Capítulo 67

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Ian: Espera, eu tinha que ter feito proclames? – Perguntou, alarmado, olhando Clair, que sorriu de canto – Ainda dá tempo? Ninguém me falou nada.


Clair: Arruinou a vida do garoto, Ian. – Dispensou.


Elise: Menino ou menina? – Perguntou, direta. Clair ergueu o queixo.


Clair: Menina. – Disse, abrindo um sorriso afetado.


Elise: Com uma manta azul? – Perguntou, apontando o bolo de lá no colo dela – Acha que eu sou imbecil?


Clair: Já achei. Agora que está aqui, acho que conseguiu ultrapassar isso. – Ela gesticulou com as agulhas de tricô – É só uma cor. – Dispensou.


Elise: Tinha que ser. – Cuspiu, enojada. Ian se moveu, desconfortável com o tom – Escute aqui, vocês não vão estragar essa criança também. – Clair se recostou no sofá, com uma caretinha – Pra começo de conversa, de imediato, vai se livrar desse cachorro. Um vira-latas dentro de casa! – Clair olhou Billie Jean, bonitinha em seu moletom – Onde está meu filho?


Clair: Fora do alcance da sua radioatividade – Dispensou – Pensei ter sido clara quando conversamos da ultima vez.


Elise: Meu neto não vai nascer nesse... Antro. Em um apartamento. – Ian a olhava como se visse um extraterrestre – William me disse algo sobre uma exposição, e se você continua com isso, vai parar agora. O cheiro de tinta pode fazer mal ao bebê. Vocês dois vão arrumar suas coisas e vão voltar pra Hamptons agora, pra onde é seguro. Não por você, mas pelo meu neto. – Apontou.


Clair: Isso seguindo uma linha de raciocínio onde nós dois damos a mínima pra o que você pensa? – Perguntou, parecendo querer esclarecer. O quadro na parede oposta, dos dois na noite do casamento, um de frente pro outro, rindo e olhando pra frente, era uma prova de que discordavam.


Elise: Essa menina vai ter educação. Princípios. Modos. Como você nunca teve. – Ian olhou Clair, atordoado.


Clair: Fala sobre educação a mulher que entrou na minha casa sem ser convidada. – Dispensou – Nossa, até sua voz me dá dor de cabeça. – Dispensou.


Elise: Vai ser educada e vai ter princípios, pra não terminar sendo uma qualquer como a mãe dela. Eu vou me encarregar disso. – O sorriso de Clair se fechou – Não vamos ter uma prostituta na família, e tendo seu sangue, era provavelmente o que ela terminaria sendo. Você pode ter conturbado meu filho, mas minha neta não. – Garantiu.


Ian: Clair, em nome de quem o apartamento está? – Perguntou, sério. Era família. Ninguém insultava família.


Clair: Comunhão total de bens. O apartamento veio antes, mas a escritura foi refeita. É de nós dois, meu e de Nate. – Respondeu, séria, sem entender a pergunta. Se sobressaltou ao ver Ian levar a mão no coldre as costas, puxando o revolver e destravando-o.


Ian: FBI, minha tia. – Anunciou, e Clair sorriu, vendo Elise recuar – Está presa por invasão a domicilio, difamação e calunia. E porque eu não gostei de você. – Ela o olhou, ultrajada.

Ainda Sou EuOnde histórias criam vida. Descubra agora