Capítulo 37

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Leila: Sexo sempre teve essa importância no relacionamento de vocês? Essa intensidade? – Perguntou, e Anahí sorriu.


Anahí: Ele odeia quando você fala de sexo com ele. – Leila revirou os olhos – Mas sim, de formas indiretas, eu acredito.


Leila: Já viu o momento da intimidade como um problema? – Anahí ponderou.


Anahí: Não. Digo, é como eu expliquei, nós éramos amigos. Por mais improvável que isso pareça, mas era verdade. Até o momento em que sexo entrou na equação. – Se recordou, a mente distante na memoria – Eu tinha aquela trava em relação ao assunto, e insistia que eu era diferente das outras mulheres, que eu não tinha a necessidade, o apelo pelo contato físico. Eu estava no final da adolescência, cheia de hormônios. Nosso primeiro contato foi simplesmente pelo toque, ele provando o ponto de que estava certo. Eu não consegui dormir direito por uma semana pela lembrança do toque dele. Uma semana depois, veio o primeiro contato intimo que tivemos, em um elevador. Foi espontâneo, tesão e adrenalina juntos.


Leila: O relacionamento por si só começou por impulso, na sua visão? – Perguntou, neutra.


Anahí: Não, o relacionamento em si já existia. Eu vejo como mais que sexo. Já havia confiança, cumplicidade, e eu estava começando a me apaixonar por ele sem nada disso. Depois do episódio do elevador, não houve nada, eu não concordava com o modo de vida dele e nunca estive disposta a ser mais uma "amiga". – Esclareceu – Só depois, quando viajamos, tivemos esse segundo contato íntimo. Em uma piscina, na Grécia. Depois disso, realmente não houve mais retorno pro status "amizade", apesar de que eu não sabia direito definir o que eu era dele então. – Leila assentiu, tomando uma nota.


Leila: Como você se sente em relação a intimidade com ele?


Anahí: Sempre tive o melhor que poderia com Alfonso. Você o conhece, quando ele se propõe a uma coisa, já era. Ele se propôs, na época, a me fazer sentir o ápice do que meu corpo pudesse me oferecer. – Ela deu de ombros – Sempre foi consensual, intenso, prazeroso, e nossos momentos de maior sintonia, porque mesmo no final, quando estávamos no ponto mais toxico da relação, sexo sempre funcionou maravilhosamente bem. Nunca houve problemas na nossa cama. – Resumiu.


Leila: Você diz aqui que "sempre teve o melhor com Alfonso". – Anahí assentiu – Porém você foi casada por anos com outro homem. Como você se sentia quanto a intimidade com Joseph durante esse tempo, tendo Alfonso na posição em que acabou de descrevê-lo? – Anahí ergueu as sobrancelhas, pesando a pergunta.


Anahí: Joseph era muito diferente de Alfonso em vários sentidos. – Respondeu, respirando fundo. Falar do marido ainda era desconfortável, mas se era preciso – Mais gentil. Mais doce. Alfonso tinha essa experiência com o corpo feminino que Joseph não tinha, porque Alfonso teve inúmeras mulheres. Ele já veio sabendo exatamente como me tocar, como me fazer sentir. – Apontou – Joseph não. Nos encontramos por tentativa e erro, conhecemos um ao outro nesse termo.


Leila: Sua vida intima no seu casamento foi menos satisfatória do que ela é? – Anahí tornou a erguer as sobrancelhas.


Anahí: Foi diferente. Joseph sempre foi maravilhoso, em inúmeros aspectos. Uma vez tendo entendido meu corpo, ele o adorou. Eu sempre o sentia me venerar, com o corpo, com os lábios, com as mãos, em cada instante. – Leila assentiu.

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