73- Espinhos que ainda perduram

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Já passada uma semana desde a dramática revelação, mesmo investigando centímetro por centímetro do notebook de Raquel, a polícia sabia o quão necessária era a ajuda da agente que acompanhou o caso de perto. Das cinco gangues contratadas, uma já havia sido pega. Esta não demoraria a revelar à polícia as informações necessárias para pegar as outras sob uma redução de pena caso o fizesse. Contudo, Claire não pretendia se restringir a uma tela eletrônica. Após mais de um total de 16 horas rodando os arredores marginalizados de Londres, encontrou uma gangue escondida em um galpão perto da divisa da metrópole e outra foi encontrada em um curso de balé falso, fachada para o crime organizado. A agente não fazia nada mais do que informar as localidades à polícia que cuidava do resto.

•••

Ross trajava outro de seus numerosos disfarces enquanto aguardava Lara em um pequeno escritório da delegacia. Afinal, enquanto pelo menos um deles estivesse solto, era perigoso para a agente e para quem estivesse próximo. Assim que a rosada entrou na sala com uma gélida expressão, foi surpreendida pela amiga.

- Sei que está atrasado, mas... Feliz aniversário, pirralha.

Claire estendia o cupcake com uma velinha acesa

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Claire estendia o cupcake com uma velinha acesa. Na outra mão, segurava duas latas de Ice sabor limão. Lara ficou pasma antes de dar um sorriso ladino.

- Achei que não ligasse para esses eventos banais... - disse pegando o cupcake.

- E não ligo. Mas você merecia algo. Anda, faça um pedido.

- Hahahaha, sério isso?

- Sim. Vai logo, fedelha! - Claire disse, mostrando a língua para a amiga que riu com a atitude infantil da outra.

Uma caricatura tristonha se formou no rosto da mais nova enquanto pensava no pedido. Deu um profundo suspiro antes de assoprar a velinha. - Esse tipo de crença não funciona com pessoas como nós... - Lara diz, tristonha, mas logo toma uma lata da amiga enquanto abocanha o cupcake - Mas fico feliz que tenha acertado meu gosto. Amora é vida.

Claire dá uma risada seca antes de virar a outra lata em seus lábios.

- Como andam as investigações?

- Produtivas. É uma pena que não possa participar.

- Não sabe como fico puta com isso. Não aguento mais aquela casa.

- Eu imagino. Mas logo tudo isso irá acabar e você se verá livre.

- É com isso que estou contando...

- Mas me diga, pirralha... O que pretende fazer quando tudo isso acabar?

- Me mudar para Bonn e abrir minha galeria de arte lá.

- Hahahaha, você tem cara de quem ainda cursa o ensino médio, caloura! Mal foi aceita na faculdade assim que terminou a escola e já vai cancelar a matrícula?

Minha Querida Dama da Noite (Amor Doce - Lysandre)Onde histórias criam vida. Descubra agora