83- Decisões moldam destinos

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Duas semanas depois...

O tilintar de taças ecoou em um som sofisticadamente agradável pela sala da casa de Manuela. O líquido dourado balançava suavemente, abrigado pela redoma de vidro delicada. Com exceção somente de dois copos de coquetel de frutas sem álcool para as duas menores de idade. Lysandre, Flávia, Kaila, Beatriz, Lara e Diane comemoravam ao lado da nova caloura da universidade pública londrina.

- Ainda é surreal para mim... Quando entrei naquele prédio espelhado... Pareceu completamente distante. - Hillary sorria com os olhos levemente marejados.

- E agora, você pertence a este mundo. É seu mérito, meu amor, sinta orgulho de si mesma. - Um sorriso caloroso acolheu a britânica, seguido de um abraço lateral por parte do platinado.

- De fato, amiga, sinta muito orgulho! Você merece! - Flávia disse com os olhos sorridentes. Estava realmente orgulhosa da amiga.

- Isso e muito mais! Ainda existe muito para você conquistar! - Diane, a qual havia recebido alta há uma semana, se encontrava presente com um sorriso radiante.

- Você fez por merecer, Manu! Aproveite tudo que o campo acadêmico lhe oferecer! - A rosada disse nitidamente animada por Manuela.

- Concordo! - Diane parecia uma criança numa manhã de Natal. Havia se mudado para a casa de tios distantes quando estes descobriram seu estilo de vida e a chantagem que a menor sofria. Agora, esta poderia focar em arrumar um emprego para conquistar sua independência financeira e ter seu próprio lar. Talvez futuramente viesse a se casar... Quem sabe? A pequena Beatriz permanecia no abrigo e já procurava um emprego para que, quando os 18 chegassem, já tivesse economias acumuladas para financiar seu apartamento.

Milena havia ligado e parabenizado Manuela quando soube da notícia. Esta havia decidido recomeçar em Liverpool. Natália já se encontrava do outro lado da cidade com seu noivo, que felizmente, não demorou a encontrar o que tanto queria. Uma mensagem pedindo perdão por tudo fora o bastante para ambas se reconciliarem. Essas eram as informações presentes até o momento... Todas recomeçariam e era só isso que importava.

- Confesso que fiquei impressionada quando soube do seu novo hobby, Manu... Não imaginava que você tinha gosto pela fotografia. - Bia se manifestou.

- Bem... Na verdade, eu me apaixonei primeiro pela fotografia antes da música surgir na minha vida... Era a paixão da minha mãe, mas após seu óbito, eu resolvi me abster de tudo que a lembrasse, mesmo que minimamente. Então simplesmente esperei que essa paixão hereditária morresse dentro de mim. Mas após sentir o gosto do que é "recomeço", percebi que está na hora de esquecer o passado e me permitir viver o presente para poder planejar o futuro. A melhor coisa que pude fazer a mim mesma é me permitir esquecer o passado. Me sinto leve agora...

Os presentes ao redor sorriam orgulhosos para a dona do discurso. Não se contendo, Bauffremont depositou um beijo na testa de sua namorada.

Flávia encheu as taças novamente e o copo das mais novas com suas bebidas propondo um novo brinde.

- Ao futuro! Para todos nós...

Todos sorriram e brindaram novamente. Era um início para todos os presentes. Um novo dia. Uma nova chance.

•••

A xícara de porcelana abrigava um café expresso fumegante, cuja fumaça embaçava um pouco a visão de Constance para com seu filho à sua frente. No entanto, os olhos bicolores estavam neutros.

- Copenhague... É uma boa escolha... - Lysandre disse ancorando os lábios na porcelana da xícara e tomando a bebida escura.

- Sim. Não poderei ver a Emily todos os fins de semana como foi assegurado no acordo, mas virei ao menos duas vezes no mês.

Minha Querida Dama da Noite (Amor Doce - Lysandre)Onde histórias criam vida. Descubra agora