Capítulo 18

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Ok, ok. Então o Austin era um demônio. Precisava me acostumar com a ideia, já que agora eu não tinha mais aquela minha vida normal e tranquila.

Nós conversamos mais um pouco e Austin me contou que ele e Mason tinham fugido juntos do inferno e aí, por um período os dois caçavam demônios juntos, mas aí o Mason sumiu e ele começou a caçar sozinho, melhorou suas habilidades, mas ele cansou e queria um pouco de paz, tentar se misturar com os humanos, então ele se matriculou na escola que eu estudava. Lá ele conheceu a Carol e, enquanto eu estava desaparecida, ele ajudou a Carol e eles acabaram ficando, e agora eles estavam namorando.

Como as coisas acontecem rápido, ein.

Eu fiquei desaparecida por DOIS DIAS!!

Como Mason não podia entrar no bar, eu entrei e chamei as meninas para irmos em outro lugar. Quanto ao garoto que tinha sido expulso, não o vi. Falei pra elas que Mason era um amigo meu de outra cidade. Desculpa ruim, eu sei. 

Quando saímos, Carol se surpreendeu ao ver Austin lá, já que ele tinha dito á ela que ia embora.

Conclusão: uma mini-discussão, mas depois ficou tudo bem.

Como depois dessa discussão a Carol não estava muito disposta pra sair, ela foi pra casa. Austin também. Diana, como não queria ficar sobrando, foi embora, me deixando lá com Mason.

  --Então, quer ir á algum lugar ou, como suas amigas foram embora, você quer ir também?--Mason me perguntou levantando uma sobrancelha.

  --Na verdade, eu tenho que ir. --Respondi meio sem graça.

  --Tudo bem, eu te levo pra casa. --Ele disse isso meio triste e enlaçou seu braço ao meu, me levando para o seu carro.

  --Até quando você fica?--Perguntei assim que entramos no carro.

  --Eu não sei. --Ele respondeu pensativo.--Acho que até quando os demônios me encontrarem.

  --Mason, se aqueles demônios, sempre quando morrem, conseguem voltar, é assim com você também?

Ele respirou fundo.

  --Não, não acontece. Quando eu fugi do inferno e me juntei á vida humana, eu meio que perdi esses "privilégios", mas eu não me arrependo nem um pouco. Se eu morresse eu iria pro inferno, mas não conseguiria voltar, a não ser se aceitasse voltar a mandar almas pra lá, o que está totalmente fora de cogitação.

  --Não tem como matar definitivamente esse demônios?

  --Tem, mas é com uma arma que está desaparecida á tempos. O último dono fez questão de escondê-la, para que ninguém, a não ser de sua própria família, encontrasse.

  --Por quê?

  --Eu não sei.

  --E por que você quer tanto se livrar do seu lado demônio se você pode muito bem se passar por um humano?

  --Eu cansei de fugir, Jenny. Eu não tenho paz em lugar algum, porque sempre estou sendo caçado. Eu só queria ter paz pelo menos uma vez na vida.

Nós chegamos e ele parou o carro em frente a minha casa.

  --Então é isso. --Eu disse. --Tchau, Mason.

Preparei-me pra sair, mas Mason segurou meu braço.

  --Espere.

  --O que foi?

Sem dizer mais nada, ele me puxou para um beijo. Um beijo verdadeiramente apaixonante. Senti seu gosto de menta e pequenos arrepios que percorreram meu corpo. Depois que o beijo acabou ele me abraçou.

  --Não quero mais me separar de você. --Ele sussurrou no meu ouvido e eu o beijei.

  --Eu também não quero.

Antes de sair, ele pegou meu celular e salvou seu número.

  --Pra emergências. --Ele explicou.

  --Só pra emergências?

  --Hahaha.

  --Tchau, Mason.

  --Tchau.

Ele me deu mais alguns selinhos e eu saí do carro.

Entrei em casa e parecia que todos já estavam dormindo.

Subi para o meu quarto com um sorriso bobo no rosto.

Meu Mason havia voltado.

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