7°- CAPÍTULO ✝

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Nosso dia de folga já havia acabado e hoje precisávamos voltar para a loja. E como tivemos que nos adaptar, acordamos cedo e nos arrumamos, porém, ao ir atrás de vovó, acabamos encontrando-a dormindo e, contragosto, a acordei e perguntei se ela iria para a loja. Vovó ficou até tarde na loja, por isso, disse que descansaria hoje e perguntou se poderíamos dar conta de tudo sozinhas, o que não seria um problema.

Antes de irmos, Wendy nos fez procurar por seu anel e, mais uma vez, o objeto parecia simplesmente ter sumido. Não posso acreditar que ela não sabe nem como ele desapareceu da sua mão. Tentei consolá-la, dizendo que uma hora ou outra, nós o acharíamos e que por enquanto poderíamos usar os belos colares de aíma que ela nos comprou. E então, finalmente fomos para a loja, a encontrando completamente revirada com terra até mesmo no chão de dentro. Eu não sei o que vovó e Sebastian fizeram nesse lugar ontem, mas tudo estava um caos.

— Acho que seremos as responsáveis por arrumar essa bagunça antes. — Wendy resmunga em meio a uma careta, se aproximando do balcão onde vários tipos de ervas estavam espalhadas.

— Sim. — Suspiro.

Sem perder tempo, colocamos nossos aventais e depois pegamos tudo que precisaríamos para arrumar ajeitar lugar. Provavelmente, daria um pouco de trabalho e não terminaríamos tão cedo. Nem ao menos sabemos quais são as entregas de hoje, mas não podemos deixar que os clientes vejam essa bagunça, ou não será nada bom para os negócios da loja.

Enquanto eu usava das vassouras para tentar juntar toda a terra espelhada pelo chão, escuto o som do pequeno sino preso no topo da porta de entrada, que anunciava a chegada de um novo cliente.

— Desculpe, mas ainda estamos fechados. — Falo, apoiando as mãos no topo da vassoura, enquanto me viro para receber ilustres "clientes" nessa manhã.

Meu cenho se franze em surpresa ao ver os dois garotos de roupas elegantes entrando na loja e fazendo com que ela parecesse simples demais.

— O que vocês estão fazendo aqui? — Pergunto curiosa, enquanto Jimin que estava do lado de Hoseok, sorri para mim.

— Vim te ver. — Jimin responde, se aproximando com animação. — Como está? — Ele toca suavemente em um dos meus pulsos cobertos pela fina blusa de mangas longas e soltas. Delicadamente, Jimin ergue a manga, deixando amostra as novas ataduras que troquei essa manhã, antes de sair de casa.

— Estou bem. Os machucados estão quase curados. — Sorrio, pequeno, sabendo que não deveria deixar Jimin mais culpado.

— Isso é bom. — Ele sorri outra vez, de forma ainda mais gentil. Era como olhar para um anjo.

— Isso quer dizer que você já pode vir conosco, então? — Hoseok se aproxima, olhando de Jimin para mim.

— Ir com vocês? — Pergunto, enquanto afasto meu pulso da mão de Jimin e arrumo minha blusa.

— Nós queríamos que você voltasse na mansão, é um pouco chato quando não aparece. — Jimin confessa com uma expressão tímida, eu acho.

Sempre vou me surpreender como ele me trata como se fôssemos amigos de longa data..., mas ele parece tão sincero agora.

— Taehyung não vai fazer nada, nós prometemos. — Hoseok se apressa ao falar, erguendo seu mindinho no ar, firmando uma promessa.

Solto um longo suspiro alto.

— A loja está uma bagunça. Eu não posso sair e deixar tudo assim. — Confesso, sendo mais que sincera.

As coisas não são tão simples e eu tenho as minhas responsabilidades aqui.

DRÁCUS DEMENTER || KTHOnde histórias criam vida. Descubra agora