43- Uma investigação peculiar

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E mais uma garrafa de Grey Goose ia para a lixeira enquanto em um emaranhado de lençóis, Claire digitava freneticamente em seu notebook, conectado a sua impressora que não parava de imprimir.

Toda a pesquisa se baseava em apenas um assunto: Raquel Albuquerque. Desde de que havia recebido a missão de desmascarar a primogênita da tão sofisticada família, a agente não parava. Notícias, conteúdos sobre os quais costumava postar em suas redes sociais, histórico de pesquisa, pastas, arquivos, conversas nos chats (após hackear as redes sociais da moça, assim como o notebook da mesma), dentre várias outras coisas. O único problema era que não havia achado nada bom o suficiente para poder incriminá-la.

- Trouxe comida chinesa! - Lara adentra o quarto com algumas sacolas.

- E..? - Claire perguntou na esperança de ouvir o que queria.

- Mais quatro garrafas de Grey Goose, uma com essência de cereja! Está bom o bastante agora, madame?

- Sim criada, agora prepare meu banho com pétalas de tulipas azuis, só aceito as de Amsterdã.

Ambas riram com o comentário.

- E então, como está indo?

- Péssimo. Não encontrei nada de identidade criminosa nem mesmo nas conversas.

A mais nova suspira.

- Onde você encontrou todos aqueles contatos, conversas e outras coisas?

- No notebook dela. Tive que passar por câmeras que ela havia colocado no próprio quarto pra pegar essa merda.

Claire levanta seu olhar para Lara enquanto alcança uma das sacolas.

- Bem, então mediante a situação só posso acreditar que após a conspiração que você e o tal Lysandre fizeram contra ela, a mesma deve ter se sentido ameaçada e apagado tudo do notebook, e agora está usando outro dispositivo como veículo de informação e comunicação de suas ações.

Ambas se olharam e deram sorrisos antes de falarem juntas.

- O celular.

Após o almoço que as mesmas tiveram no quarto de hotel com os pacotes de arroz, bolinhos e yakisoba juntamente com copos sujos de suco de maçã e vodka espalhados pelo chão, estavam de volta ao trabalho.

- E então? O que podemos fazer? - Lara pergunta para Claire que estava sentada encarando o brilho da tela de seu computador portátil.

De repente, a mesma abre um sorriso macabro.

- Uma pegadinha disfarçada de roubo.

- Você quer dizer um roubo. Interessante... - Lara ri.

- Sim, mas terá que ser em um momento inoportuno. Ela é sua irmã, a essa hora o que acha que ela está fazendo?

- A essa hora? Compras no centro da cidade. Nas avenidas mais luxuosas e movimentadas.

- Ela dirige?

- Não, sempre com o motorista a acompanhando e carregando suas compras.

- Ela costuma andar com que tipo de bolsa?

- Depende do momento mas nesse eu diria uma de couro bem chamativa.

- O celular em mãos?

- Sim, digamos que ela gosta de exibir seu modelo de última geração.

- Em qual das mãos?

- Direita.

- Ok, agora só mais uma pergunta: Se vocês são tão separadas, como sabe tanto dela? Não esperava que soubesse me responder tudo.

Minha Querida Dama da Noite (Amor Doce - Lysandre)Onde histórias criam vida. Descubra agora