~Mason~
Eu tinha acabado de deixar Jenny em casa e agora vagava sem rumo. Não tinha lugar para ficar e nem o que fazer.
Agora que tinha reencontrado Jenny minhas preocupações diminuíram, mas ainda eram existentes, como, por exemplo, a minha segurança e a da Jenny, devido aos meus demônios perseguidores.
Também havia outro problema que estava me atormentando muito e que me fazia sentir como se fosse um adolescente bobo, época que já tinha passado há muito tempo: Eu havia declarado meu amor por Jenny no motel, e desde então eu venho me preocupando porque ela não se declarou para mim. Eu estava meio receoso de que o que eu sentia por ela não era o mesmo que ela sentia por mim, e eu não sossegaria até que ela se declarasse para mim com todas as letras, senão eu ficaria com a mesma dúvida me importunando: será que ela realmente me amava?
Eu só voltei de meus pensamentos quando ouvi as buzinas me alertando que o sinal estava aberto. Avancei e parei em um bar para esfriar a cabeça. Estava ficando cansado e essa semana tinha sido tensa.
Entrei no bar e pedi uma tequila. Quando chegou eu virei-a e senti minha garganta queimando. Vendo que não era suficiente pedi mais uma, e mais uma. Umas garotas ousavam se aproximar de mim, eu conversava um pouco, mas logo em seguida as dispensava. Jenny era a única garota na minha vida.
Já sentindo os efeitos do álcool, fui pedir uma quarta rodada, mas uma mão me impediu. Olhei para trás e vi Austin me encarando com um olhar questionador.
--Quê isso, cara?—Ele me perguntou sem ao certo entender o por que de eu estar fazendo aquilo.
--Sei lá. —Respondi sinceramente.
--Vem, vamos embora. —Ele falou me puxando.
--Não. Me solta. —Respondi me soltando.
--Vem, Mason. Você já passou dos limites. —Austin falou me empurrando com mais força para a saída.
--Você tá de carro?—Ele perguntou.
Só acenei com a cabeça e mostrei onde ele estava.
--Me dá as chaves. —Austin mandou.
--Não, eu vou dirigir. —Eu protestei, mas eu não estava em meu juízo completo.
--Mason, deixa disso. Você não está em condições de dirigir. Me dá logo as chaves e para de reclamar.
Eu, contra vontade, peguei as chaves e entreguei em sua mão.
--Isso aí. Agora entra no carro.
Entrei, com Austin entrando logo em seguida. Ele começou a dirigir em silêncio e eu não protestei, mas depois eu percebi que não sabia para onde estávamos indo. Tentei prestar atenção no caminho, mas minha visão me enganava e eu só via borrões.
--Pra onde estamos indo?
--Pro meu apartamento. Não estamos muito longe, daqui a pouco a gente chega.
Três minutos mais tarde estávamos estacionando na garagem de um prédio grande e luxuoso. Não bastasse isso, descobri que o meu amigo morava na cobertura.
--Que isso, ein? Tá chique. –Eu disse não me reconhecendo. Eu jamais falaria isso. Austin também me olhou estranho.
Ele se dirigiu á sala e se jogou em um grande e luxuoso sofá.
--Tá legal, Mason. O que aconteceu pra você beber desse jeito.
--Nada. —Eu respondi.
--Quem você está querendo enganar? Fala logo o que aconteceu pra te deixar nesse estado. Era pra você estar feliz, já que você e Jenny se acertaram.
--Como você sabe?—Pergunto.
--Carol.
Ahh, Jenny deve ter contado pra Carol.
--Mason. Foco. O que aconteceu.
Eu me sentei no outro sofá e comecei a falar.
--Eu já me abri pra ela, cara. Eu falei pra ela que eu a amava. Eu demonstrei também, mas ela nunca se declarou pra mim. —Eu soltei as palavras sem conseguir me controlar e sem entender por que estava falando aquilo.
--Só isso? –Austin me perguntou com uma sobrancelha levantada.
--Eu estou inseguro, cara. E se ela não me amar?—Continuei ignorando sua pergunta e olhando para ele como se ele pudesse me responder isso.
De repente o fato de eu estar bebendo só por causa dessa insegurança fez eu me sentir estúpido, mas agora já era tarde.
Austin me olhou por um tempo sem saber o que responder.
--Cara, você precisa descansar. Vai dormir um pouco. Eu tenho um quarto de hóspedes, você dorme aqui essa noite e amanhã nós conversamos sobre isso.
Eu soltei um suspiro frustrado. Eu realmente precisava de respostas. Eu precisava de Jenny aqui me dizendo que me amava também.
Mas agora, como não parecia ter muita escolha, aceitei a oferta de Austin.
Ele me levou até o quarto de hóspedes e me deixou lá para eu me arrumar.
Eu deitei na cama e fiquei encarando o teto por um tempo até o sono chegar. Meu último pensamento foi por que estava me sentindo tão inseguro.
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Oii ,
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Bjuss ^-^

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A Lua
ParanormalPLÁGIO É CRIME, NÃO CAIA NESSA!!!PENA DE TRÊS MESES ATÉ UM ANO OU MULTA! Um romance sobrenatural entre uma garota, Jenny, tomada pelos fantasmas do passado e um garoto, Mason, que, de jovem, só tem o rostinho bonito. O começo deles não foi o mais co...