- Gerard, fica comigo...
- Olha pra mim. - Com as mãos e corpo cobertos com o meu sangue que Frank aceitou ser meu para sempre. - Casa comigo?
Dois anos depois...
- FRANK! ONDE CARALHOS VOCÊ ESTÁ?! – Era a voz de Mikey, gritando e ecoando por todo o cômodo. Às vezes eu acho impressionante como aquela vara não tem senso de direção.
- Eu to aqui. – Falei mais alto e acenei, fazendo seus olhos me encontrarem. – E ai?
- Eu não entendo como você consegue ficar ainda mais gay vestindo isso.
- Ai sinceramente! Nem sei por que te chamei.
- Você me chamou meu querido amigo. – Ele se aproximou, ajeitando minha camisa e segurando meus ombros. - Porque me ama e eu sou obrigado a estar aqui. Mas agora sério, você ta lindo, vai arrasar hoje.
- Valeu, Mikey. – Ele se afastou e eu me olhei novamente no espelho extenso que cobria as paredes daquele quarto. Minhas roupas brancas se destacavam e parecia implorar por atenção a todo momento.
Durante esse tempo todo, não imaginei estar onde estou. Nunca na minha vida me imaginaria vestir um terno branco e brigar com o irmão de Gerard pelo mesmo motivo idiota de sempre. As coisas aconteceram muito rápido depois daquele dia. Os jornais ganharam uma audiência ainda maior, nós descobrimos coisas que não imaginaríamos. Passamos de cidade em cidade, atrás de uma nova rotina, tentando se acostumar a tudo. Ao novo.
Até que paramos. Em uma cidade pequena onde Mikey e Ray moravam. Eu me adaptei, me virei como pude. Comecei a trabalhar em uma loja de verdade, sem nada ilegal ou que me arranjasse problemas. Talvez seja por isso que eu não imaginaria estar onde estou. Por nunca ter pensado em um "novo". Ou em um futuro longe daquele lugar. Longe das drogas, das brigas, bebidas ou do dinheiro sujo.
- Estamos atrasados e não podemos nos atrasar. Vamos. – Mikey estava radiante, todo de preto e meio bagunçado como sempre foi. Seus cabelos espalhados e desajeitados, mas tenho certeza que isso é o nervoso agindo em seu corpo. Vi o maior passar pela porta e caminhar rápido. Ele estava certo, não podemos nos atrasar, principalmente eu.
Assim que desliguei as luzes e encostei a porta, pude ver vidraças e as luzes do dia do lado de fora. O sol estava se pondo, e o verde tão presente da grama cortada dava o toque que faltava. Haviam cadeiras para todos os lados e até o afro de Ray pude enxergar balançando de um lado para o outro. Seria engraçado dizer que o tão famoso Andy também estava presente? Ou o "drogado" do Urie?
Eu andei lentamente, respirando baixo. Minhas mãos suavam e minha boca estava seca. A última vez que tive as mesmas sensações aconteceu uma tragédia que eu nunca vou me perdoar. Mas hoje não vai ser assim. Hoje vai ser diferente. O tempo que gastei pensando no passado não vai mais me agarrar. Assim que cheguei na porta grande de vidro, todos os olhares me cercaram, e os corpos que estavam sentados se levantaram. Estavam todos felizes. Com sorrisos de orelha a orelha. E não posso negar que eu também estava. Todos que conhecíamos estavam presentes. Até mesmo minha família, o que é meio estranho de pensar.
Foquei meus olhos para um ponto em especifico e quando recuperei o ar que parecia faltar a cada segundo que passava, encontrei seus olhos. E ele está tão fodidamente lindo. Gerard estava me esperando, com um sorriso no rosto, parado ao lado de amigos e familiares. O brilho nele era presente e até na pior das escuridões eu poderia vê-lo. Seus olhos estavam com vida, as mãos tremidas e o corpo balançando de um lado para o outro estavam. E por mais que eu quisesse ficar apenas o observando por horas e horas, não podia demorar. Então eu caminhei até ele, pegando na sua mão assim que cheguei próximo ao seu corpo, me agarrando ao máximo que podia dele no momento.
E de todos os casamentos que assisti ou presenciei, as palavras que eram ditas sempre pareciam a coisa mais importante do mundo e eu nunca poderia deixar de escuta-las. Mas eu deixei, e escutei só a parte mais importante.
- Gerard Arthur Way, você aceita Frank Anthony Thomas Iero Jr. Como seu legitimo esposo?
- Aceito.
Esse era o nosso novo. Onde Gerard e eu não seriamos mais parceiros do crime e sim amantes. Como devia ter sido desde o início.
OK OK OK É COM A MAIOR D O R no coração que eu venho me despedir. Essa fic foi muito importante e sempre vai ser, obrigado de verdade por quem leu e comentou, isso foi o que mais me alegrou nesse tempo de escrita. Parece que no começo a gente sempre espera o final e quando chega a gente não quer mais que acabe, mas foi isso. Desculpem pelo susto do penúltimo cap! Ou pelos sustos da fic, obg por tudo ;)
(curiosidadess, a fic é baseada em uma musica, ta ai o link! https://youtu.be/34rDChPGvqc )
acho que o link n funciono e eu n consigo coloca na midia, mas é Partners in Crime do FINNEAS
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NOVEMBER RAIN - FRERARD
FanfictionVocê disse que deveríamos sair, embora ainda pudéssemos. E eu deveria ter ouvido, mas eu entendi mal. Então quando a polícia arrombou a nossa porta e nos segurou contra o nosso chão, parecíamos amantes ou parceiros no crime?