62- Mente enigmática

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Carter tomava um café expresso enquanto lia o jornal. Aparentemente o casamento de Raquel com Lysandre não seria em breve, já que não havia nada nos noticiários.
A

cafeteria estava praticamente vazia. Ouviu o som de alguém sentando-se a sua frente. Abaixou o jornal e fixou seu olhar em Manuela.

- Por que me chamou? - Carter cortou os rodeios.

- Para agradecer pelos seus serviços, pagar o valor final e cortar nossa relação. - Manuela falou friamente.

Carter ergueu uma sombrancelha. Embora não demonstrasse, estava surpreso.

- Posso saber o motivo dessa decisão repentina?

- Pode, mas não agora. Por enquanto, espero que me envie todo o material que conseguiu da Raquel até 16:00. As 16:10 em ponto, terá o pagamento final depositado em sua conta.

- Claro... Como desejar. - Agarrou a xícara e tomou um pouco da bebida negra e extremamente quente. Assim que devolveu o copo a mesa, deu um sorriso malicioso a Manuela. - Confesso que estou curioso acerca de suas decisões, senhorita... por acaso meus serviços não estavam atingindo suas espectativas?

- Nada disso. Mas não se preocupe, sua curiosidade será satisfeita em breve. É só isso.

Manuela levantou-se e foi embora sem olhar para trás. Carter voltou a ler o jornal buscando por algo interessante.

Manuela caminhava pelas ruas de Londres tranquilamente, devido a uma manutenção do encanamento,o Rita&Whistle Coffe estava fechado naquele dia.

Mandou uma mensagem para Flávia.

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Manuela: Me encontre na Oxford Street, em frente a Primark. Preciso de você.

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Foi até o local marcado e encontrou a amiga esperando distraída. Já estava no horário do almoço. Flávia virou-se e avistou Manuela.

- Oi. - Flávia disse com um sorriso meigo.

- Olá. Venha. Vamos a um bistrô, não quero que volte ao trabalho sem almoçar.

- Tá, mas por que me chamou?

- Você vai ver.

Ambas continuaram andando e chegaram ao primeiro bistrô que acharam. Sentaram-se e fizeram seus pedidos.

- E então? - Flávia perguntou.

- Pegue seu celular. Vamos falar por mensagem. - A seriedade na voz de Manuela fez a amiga se preocupar.

Flávia ergueu uma sombrencelha mas não retrucou.

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Manuela: Preciso da sua ajuda para estourar um cano da boate. O que passa por trás do balcão do bar. E cortar a fiação. O tempo de conserto vai ser de pelo menos 4 dias, pra poder reparar todos os danos. Preciso desse tempo para ir até Bristol.

Flávia: Que diabos você quer em Bristol? E como vamos fazer isso?

Manuela: Depois te explico, mas preciso ir. Já tenho tudo planejado. Confie em mim, por favor.

Minha Querida Dama da Noite (Amor Doce - Lysandre)Onde histórias criam vida. Descubra agora