Eu cheguei em casa e vi meu irmãozinho Brick vindo correndo em minha direção para me abraçar. Como senti falta desse baixinho!
--E aí pivetinho?--Perguntei segurando o choro. Que saudades de casa!
--Promete que nunca mais vai me deixar?--Ele perguntou chorando em meus braços.
--Prometo, baixinho!
Ele saiu do meu abraço e se virou.
--Jenny, agora você precisa ir descansar. --Disse minha mãe.
--Mas mãe, eu preciso ver a Di e a Carol!
--Depois você resolve isso. Agora, você tem que descansar. Você passou por muita coisa e elas vão entender.
Nem tentei contestar mais. Subi as escadas e fui para o meu quarto. Girei a maçaneta bem devagarinho, me preparando pra entrar no melhor lugar do mundo. Estava como tinha deixado. Fui até o meu guarda-roupa e peguei um pijama. Quando Mason me raptou eu também estava de pijama... Espantei esses pensamentos. Tentava me convencer de que ele era só o cara que havia me raptado, nada mais! Mas quando eu pensava no nosso simples beijo eu sabia que não conseguiria me convencer, que aquele beijo tinha sido mais do que um impulso. Eu estava assustada! Como consegui me apaixonar por um cara mal em tão pouco tempo? Foram dois dias!
Eu coloquei o pijama quentinho e me enfiei embaixo das cobertas. Logo o cansaço veio e eu não resisti.
-
-
~No dia seguinte~
Eu acordei e já estava indo para a cozinha atrás do cheirinho bom da comida da minha mãe.
--Bom dia. --Ela me saudou alegre.
--Oi--Respondi ainda com sono.
--Dormiu bem?
--Aham.
--Mais tarde eu fui te checar e você estava roncando. Você dormiu bastante, já está quase na hora do almoço.
Olhei no relógio e vi que ela estava certa. Eu praticamente engoli meu café da manhã. Precisava ver minhas amigas.
--Ah, mocinha, antes que você pense em fazer alguma coisa, suas amigas virão aqui depois, então nem pense em sair de casa. --Ela alertou.
--Cadê o Brick? --Perguntei mudando de assunto.
--Foi jogar futebol com os amigos.
--Amm...
--Quê foi isso?
--Sério que eu não posso ir ver minhas amigas?--Eu realmente precisava vê-las.
--Serissímo! E isso não está aberto para discussão. Você aguenta. --Que droga!!--Ahh, quase me esqueci! Já conversei com seu professor e você só vai pra escola na próxima semana.
--Que dia é hoje?--Perdi a noção de tempo!
--Quarta. Você só volta na segunda, tá?
Não respondi e voltei para o meu quarto. Não era possível que já fosse quarta!
Um tempo passou até que eu ouvi a campainha tocando. Desci e vi minhas amigas no hall. Corri até elas e demos um abraço triplo. Começamos a chorar. Depois que nos recompomos fomos para a sala. Elas não me perguntaram nada e eu agradeci porque não queria me lembrar de Mason agora. Botamos o papo em dia.
--Jenny, a Carol tem uma novidade. --Olhei para a Carol que corou um pouco.--Ela tá namorando!
--O quê??!--Exclamei. --Oh meu Deus!! Com quem??
--Com o Austin. --Ela disse timidamente.
Austin era um garoto popular da minha escola. Meu Deus, eu não estava acreditando. Nunca imaginei a Carol com ele.
--Parabéns!! --Abracei-a.
--Jenny, o que aconteceu com você? --Diana perguntou séria.
--Sério, Di, eu não quero falar agora. --Cadê a minha coragem?
--Mas uma hora você vai ter que confiar na gente.
--Eu sei, mas agora não. Ainda não estou preparada.
--Entendo... Ei, sabe do que você precisa?--Neguei.--De uma festa! Hoje vai ter uma lá na casa do lago, e você VAI! Sem discussão.
Sorri, mesmo não querendo ir nessa tal festa.
Como já estava quase de noite, subimos para o meu quarto para nos arrumarmos. A Carol que escolheu um vestido curto azul pra mim e um salto preto. Ela que fez minha maquiagem também, e disse que realçou meus olhos.
--Pronta!! --Carol disse me virando para o espelho. Ela tinha feito um contorno preto esfumaçado nos meus olhos, bastante rímel e um batom claro. Estava bem melhor do que eu jamais conseguiria ter feito! Meu cabelo estava solto e caía até um pouco acima da cintura. Eu estava bonita.
Nós fomos para a festa na casa do lago, que era enorme. Os pais estavam viajando, então uma amiga nossa resolveu aproveitar para dar uma festa. Nós chegamos perto e já dava para ouvir o som alto da música. Dentro da casa já tinha muita gente dançando e muita gente bêbada também. Não era o tipo de evento que eu gostava. Vi o namorado da Carol chegando perto e sussurrou alguma coisa no ouvido dela, logo os dois já tinha sumido no meio da multidão. Sobrou eu e Diana.
--Quer alguma coisa pra beber? --Perguntei?
--Uma coca, mas eu te acompanho até o bar. -- A Diana não bebia.
Fomos até o bar e pedimos nossas coisas. Ficamos lá por perto. De vez em quando Diana apontava alguns garotos pra mim, mas nenhum deles me interessou, até que ela me apontou um cara no meio da pista que me chamou a atenção.
Ele estava de costas, mas dava pra ver que era musculoso, seus cabelos eram castanhos e ele estava sozinho. Quando ele se virou que eu me arrepiei: seus olhos eram completamente negros, um demônio!
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A Lua
ParanormalPLÁGIO É CRIME, NÃO CAIA NESSA!!!PENA DE TRÊS MESES ATÉ UM ANO OU MULTA! Um romance sobrenatural entre uma garota, Jenny, tomada pelos fantasmas do passado e um garoto, Mason, que, de jovem, só tem o rostinho bonito. O começo deles não foi o mais co...