G12

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No momento que Frank terminou de falar, automaticamente senti seu olhar me queimar. Eu estava de lado, mas sem coragem alguma para encara-lo.

Merda.

Tudo que podia acontecer se eu passasse a mão pelo vidro embaçado deixando claro o que eu queria era perigoso, EXTREMAMENTE PERIGOSO. Eu não tinha saída... Frank já tinha visto meu corpo por partes, mas agora sem nenhuma peça? Eu até diria que estou fodido, mas está na cara de quem é o passivo aqui.

Ok, é agora eu nunca.

Não sei se foi sorte ou azar, porque quando passei a mão e encarei qualquer ponto daquele banheiro, só vi aqueles móveis claros e sem graças, suspirei aliviado e desliguei o chuveiro. Alcancei uma toalha branca que estava pendurada em cima daqueles vidros, enrolando na minha cintura antes que alguma coisa acontecesse.

Encarei meu corpo de longe naquele espelho grande na parede, levando meus fios escuros para trás. Já saindo daquele cômodo, fui atingido por um Frank, sem camisa e com a calça já desabotoada, aquele tênis não estava em seus pés e ele me encarava com um desejo absurdo.

- Gerard?

- Frank, o que está fazendo? - Minha mão já estava esbranquiçada por causa da força em que segurava aquele tecido cobrindo meu corpo.

- Indo tomar banho... - Seu olhar cravado no meu rosto, suas mãos estavam apoiadas no meu peito, mexendo o mínimo possível para não perder o controle ou limite.

- Comigo lá? - Falei baixo e me aproximei um pouco, na tentativa de tocar um pouco mais aquela pele.  Quem estava perdendo o controle agora?

- Bom, não achei que seria um problema, sabe? - Enquanto cada palavra saía daquela boca, suas mãos desciam um pouco mais, ficando até a altura de meu abdômen. - Não é como se você nunca tivesse visto meu... - Antes que terminasse já estava na barra daquela toalha. - Corpo. - Sem pedir permissão desceu uma delas devagar, arrastando por cima do tecido, chegando finalmente até meu membro.

- Frank... - Levei minha mão direita até sua cintura, apertando a mesma que já estava descoberta. Toda aquele fogo aumentava cada vez mais e quando desci meu olhar para os nossos corpos, percebi o volume de Frank já bem evidente. Aquele corpo estava imóvel, provavelmente se decidindo dos próximos atos, o que não adiantou, porque ele o fez. Ah, Frank fez exatamente o que devia. Seus olhos meio semi-serrados fizeram seus dedos finos encontrarem toda minha extensão, apertando a mesma.

- O que foi Gerard? Medo de se arrepender? - Cada vez que o menor falava, apertava com um pouco mais de intensidade, aumentando e diminuindo quando podia.

- Arrependimento? Pode ter certeza que faço você pensar o contrário desse conceito.

- Prove.

Com aquela última palavra, todos os limites sumiram, todas as paredes de controle foram quebradas, porque até que eu visse Frank implorando por mais, eu não iria parar. Com uma vontade que nem eu sabia que tinha, agarrei o quadril dele com ambas mãos, quase arrastando seu corpo até alguma superfície. Nossos olhos grudados, ele mordendo os lábios cada vez que podia e nenhuma palavra saía. Quando cheguei até aquela bancada comprida e espaçosa, ergui o mesmo, fazendo-o sentar ali. E sem esperar qualquer pedido ou consentimento, ataquei aqueles lábios vermelhos, sentindo o metal do piercing no canto da minha boca.

O beijo foi correspondido milésimos depois, já pedindo passagem com a língua e iniciando algo mais forte. Eu aproveitaria cada pedaço daquele corpo, sentiria Frank por completo.
Quando ele estava bem encaixado em mim, rodando as pernas e as fechando em minha cintura, pressionando ainda mais nossos membros, decidi que faria aquele garoto ver estrelas. Então desgrudei nossos lábios, descendo pelo maxilar, chegando até seu pescoço, marcando muito bem aquela pele já ocupada por alguns desenhos.Quando arrastei minhas mãos até suas coxas, xinguei baixo contra sua pele por sentir aquela calça jeans apertada cobrindo seu corpo.

NOVEMBER RAIN - FRERARDOnde histórias criam vida. Descubra agora