Capítulo 49

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Anahí: Olá. – Disse, entrando no quarto.


Ian: Eu vou... Tomar um café. Deixar vocês conversarem. – Anahí assentiu e Ian saiu.


Joseph: Obrigado por ter vindo. – Ela assentiu, se aproximando dos pés da cama – Ann, eu sinto muito pelo modo como eu reagi ontem. – Ela sorriu de canto.


Anahí: Está tudo bem, Joe. – Dispensou.


Joseph: Não, não está. – Negou – Eu estou com coisas demais pra assimilar, e a ideia de você ter voltado pra ele transbordou meu copo, mas não me dava o direito de colocar pra fora daqui daquele jeito. Me perdoe.


AnahÍ: Perdoado. – Aceitou. – Como você está?


Joseph: Em qual parte? – Ela pesou por um momento.


Anahí: Fisicamente. – Ele assentiu.


Joseph: Cheio de tremores. – Ele ergueu a mão, que tremia visivelmente - Não me deixam comer, eu bebo o mínimo possível e só agua, eu não tenho força nas pernas. Eles dizem que vão passar, e que eu preciso fazer fisioterapia, e outras coisas. Minha cabeça dói quase que o tempo todo, mas o médico diz que vai passar sozinha. – Anahí assentiu.


Anahí: Os exames apontaram algum dano? Algo colateral? – Perguntou, os olhos passando por ele. A imagem de vê-lo vivo, se movendo, apesar de parecer fraco, pálido, ainda era perturbadora.


Joseph: Ian disse que eu estou todo "remendado" por dentro. Palavras dele. O veneno corroeu tudo e demoraram a me dar socorro. – Anahí assentiu – Mas, bem, eu tive anos pra curar, então...


Anahí: Eu quero tirar você daqui. – Disse, direta. Ele pestanejou – Joseph, eu não confio nesse lugar. Coisas horríveis aconteceram aqui, o que foi feito a você incluso, e a justiça está tratando de fechá-lo, mas eu não gosto da ideia de você continuar aqui dentro.


Joseph: Ian disse que tem colegas nossos guardando os corredores. – Apontou.


Anahí: É, e "colegas nossos" me atestaram sua morte e me deram um caixão onde supostamente você estava dentro. Eu confio em poucas pessoas nesse mundo; nenhuma delas está guardando seu quarto. – Apontou, direta.


Joseph: Quem são essas pessoas? – Perguntou, estudando-a. A imagem da mulher a sua frente com a Anahí que ele tinha na lembrança chocavam demais.


Anahí: Minha família. Ninguém a mais. – Ela respirou fundo, e ele assentiu. Familia.


Joseph: Como é sua filha, Anahí? – Perguntou, sem o tom agressivo. Ela sorriu de canto.


Anahí: Um encanto. – Disse, quieta – Ela é elétrica, e risonha, e brincalhona, e cheia de caprichos, de manias, de mimos... Ela é o meu sonho. – Resumiu. Ele assentiu.


Joseph: Você disse que não está com ele. – Anahí respirou fundo.


Ainda Sou EuOnde histórias criam vida. Descubra agora