Capítulo 24

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--Isso é uma armadilha. Ela quer brincar. -Mason concluiu.

--Então deixa ela. Ela não pode fazer nada contra nós se não seguirmos o plano dela. -Austin disse.

--Seria imprudente de nossa parte se deixássemos ela fugir dessa maneira. Seria fácil demais.

--Não. Acho que devemos esperar e ver o que ela faz.

--Austin, você é burro? -Mason estava indignado. - Se ficarmos sentados esperando pelo próximo passo dela, Ela provavelmente vai ficar irritada e sabe-se lá o que ela é capaz de fazer pra ter a atenção virada pra ela.

--Mas eu não sei o que quer que façamos, então. Ela não vai ficar parada, e, até agora, ela só mandou dois sinais, de lugares afastados. Até agora não temos em que nos basear pra traçarmos um plano. Tudo o que podemos fazer é esperar até que tenhamos pelo menos uma pista do que ela está tentando fazer. Assim temos tempo pra planejar um jeito de fugir, quando ela tentar nos pegar.

--Mas, pra que armar um plano de fuga, se podemos planejar uma captura?

--Porque nós não temos a mínima idéia do que ela está tentando fazer!! -Austin disse a Mason como se conversasse com uma criança. Os dois estavam á ponto de explodir.

--O que é um sinal? -Decidi interferir, mudando o rumo da conversa.

--Beatrice tem um jeito próprio de avisar onde está. -Austin me explicou. -- Ela desenterra corpos de pessoas conhecidas, e que já morreram, aqui na região e os deixa onde quer, de forma que qualquer um pode encontrar. Mas ela sempre deixa uma pista, uma letra ou foto, junto com o corpo. Geralmente ela deixa essa pista em um lugar discreto, assim, só que está procurando pode encontrar. Meu amigo já esteve procurando no primeiro local, e os resultados já nos dão um plano. Ele encontrou um pedaço de uma foto. Só uma pequena borda, que não mostra muito. Agora, o cara já deve estar no segundo local. Ela provavelmente deixou outra parte lá.

--Mas ela só que matar o Mason, não é?

--Acho que os planos dela devem ter mudado. Acho que agora ela quer nós três. -Mason respondeu. -Mas pode ficar tranqüila, Jenny. Nada de mal vai te acontecer, ou á sua família. Eu te prometo.

Lancei um olhar de gratidão para Mason, mas eu estava bastante preocupada com ele também.

--Estranho, meu amigo ainda não me contatou pra dizer o progresso da busca. -Austin disse. -à essa altura já era pra ele ter terminado de olhar o segundo local. Isso é muito estranho, pode ter acontecido alguma coisa.

--Você acha melhor irmos lá, ver se aconteceu alguma coisa? -Mason perguntou.

--Vamos lá, então. Jenny, vem que eu te deixo em casa. -Austin falou enquanto procurava as chaves do carro.

--Nem pensar. Eu vou com vocês. -Falei.

--Dessa vez, não. Você não vai gostar do que vai ver. -Austin falou.

--Mas eu tenho que ir. Se isso me envolve, eu tenho o direito de ir com vocês. -Contestei e olhei pra Mason, pedindo ajuda.

--Jenny, eu concordo com o Austin. Pode ser perigoso, além de que o estilo Beatrice não é nem um pouco bonito.

--Mason, eu tenho que ir.

Mason e Austin trocaram olhares, parecendo discutir.

--Está bem. Mas depois não diga que eu

não avisei. -Austin falou.

--Mas, antes, você tem que falar com sua mãe. Eu não a conheço, mas sei que ela deve estar pirando. -Mason falou. Ele estava certíssimo.

--Me empresta um celular, então.

Austin pegou seu celular na mesa e me entregou. Eu disquei o número da minha mãe e ela atendeu no quarto toque.

--Alô? - Minha mãe falou.

--Oi, mãe.

--Oi, Jenny. Tudo bem? Aconteceu alguma coisa? -Ela estava estranhamente calma.

--Não aconteceu nada, não.

--Ah, que bom. Daqui á pouco eu chego aí em casa. Eu fui fazer umas comprinhas, mas já já eu chego. -Ta explicado. Ela estava calma porque ela nem tinha notado a minha falta.

--Ta bom, mas, na verdade, eu vou sair pra caminhar. Só liguei pra te avisar e você não ficar preocupada.

--Você tem certeza que é uma boa idéia você sair sozinha? -Ela ainda tinha algum receio sobre isso.

--Tenho, mãe. Pode ficar tranqüila que não vai acontecer nada. -Na verdade, eu não acreditava nisso, mas se eu contasse que estava prestes a ir procurar por pistas em um lugar que tinha um corpo morto, aí sim ela ia pirar.

--Ta bom, então. Se cuida.

--Pode deixar. Beijos. -Logo em seguida eu desliguei.

--Pronto. -Eu disse aos rapazes e devolvi o celular de Austin.

--Simples assim? -Mason me perguntou.

--Ela não chegou em casa ainda, então está tudo bem. -Eu expliquei.

--Vamos, então. -Austin falou, já saindo. Eu e Mason fomos atrás.

Austin dirigiu muito rápido, passando por sinais vermelhos e não parando em nenhuma placa. Com isso, ele já deveria ter ganho um número considerável de multas.

--Você tem certeza que quer ver isso, Jenny? Ainda dá tempo de desistir. -Austin falou quando já estávamos quase chegando no lugar. Eu olhei pra ele e ele se calou. Eu não ia desisti. Eu tinha começado com a história de acompanhá-los, e não seria agora que desistiria.

Austin estacionou e fomos andando até um lugar que tinha algumas pessoas. Em volta, só tinham prédios abandonados, janelas quebradas e alguns muros pichados. Era um lugar sem habitantes, mas muitas vezes tínhamos que passar por ele para poder ir pra outros bairros ou pra sair da cidade. Chegamos mais perto das pessoas e eu vi. Perto de um banco de concreto tinha um corpo se decompondo. Mesmo com muita vontade de dar meia volta, meu orgulho falou mais alto e eu me obriguei a continuar olhando para aquela coisa com uma pele de cor doentia e com alguns membros faltando. Eu não o reconheci, mas tinham algumas pessoas em volta que não paravam de chorar. Provavelmente parentes que jamais imaginariam ver o ente querido de novo. Também tinha alguns policiais.

Começamos á olhar ao redor da cena, procurando por alguma coisa fora do normal.

--Aquela vadia é esperta. -Austin murmurou. -Tem vários lugares em que a pista pode estar escondida.

--Venham aqui. Acho que vi uma coisa. -Mason nos chamou e eu cheguei mais perto. Mason se abaixou e pegou outro pedaço da foto. Era outra borda.

Me virei, olhando o lugar que o morto estava. A foto estava escondida á alguns metros da cena. Na verdade, a foto estava disfarçada, colada na parte de baixo de um muro já bem pichado. Tinha que concordar com Austin Beatrice era bem esperta.

--Já achamos. Vamos embora. -Eu falei. Queria muito sair daquele lugar. Juntos nós fomos pro carro. Austin se sentou e puxou a outra foto do bolso do casaco. Colocou os dois pedaços lado a lado. Eles se completavam, parecendo um quebra-cabeça. Mas ainda faltavam muitos pedaços.

Nós resolvemos voltar pro apartamento de Austin e, lá, resolvermos o que fazer.

Austin estava voltando numa velocidade normal até que vimos um outro aglomerado de pessoas. Austin parou o carro e rapidamente já nos encontrávamos tentando atravessar o caminho pelas pessoas, já que aqui tinha muita gente. Quando chegamos perto o suficiente para ver o que era, eu estanquei, chocada.

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Olaaaaá, meus amores.

Bem, antes tarde do que nunca, mas me desculpem pela demora.

Espero que estejam gostando da história.

Me deixem feliz, votando e comentando.

Beijocas e até o próximo capítulo.

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