jeito no meu cabelo, amarrei o meu cabelo, ficou uma bosta, mas ficou melhor do que solto, lavei meu rosto de novo e pronto. Saí do banheiro para encontrar um Mason muito impaciente e meio bravo me esperando. Ele me olhou de cima abaixo, provavelmente pensando o que tinha acontecido comigo (ele deve ter levado um susto). Assim que se recompôs, ele se levantou e foi andando até a porta.
--Aonde está indo?
--NÓS estamos indo embora daqui. --Ele disse começando a ficar irritado
Eu sei que eu disse que eu não aceitaria nenhuma coisa que Mason me desse, mas eu realmente estava com muita fome, e como a minha fome sempre fala mais alto que a minha razão:
--Mas, nós não vamos comer nada?
--Agora não dá. No caminho nós pegamos alguma coisa.
--Mas eu tô com muita fome. --Contestei.
--Caramba, já disse que agora não dá! Você devia ter aceitado o que eu te ofereci ontem, agora você vai ter que esperar.
Abaixei a cabeça e o segui para fora do quarto, sem dizer uma palavra. Quando chegamos ao térreo, notei um silêncio incômodo. Olhei em volta e notei que não tinha ninguém, ninguém mesmo. Nem o cara da recepção, e isso era muito estranho.
--Por que não tem ninguém aqui?--Perguntei á Mason.
--Sei lá. Devem ter saído. --Ele respondeu tão rápido que acho que nem ele deve ter acreditado. Mas, com medo da reação impaciente de Mason, mais uma vez decidi deixar esse assunto de lado.
Saímos e fomos direto para o carro. Essa vida estava ficando entediante. E eu ainda estava com muita fome.
Ele dirigiu por mais alguns km, mas depois de um tempo ele deve ter cansado de olhar pra minha cara de fome, e resolveu para em uma lanchonete.
--Vamos, desce. --Ele falou pra mim.
--Sério? Pensei que você fosse me trancar aqui para sempre. --Fui meio dramática, mas era porque eu tinha ficado surpresa.
--Desce logo antes que eu mude de ideia.
E desci. Ele saiu do carro e já me alcançou e entramos juntos na loja.
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-Mason-
Acordei essa manhã e me lembrei de tudo, do meu passado, das minhas besteiras, dos meus erros. Olhei em volta e me lembrei da noite passada também. Jennyfer. Que garota irritante! Ela ficou discutindo comigo até tarde da noite, então eu resolvi fingir dormir só pra ela (que já estava rouca) parar de falar. E funcionou. Só que aí tudo ficou em silêncio e eu me senti sozinho.
Eu sei que o que eu estava fazendo era errado. Muito errado. Mas só assim eu conseguiria me livrar do que me assombrava, meu passado. Então, no dia que vi aquela garota na loja que eu estava assaltando, seus olhos, eu vi seus olhos e já soube que era ele. Era ela a solução dos meus problemas. E além do mais, eu já havia tentado tanto que o que seria mais um fracasso?
E aí eu estava agora, num quarto de motel barato, com a pessoa mais irritante que já conheci na vida. Levantei para ir tomar um ar fresco, e fui até a recepção do hotel. Chegando lá eu a vi. Uma pessoa que fez parte do meu passado, mas que agora só me trazia problemas. Droga, ela me viu. Ela veio á passos longos em minha direção, e eu já soube o que viria em seguida. Infelizmente não deu tempo de me desviar e só percebi quando já era tarde demais. Eu senti minha pele do rosto queimando, sentindo a dor que seu soco me proporcionou. Em uma pessoa normal, o rosto já estaria meio deformado, e a pessoa, desacordada. Mas eu não era uma pessoa normal. Nem ela Por isso o ferimento não duraria mais do que alguns segundos. Me recompus o mais rápido que consegui e já revidei o golpe. Ela, que já estava preparada, segurou meu pulso e torceu, mas não forte o suficiente para quebrá-lo. Mal sentindo a dor no pulso, chutei sua perna esquerda com tudo, e a demônia caiu. O que fiz em seguida foi sacar a minha adaga, que deixava junto com minha arma para mortais. Mais rápido do que nunca, desci a adaga bem em seu coração. Agora ela estava morta, mas eu sabia que isso não duraria, então não perdi tempo e levei seu corpo para uma porta que tinha na recepção. Foi aí que eu notei o silêncio e olhei em volta. O cara da recepção não estava onde ele deveria estar. Ótimo! Agora tinha mais um problema, e tinha certeza que tinha o dedo dela nessa história. Mas agora eu não tinha tempo para isso. Tinha que voltar pro quarto, e rápido, antes que Jennyfer acordasse e resolvesse fazer alguma besteira.
Quando voltei para o quarto ela já estava acordada. Sem saber o que fazer por um instante fiquei em silêncio, mas aí ela olhou em minha direção e eu soube que tinha que dizer algo. Como tínhamos que sair rápido antes que a demônia conseguisse voltar e nos encontrar, ia falar, mas a garota me interrompeu.
--Bom dia-- E ela disse isso com uma voz tão meiga que me desconcentrou por um milésimo de segundo, e logo voltei a mim e disse:
--Vá se arrumar porque temos que ir embora o mais rápido possível. --Eu disse isso em um tom tão frio que até eu mesmo assustei, mas não tinha tempo para devaneios. O problema é que assim que Jennyfer entrou no banheiro ela demorou muito mais que o normal, e enquanto isso, minha paciência só diminuía.
Finalmente ela apareceu na porta e eu a avaliei com o meu olhar. Cara, ela estava diferente, mas não diferente de feia. Diferente de mais natural. Com o cabelo desarrumado e sem maquiagem. Voltei a realidade e lembrei que tínhamos que andar rápido.
Saímos do hotel o mais rápido que conseguimos. Durante a viagem ao próximo destino ela não parava de reclamar de fome, e me vendo obrigado a tomar alguma decisão, parei em uma lanchonete de beira de estrada, a fim de que fosse mais rápido.
Entramos na lanchonete e sentamos em uma mesa de dois lugares. Enquanto esperávamos que alguém viesse nos atender, a garota não parou de falar, alguma coisa sobre suas roupas, mas eu não prestei atenção. Precisávamos sair rápido daquele lugar, mas nenhum garçom vinha nos atender. Cansado de esperar, já ia fazer alguma coisa quando uma voz me fez voltar atrás:
--Se esqueceu dos seus amigos, Mason? Porque nós não nos esquecemos de você! -- Era uma voz fria e que me dava arrepios. Eu conhecia aquela voz melhor do que ninguém. Infelizmente, isso não era uma coisa boa.
Olhando para trás, minhas suspeitas se concretizaram. Os demônios me encontraram.
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A Lua
МистикаPLÁGIO É CRIME, NÃO CAIA NESSA!!!PENA DE TRÊS MESES ATÉ UM ANO OU MULTA! Um romance sobrenatural entre uma garota, Jenny, tomada pelos fantasmas do passado e um garoto, Mason, que, de jovem, só tem o rostinho bonito. O começo deles não foi o mais co...