17- Noite indescritível

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- Por que Isabella? Por que está fazendo isso comigo? - Lysandre segurava firmemente os ombros de Isabella que derramava infinitas lágrimas.

- Lysandre... Pare por favor... Eu... Eu não quero mais! Não quero mais lhe manter por perto! Só será sofrimento para nós dois! Chega! Não vale mais a pena!

- Isabella... Onde foi que eu errei?

- O que...?

- Isso! Me diga onde eu errei e me dê a chance de reparar meu erro, mas por favor... Por favor, não me afaste de você... Eu te amo... - Lysandre falava em tom desesperado mas ao mesmo tempo sereno. Sem que pudesse se controlar, lágrimas banhavam o seu rosto e seu olhar implorava por amparo, não queria deixar Isabella... Ele a amava... Amava infinitamente... Não podia acabar tudo... Por que? Por que? Por que tão de repente? Essas perguntas lhe rodeavam a cabeça, e o fato de que Isabella não respondia a nenhuma das mesmas de forma coerente fazia seu desespero aumentar.

- Lysandre... - Isabella segurou o rosto de Lysandre com lágrimas nos olhos. Seu coração implorava que ela renunciasse a ideia de abandoná-lo mas sua mente insistia no firme proposito de sair de lá sem olhar para trás. Isabella se afogava nesse emaranhado de emoções.

- Isabella... - Lysandre segurou o rosto de Isabella também, e aproximou seus lábios quando a mesma se distanciou fazendo negação com a cabeça.

- Não não não... Não podemos mais... Adeus Lysandre... - Dito isso, ela deu as costas ao mesmo e põs se a caminhar.

- Isabella... - Lysandre sussurrou.

Isabella... Isabella... Isabella...

PIIIIIII

Lysandre levanta-se rapidamente de sua cama ao ouvir o despertador tocar. Percebe que está suado e seu rosto quente.

- Mais um maldito pesadelo...

Se levanta e desliga bruscamente o despertador. Se direciona ao banheiro e toma um banho frio. Abaixa a cabeça e encara o chão enquanto sente a água fria percorrer seu corpo. Veste um terno e se penteia seus cabelos molhados. Toma uma xícara de café e após suas higienes matinais, se direciona a empresa. Os carros parecem estar em dobro... O trânsito estava lotado... Isso estressava Müller... Pois uma vez que estava imóvel... Sem ter que direcionar sua atenção a realidade, não tinha fuga para os gritos em sua cabeça que lhe condenavam por ter sonhado mais uma vez com Isabella.

Como se ele tivesse uma forma de evitar...

Os carros voltaram a andar. Lysandre seguiu o ritimo e chegou a empresa. Seguiu até seu andar e adentrou seu escritório. Começou a trabalhar quando o barulho das batidas na porta lhe tiraram de seus pensamentos.

- Senhor...?

- Diga Simone...

- Trouxe esses relatórios, o senhor deve analisar antes de colocá-los em discussão na próxima reunião...

- Traga-os, por gentileza... - Dito isso Simone se dirigiu até a mesa de Müller e colocou os relatórios em cima da mesa.

- O senhor... melhorou?

Lysandre eleva seu olhar a Simone. Dá um sorriso meigo.

- Sim, melhorei, mas... Obrigado Simone.

- Não há de que senhor... Se precisar, me chame... Ah! Acredito que o senhor se lembra de que hoje será a primeira noite de lua cheia do mês... Se não for atrapalhar, gostaria de pedir que me liberasse mais cedo para que eu pudesse vê-la com minha família... - Ao ouvir aquela frase, Lysandre parou de mexer nas folhas. Verdade! Hoje seria seu encontro com Manuela! Seus pensamentos nesses últimos dias lhe fizeram esquecer aquilo.

Minha Querida Dama da Noite (Amor Doce - Lysandre)Onde histórias criam vida. Descubra agora