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Depois que saímos de dentro daquela churrasqueira, apenas pra gritar o quanto idiota os três eram por fazer aquilo, Gerard e Mikey decidiram que devíamos todos ficar e pedir uma pizza.

Então o resto do dia e boa parte da noite foi regada a risadas, xingamentos, algumas falsas brigas e confesso que alguns beijos pra la e pra cá.

Quando Brendon finalmente disse que precisaria voltar, fiquei na maior dúvida de vida. Eu tinha feito as pazes com o Gerard, aparentemente, mas não sabia se já era ao ponto de voltar para sua casa. Então eu levantei junto do garoto e olhei para todos.

- Frank? Você já não trouxe suas coisas? - Brendon fez questão de perguntar e me lembrar. - Qualquer coisa eu te busco amanhã se quiser, vou ter que sair depois daqui e não sei se vai gostar de participar... - Seu sorriso já me respondia exatamente para onde iria. E não, eu não ia mesmo.

- Ah, tudo bem... Tem um hotel perto daquele mercado que você costuma ir, posso ficar por lá hoje. - Disse colocando as mãos no bolso de trás da minha jeans, escutando logo em seguida a voz afetada e estridente de Mikey.

- Enlouqueceu, rato? Pode passar a noite aqui, sim! Hotel, pff... Por favor, né? Você já é de casa. - Ele finalmente se soltou dos braços de Ray e praticamente pulou do sofá. - Eu falaria a mesma coisa para Brendon, mas eu não quero nem saber como volta desses lugares. Tirando o fato de que temos muito pra conversar. - A última frase foi pra mim e senti um leve medo. As conversas com o Mikey eram muito esclarecedoras, mas depois de uma briga dessas era uma coisa para ficar com medo.

- Realmente, pode ficar, Frank. - Dessa vez foi a voz de Gerard que me atingiu em cheio. Mesmo que ele tenha ficado mais quieto o decorrer daquele tempo, eu não negaria se aqueles lábios entrassem na minha visão.

- Bom, então, tudo bem. Eu to indo! Valeu por tudo, qualquer dia eu volto aqui pra roubar um pouco mais do seu dinheiro, Gerard. - Urie já dizia abraçando o mesmo, passando para Mikey, Ray e por último eu. Que acabei recebendo um tapa na cabeça e uma bronca por ter demorado tanto.

Depois de algumas piadas, Mikey e Ray voaram para o quarto do magrelo, me deixando sozinho novamente com Gerard, que já levava os pratos e copos que tinham ali para a pia. Me ofereci pra ajudar quando vi o mesmo lavando. Assim, peguei um pano para secar e guardar.

- Então os dois estão mesmo juntos... - Disse despercebido, realmente puxando assunto.

- Pois é, e quem tem que escutar e ver tudo na maioria das vezes, infelizmente, sou eu! - Quando Gerard usou seu tom de dramático, não deixei de rir.

- Ah, pare com isso! Pelo menos Mikey está rindo que nem um retardado. E ele já aturou muita coisa minha e provavelmente sua, estou certo? - Ergui o olhar para seu rosto, que logo me encontrou, confirmando silenciosamente. E era absurdo o jeito que estávamos ligados um ao outro. Porque foi preciso um olhar para que a torneira fosse fechada, o pano da minha mão na sua secando a mesma e a frase que ambos queriam dizer e ouvir, dita em voz alta. - Estava com saudades... - Nem preciso dizer que a louça foi deixada de lado no segundo seguinte, né?

Bom, foi exatamente isso. Seus lábios moldaram um sorriso satisfeito,logo após um "eu também". Se aproximando e fechando seus braços na minha cintura. O que automaticamente levou os meus para seu pescoço. Depois disso, senti meu corpo sair do chão e rodar minimamente no ar.

- Me volte para o chão, Gerard! - E sua resposta foi um beijo, muito bem firmado pelas minhas mãos em seu maxilar. Sem aprofundar, apenas distribuindo vários seguidos, outros mais demorados que os outros, mas daquele jeito tão conhecido por nós.

E não demorou muito para que meus pés voltassem para o piso de madeira que cobria o lugar, arrastando cada vez mais pelo chão, junto com os de Gee, trombando a cada degrau que tentamos subir sem ver, por estarmos ocupados demais matando aquela saudade. Não sei como chegamos em seu quarto sem um tombo ou alguma coisa quebrada no meio do caminho.

Assim que entramos no cômodo, Gerard fechou a porta atrás de si, trancando a mesma, por saber muito bem que seu irmão estava na casa e ele tinha aquela mania horrível de atrapalhar as coisas nos momentos errados. E eu não esperava aquela travada que o mesmo deu, quando se deu conta de onde estávamos.

O cômodo estava completamente escuro, mas o cheiro de álcool e cigarro eram muito bem perceptíveis, então quando minha mão escorregou pela parede até chegar no interruptor e acende-lo, Gerard suspirou. Tenho quase certeza de que ele não queria que eu visse o estado que estava.

E porra, eu até diria que não estava tão ruim, mas quem eu queria enganar? Tinha latinhas por todos os lugares. Bitucas no final e algumas pela metade. Até umas garrafas de vodca e Whisky eram visíveis se procurasse melhor. Os cobertores bagunçados e milhares de peças de roupas atiradas pelo cômodo.

- Ah, Gee... - Virei de volta para o mesmo, segurando sua camiseta, e batendo com a cabeça em seu peito.

- E-eu e-esqueci e... Não era pra você ver e...

- Shh, ta tudo bem. - Arrastei uma das minhas mãos para sua nuca, erguendo o olhar. - Só vamos pegar alguns cobertores e travesseiros... Por experiência própria sei que seu sofá é grande o suficiente para nós dois. - Recebi uma risada como resposta, junto de uma trilha de beijos estralados no meu rosto.

Assim que estávamos no andar de baixo novamente, pude ver que já se passava da meia noite. E eu com dois travesseiros embaixo do braço, percebi onde realmente estava. Me liguei de que não dormiria mais no chão de um lugar que eu não podia nem sair para ir no banheiro de madrugada. Percebi que dormiria do lado de Gerard de novo, depois de uma besteira absurda. Pensar nisso era absurdamente confortável e bom.

Só não era melhor que ver o mesmo descendo as escadas silenciosamente com algumas peças de roupas e cobertores novos. Então aqueles tecidos finos e com um perfume tão conhecido atingiram minha cara de certeira.

- Eu te odeio. - Falei com a voz abafada pela calça que estava pendurada na minha cabeça.

- Usa isso por hoje, não sei onde estão suas coisas no momento e estou com muito sono pra procurar. - Sua voz preguiçosa confirmava tudo.

- Tudo bem. - Ri, jogando os travesseiros no sofá, percebendo que Gerard fez a mesma coisa. Então me direcionei para o banheiro logo do lado da cozinha, para vestir tudo com tempo suficiente para que quando eu voltasse, nossa "cama" estivesse completamente arrumada. As luzes quase todas apagadas e um Gerard de pijama esfregando os olhos, sentado por cima de tudo.

- Você fica extremamente gostoso assim, sabia? - E aquele revirar de olhos tão típico dele, me fez sorrir como nunca. - Poxa, não queria ter que te atacar logo na nossa primeira noite, mas acho que vai ser impossível. - Antes de me aproximar deixei as minha roupas em cima de um outro sofá que tinha ali, apagando a última luz, indo até seu encontro.

Pelo fato de estarmos em uma parte da cama que era realmente mais aberta, o frio era beeem sentido. Então assim que Gerard deitou, me grudei em seu corpo. Passando o braço pela sua cintura, deixando com que o mesmo terminasse de jogar os cobertores por cima de tudo. Finalmente deitando com a cabeça do meu lado, jogando seu braço pelo meu ombro e parte das costas.

- Que bom que está em casa, Frankie.

É... Eu voltei para casa. 



OoOoOoi bom, agr vamos ter capítulos postados quase todos os dias. não estou preparada para o final disso aqui, mas  infelizmente é necessário. Obrigado pelos comentários, eles me ajudaram a não desistir da historia e cotinuar escrevendo :)

NOVEMBER RAIN - FRERARDOnde histórias criam vida. Descubra agora