Capítulo 22

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Eu entrei em desespero. Mason estava grogue. Não iria ficar acordado.

Tentei, mais uma vez, falar alguma coisa, mas só emiti gemidos.

  --Pronto, gatinha. –Um dos seguranças disse pra mim. -- Já temos o que precisamos. O que fazer com você agora?

  --Vocês não vão fazer nada! –Gritou uma voz vinda da porta. Olhei pra ver á quem pertencia.

Austin!!

Rapidamente, Austin começou a atirar várias facas. Uma delas acertou na perna do brutamontes 1 e ele urrou de dor. Beatrice havia desaparecido. Deve ter ficado com muito medo, já que nem pra lidar com os próprios problemas ela tem coragem. Precisa de seguranças. Fingida. Mas agora eu tinha outras preocupações. Austin jogou facas até que os dois brutamontes já estavam no chão. Deviam estar tão surpresos que nem tiveram tempo de pensar em uma maneira de se protegerem. Mas eles ainda respiravam. E eu tinha certeza que eles eram demônios, então, se estivessem sido assassinados, teriam virado uma pilha de cinzas ou algo do tipo. Austin tinha uma ótima mira e eu fiquei impressionada.

  --Sou bom, não é mesmo, Jenny?—Austin se gabou e eu só pude revirar os olhos.

Em seguida, ele veio em minha direção e tirou as amarras. Mason, na outra cadeira, murmurava coisas sem sentido enquanto Austin tentava tirar as amarras dele. Quando Austin conseguiu tirar tudo, olhou pra mim e eu levei um tempo pra processar. Logo fui do outro lado de Mason e, juntos, conseguimos levantá-lo. Sem mais complicações, nem mesmo Beatrice que, de fato, havia sumido, chegamos ao carro de Mason e o colocamos no banco de trás. Eu resolvi ir atrás com ele e coloquei sua cabeça em meu colo. Nessa altura ele já estava dormindo.

  --Como vocês sabiam onde eu estava?—Perguntei pra Austin.

  --Beatrice deixou algumas pistas. Ela queria que te encontrássemos. Não sei o que ela esperava, já que Mason é um bom lutador. Sei lá, mas ela está tramando algo.

  --Sim, algo grande. –Eu murmurei pra que ninguém ouvisse.

  --Beatrice estava com muita raiva de Mason. Por quê? –Perguntei.

  --É um assunto complicado. Mason te explicará quando ele acordar.

Austin dirigiu até um bairro de luxo de Aberdeen e parou em frente á um grande prédio. Ele parou na garagem e abriu a porta de trás do carro pra tirar Mason.

Doía vê-lo tão impotente e meio sem vida. Não fazia jus ao Mason que eu conhecia e que amav...

Interrompi esse pensamento que, pra mim, ainda era incerto e concentrei-me em tentar ajudar Austin a tirar o corpo do carro.

Chegamos no elevador e eu só fiquei imaginando como seria o porteiro nos olhando subir com um homem inconciente e machucado, através da câmera.

O apartamento de Austin era na cobertura. E que apartamento. Nunca vi um lar tão grande assim. Entramos e deixamos Mason no sofá. Austin foi pra cozinha e eu sentei no outro sofá. Fiquei olhando pra Mason. Quando o conheci eu o odiava, afinal, ele era o meu sequestrador. Mas com o tempo, acho que eu aprendi a suportá-lo e até comecei a gostar dele. Quando o beijei, algo se acendeu em mim. Não sei descrever, mas quando eu parti ele me fez uma falta tão grande. Agora estávamos juntos mas, mesmo assim, estávamos distantes. Eu acho que eu...eu o amava.

Admitir pra mim mesma que o amava foi difícil. Ele já tinha se declarado pra mim e, agora que tinha certeza absoluta disso, tinha que falar pra ele. Estava olhando fixamente pro seu corpo, aguardando qualquer sinal que ele acordaria em breve. Nada. Sua respiração era suave e ele não se mexia. Nem um pouco. Comecei a ficar inquieta. O que tinha injetado nele?

  --Não se preocupe, querida. Daqui a pouco ele acorda. —Como Austin sabia no que eu estava pensando. Ele era estranho. Mas eu estava começando a gostar dele. Ele me salvou e, parecia ser legal.

  --Me desculpe, Austin. –Comecei e Austin lançou um olhar de dúvida. –Eu te julguei mal da primeira vez que te vi. Pra ser sincera, achei que minha amiga merecia algo melhor que você. Mas você é até legal. E se Carol está feliz, eu também estou.

  --Ok. Eu prometo que vou fazê-la feliz.

  --Tá bom, bom mesmo que faça isso, se não eu te quebro. Mas agora nós estamos parecendo outras pessoas. Estamos muito melosos. Só lembre do que te disse e vamos parar de falar disso. Quando ele vai acordar?

  --Relaxa, Jenny. Daqui a pouco esse marmanjo acorda. –Suspirei. – Você deve estar com fome. Vem comigo.

Ele levantou do sofá e eu o segui até a cozinha, onde ele tinha arrumado um café da manhã super completo. Tinha até esquecido que estava com fome, tamanha minha preocupação com Mason.

Sentei em uma cadeira e comecei a comer em silêncio. Austin sentou do lado oposto e começou a tomar café enquanto me encarava.

  --O quê?—Perguntei pra ele.

Ele ia responder quando ouvimos um baque na sala. Corremos pra lá.

Mason estava tentando se levantar. Corri até ele e o abracei.

  --Mason. Você está bem?

Ele gemeu.

  --Defina bem. –Sorri. –Eu estou com dor de cabeça, mas fora isso, tudo bem.

Suspirei de alívio.

  --Mason?

  --Diga.

  --Eu..—Olhei bem em seus olhos. –Eu te amo.

 

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Oi, gente.

Não me matem pela demora, mas estou tentando escrever mais pra compensá-los.

Esse capítulo foi curtinho, mas até que enfim, ein, Jenny.

Bem, se vocês gostaram votem e comentem.

Beijos. Vevett

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