Capítulo 12

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~Mason~

Depois que ela se foi eu me senti vazio. Eu ainda tive esperança de que depois ela ainda voltaria pra mim. Eu não podia estar mais errado. Como eu sentia a falta dela.

Não queria voltar atrás, mas sabia de que de alguma maneira precisava de Jenny para conseguir concertar a minha vida, mas agora ela tinha ido embora e minhas esperanças estavam quase esgotadas. Passei muito tempo atrás da minha salvação, para depois simplesmente deixá-la ir. E agora ela também corria perigo. Os outros demônios sabiam de sua existência e iriam caçá-la. Não tinha ninguém para protegê-la.

"O que eu fiz....?"

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~Jenny~

Eu estava perto de um bar que estava abrindo. Perto tinha um orelhão, para o qual eu me dirigi.

Eu devia estar um trapo porque as poucas pessoas que estavam na rua a esse horário olhavam de lado pra mim e cochichavam entre si. O que eu podia fazer?

Peguei o telefone do orelhão com a mão trêmula. Estava nervosa e queria rever minha antiga vida.. Tomando coragem disquei á cobrar o número de casa. Não sabia o que esperar, e não tinha percebido que estava com tanta saudade de casa.

O telefone tocou uma vez...

Duas vezes...

Três vezes..

No quarto toque alguém atendeu.

  --Alô--Era a minha mãe. Por um momento eu esqueci como se falava. --Alô?--Foi preciso ela falar mais uma vez para eu recobrar meus sentidos. Sua voz era reconfortante.

  --Mãe?--Foi tudo o que consegui dizer.

  --Jenny?--Ela perguntou, quase gritando do outro lado da linha. --Ah meu amor!! Onde você está? Está tudo bem? Fizeram alguma coisa com você?

  --Mãe, você pode vir me buscar?--Falei e dei a minha localização á ela.

  --Docinho, é muito longe, vai demorar pra eu chegar. --Ela disse muito agitada.--Mas está tudo bem? Como você está?

Como eu estou? Bem, estou como quem descobriu que existem demônios e acabou de ver um cara super- gato matar alguns bem na sua frente.

  --Eu tô bem, mãe. Só vem logo, por favor.

  --Querida, eu vou demorar, parece que você andou viajando muito. Eu vou procurar voôs de avião, mas vou ligar pra polícia local e avisar que te encontrei. Eles vão aí te buscar e eu te pego com eles

  --Tá bom, mãe.

  --Ok, meu amor. Não faça besteiras. Te amo.

  --Também te amo.

Desligou.

Agora eu só tinha que esperar ela, mas eu sabia que ia demorar. Sentei em um banco do bar e só então o frio me atingiu em cheio. Eu estava usando as mesmas roupas que Mason me dera. Mason... Seu nome.. Eu queria que ele estivesse agora aqui comigo. Eu estava com saudades dele. Varri esses pensamentos.

Ele era o cara que me sequestrou e me colocou em situações perigosas e que não pertencem ao nosso mundo. Tudo que eu deveria sentir dele era repulsa, mas eu não me sentia assim, e isso me assustava.

-

~3 hrs depois~

Um carro preto estacionou perto do posto de polícia, onde eu havia sido interrogada, mas não respondera muito bem, mas agora eu estava esperando minha mãe. De dentro do carro saiu minha mãe com um casaco. Ela veio correndo na minha direção e me abraçou, já com lágrimas nos olhos.

  --Meu Deus, como eu senti sua falta--Ela disse segurando uns soluços.

  --Eu também, mãe. --Eu disse já quase chorando.

Ela envolveu o casaco nos meus ombros

  --Venha, vamos pra casa. --Ela disse me ajudando a levantar--Obrigada.--Ela disse aos policiais que estavam perto de mim e me conduziu até o carro.

Nós entramos no carro e eu me senti melhor. O aquecedor estava ligado e eu dispensei o casaco. Minha mãe entrou do outro lado, e, quando percebeu que eu já estava mais confortável, ela começou:

  --Jennyfer, o que aconteceu? Quem fez isso com você.

Não sei por que, mas não queria falar sobre Mason com minha mãe, assim como não falei dele pra polícia.

  --Eu....eu não sei.--Menti.

  --Do que você se lembra?--Ela tentou mais uma vez.

  --Eu fui para o meu quarto e acho que peguei no sono. Depois eu acordei em um carro.

  --Mas quem fez isso com você?

  --Eu não sei. Ele estava mascarado.

  -Era um homem, então. Mas como ele era? Do quê você se lembra?

  --Ele era alto e magro. É tudo o que eu me lembro. Fiquei a maior parte do tempo desacordada. --Eu não me sentia bem mentindo para a minha mãe, mas eu não queria contar sobre Mason.

  --O que fizeram com você, minha filhinha?--Ela perguntou mais preocupada.

  --Nada. Eu não sei o que queria, mas nós só viajamos até aqui. Não sei por quê. --Menti de novo. Em parte. Também não sabia exatamente por que Mason queria que eu fosse com ele.

  --Humm. Mas você se machucou, te maltrataram?--Ela não esperou resposta e começou a procurar algum hematoma em meu corpo.

  --Não, mãe. Não fizeram nada.

  --Mas, então, o quê ele queria?

  --Eu não sei, mãe. --Essa questão já estava começando a me irritar. Odeio quando fico muito curiosa e esse era um dos casos.

  --Mas e...

  --Mãe, eu estou muito cansada. Vou dormir um pouco, tá. --Cortei-a porque precisava. Estava com medo de deixar alguma informação escapar.

  --Tá bom, mas isso ainda não acabou.

Virei-me para a janela, onde magicamente começou a nevar. Flocos grandes e pequenos. Delicados e suaves. Totalmente brancos. Tudo tão lindo em contraste com o céu de um azul tão profundo quanto os olhos de Mason.

Eu não conseguia tirá-lo da cabeça. Isso começou a me preocupar. Se eu queria fugir dele, então por que minha mente sempre acabava voltando naqueles lindos olhos azuis?

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