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OLIVER

Ficamos duas horas, apenas duas horas cronometradas naquele baile beneficente. Quando Margot decidiu que queria ir embora, pouco depois de encontrar Sabrina não pensei duas vezes em realmente sair de lá.

Como meu pai era um dos que mais doavam e era sócio majoritário do instituto, eu tinha completa certeza que iriam me por para falar, nem que fosse para abrir o leilão, eles iriam me enfiar naquele palco. Então podem imaginar meu alívio quando entrei no carro sem ao menos me despedir de ninguém.

- Estou com fome. - fala Margot que está sentada ao meu lado

Estou dirigindo de volta para casa. Não me admira ela está com fome já que não comeu nada no evento, apenas algumas taças de champanhe.

- Daria tudo por um hambúrguer do Burguer King. - continua jogando indireta

Sorrio e a encaro.

- Vamos para o shopping, comprar seu lanche, ok?

Ela sorrir e bate palmas como uma criança feliz

- OK!

Sigo dirigindo até o shopping mais próximo, por ser fim de semana eles fecham mais tarde a praça de alimentação, o que é um alívio.

O estacionamento do mesmo não está muito cheio, creio que pela hora. Estaciono numa vaga mais reservada e me viro para Margot.

- Vamos? - chamo

- Não vou sair do carro assim! - aponta para o vestido de pedrarias. - compra lá e trás para a gente aqui. - me oferece o maior sorriso que aquela boquinha poderia oferecer.

- Você está louca se acha que vou pagar mico sozinho.

- Por favorzinho Oli. - junta a mão. - Eu não aguento nem mais um minuto de salto e esse vestido aqui é para coisas chiques não para ficar na fila do BK.

- Tudo bem então, mas vai ficar me devendo uma. - digo

Saio do carro e entro no shopping. Não está tão cheio quanto imaginei. Compro os lanches, compro para mim também porque sou filho de Deus e nunca se nega hambúrguer.

Volto para o estacionamento e ela já ataca seu hambúrguer antes mesmo deu fechar meu lado da porta. Margot já tirou o salto e pôs os brincos no painel do carro.

- Isso é o paraíso. - fala de boca cheia

- É, é muito bom mesmo. - digo e dou um gole no refrigerante

- Bom? Isso é melhor que orgasmo!

Me engasgo com o refrigerante

- Você não pode está falando sério. - me viro para ela

- É só uma expressão Oliver, Jesus.

- Péssima na verdade.

Vocês têm noção que estamos no estacionamento de um shopping comendo hambúrguer vestidos com roupas chiques, de gala? Tudo porque a bonita não quis entrar por esta muito bem vestida para um shopping.

- Você é diferente do que eu pensava Oliver. - se vira para mim

- Como assim?

- Eu imaginava você como um mesquinho, um riquinho metido a besta, sabe? esse tipo. - segue comendo

- Porque imaginava isso?

- Ah, você sabe. Trabalho para você a quatro anos e você sempre mostrou ser muito mulherengo, irritante, chato...

MargotOnde histórias criam vida. Descubra agora