— Levantem! Está um dia lindo lá fora! Levantem!
Me remexo sobre a cama, contorcendo o rosto em uma careta de desgosto.
— Já está tarde, vocês precisam levantar!
Solto um suspiro ao escutar a insistente voz de minha avó.
Wendy resmunga algo indecifrável do meu lado.
— Aconteceu alguma coisa? — Abro apenas um olho, espiando a figura de vovó parada na beira da cama, com as mãos na cintura. Ela estava arrumada.
— Eu preciso ir para a loja e vocês virão comigo. — Ela responde, sorridente.
— Não podemos ir depois? — Wendy pergunta, atrás de mim.
— Não. Eu conheço muito bem você duas, se não forem agora, não irão depois.
— Que horas são? — Pergunto, estendendo a mão até à cabeceira do lado da cama para alcançar o meu celular.
Com a visão um pouco embaçada, encaro o visor luminoso vendo que marcavam oito horas da manhã.
— Ainda é muito cedo. — Resmungo com a voz rouca de sono.
Vovó suspira alto e agarra o edredom branco que nos cobria, puxando-o para fora da cama.
— Levantem e se vistam, estou esperando lá embaixo. — E dando sua ordem, ela sai do quarto.
Sem alternativas, me sento na cama e fico encarando um ponto do quarto, enquanto espero meu corpo despertar de vez.
— Vai, Wendy, não enrola. — Levo minha mão esquerda até as costas de minha irmã, que estava escolhida na cama, e a chacoalho levemente.
Após o árduo trabalho de acordar, Wendy e eu tentamos nos arrumar com pressa para que vovó não nos gritasse pela milésima vez. E como ela mesma havia dito antes, o dia realmente estava lindo, com o sol brilhando bem forte do lado de fora, por isso, revirei minhas coisas a procura de alguma roupa que fosse agradável nessa manhã ensolarada.
— Use essa saia com a blusa branca de mangas caídas. — Wendy joga duas peças de roupas em minha direção.
Encaro as roupas em minhas mãos, pensando se deveria ou não usá-las.
— Confie na sua irmã mais velha, eu tenho mais experiência.
— Só temos dois anos de diferença, Wendy.
— Mas ainda são dois anos. — Ela me lança uma piscadela, e eu reviro os olhos em resposta.
Com mais grito de vovó vindo do andar de baixo, acabo colocando as roupas que Wendy sugeriu: uma saia azul floral, uma blusa branca de mangas caídas e tênis brancos.
Ao descermos para o segundo andar e escutarmos alguns resmungos de nossa avó, nós três partimos para a loja. E, durante todo o caminho, vovó cumprimentou praticamente todos que passaram por nós, e alguns até nos reconheceram, mesmo tendo se passado muito tempo desde que estivemos em Upiór.
Provavelmente, depois de uns quinze minutos, nós finalmente chegamos na loja de vovó, encontrando, agora, a fachada pintada de rosa-claro e com uma grande placa de madeira entalhada com flores e folhas que representavam as ervas que ela vendia. O sobrenome "Van Helsing" era o único no meio dos desenhos, indicando o nome da loja.
— Você pintou... eu gostei. — Comento, me aproximando da porta com detalhes dourados.
— Era a cor favorita do seu avô. — Vovó explica, me fazendo sorrir.
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DRÁCUS DEMENTER || KTH
Fanfic❝Em minhas costas, respirando pesado, olhando a luz, rezando, isso aqui não é o fim, mas é claro que poderia ser. Em minhas costas, o coração batendo fora do meu peito. Eu nunca pensei, não posso acreditar que eu partirei assim.❞ Nunca condene algué...