Á medida que me aproximava do celeiro, mais alto e mais frequente ficava o barulho. Claramente era uma briga e eu precisava ver que lado estava ganhando.
Quando cheguei em frente do velho e enferrujado portão eu já estava suada e ofegante pela pequena corrida do carro até o celeiro.
Tomando uma longa respiração eu abri uma fresta em uma das portas. Com mais coragem ainda, eu adentrei no celeiro.
Olhei ao redor e senti meu estômago embrulhar. Havia luta em toda parte. Pessoas, demônios, bastante sangue dos humanos e alguns resíduos negros completavam o cenário. Dez vezes mais seres do que já tinha visto.
Ninguém notara minha presença e eu não sabia o que devia fazer. Reunindo toda a minha força de vontade, comecei a me deslocar, procurando Mason dentre o mar de seres. Na verdade, minha real preocupação no momento era essa.
Procurei em todo canto, mas não o encontrei. Então comecei a entrar em desespero.
Estava atônita e apavorada. De tão confusa, só percebi o que acontecera depois de um momento: Uma bala passara raspando pela minha cara. Meu coração disparou e achei que eu ia ter um ataque cardíaco ali no meio de tudo.
O barulho do tiro foi alto, chamando atenção de algumas pessoas que se viraram para me encarar. Identifiquei o atirador e, mais atentamente reconheci Edgar que estava alarmado. Mais adiante eu o vi: Mason. Ele aparentemente estava bem, quase sem arranhões. Nós trocamos olhares, mas em seus olhos pude perceber a fúria misturada com preocupação. Nesse micro-momento em que nos encarávamos, a pessoa que lutava com Mason não perdeu tempo, tirou uma adaga e arranhou o peito dele.
Instantaneamente, Mason deu dois passos pra trás, sofrendo pelo corte que fora profundo. O líquido negro jorrava de seu ferimento, mas ele tentava se recuperar. Seu inimigo exibia um sorriso vitorioso no rosto, mas Mason pegou uma arma e atirou certeiramente no coração do cara. Com dor, o homem se contorceu, enquanto seu corpo virava pó.
Mason me dirigiu mais um olhar, mas não durou muito também. Vários outros seres o cercaram e ele se encontrou em outra luta.
Olhei para os lados e vi Zack, o demônio que eu conheci na balada. Ele deu seu sorriso cafajeste e pegou uma espada –sim, uma espada, grande e poderosa. Ele veio em minha direção, enquanto eu tentava pegar a arma que estava presa na minha calça.
Eu não estava conseguindo raciocinar direito e não deu tempo de pegar a arma. Zack já estava na minha frente, apontando a espada para meu corpo. O suor escorria frio pelo meu pescoço. Não tinha saída.
Depois disso, tudo aconteceu muito rápido. Em um segundo Zack estava me ameaçando e, em outro, Edgar estava com sua espada igualmente poderosa, lutando com Zack. Zack era mais alto e mais forte que Edgar, mas Edgar era astuto e ágil. A luta era muito barulhenta, ambos desferindo e se esquivando de golpes, parecendo uma dança mortal. Mas uma hora alguém teria que ceder. Eles conheciam muito bem o estilo um do outro, só esperavam por uma falha, uma chance de dar um golpe final.
Edgar girou a espada e conseguiu arranhar o ante-braço de Zack, onde agora começou a ficar preto. Zack urrava, mas não diminuiu a guarda, só que agora estava mais vulnerável. Com mais alguns bateres de espada, Zack começou a fazer movimentos mais lentos, e doloridos. Sua camiseta estava totalmente manchada. Edgar, percebendo a fraqueza de seu oponente, tentou feri-lo ainda mais, mas, ao invés disso, Zack que atingiu Edgar, cravando fundo a espada em sua barriga. Edgar cambaleou um pouco, mas logo voltou a atenção totalmente á briga. Segurando com ainda mais força sua espada, esperou mais um momento de fraqueza de seu inimigo. Quando consegui-o, não perdeu tempo. Sua espada decepou a cabeça de Zack, que virou pó logo em seguida.
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A Lua
ParanormalPLÁGIO É CRIME, NÃO CAIA NESSA!!!PENA DE TRÊS MESES ATÉ UM ANO OU MULTA! Um romance sobrenatural entre uma garota, Jenny, tomada pelos fantasmas do passado e um garoto, Mason, que, de jovem, só tem o rostinho bonito. O começo deles não foi o mais co...