Epílogo.

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Anos depois .

OLIVER

Saio do carro cansado. Doido para tomar um banho e ver minhas vidas.

Onde já se viu, o famoso Oliver Cooper, o galinha de Nova Iorque querendo apenas suas duas mulheres de toda a vida.

É meus amigos, a gente pensa que não. Mas essas mulheres dão um chá de buceta tão forte que atinge ate o coração, e em casos mais graves, a alma.

Abro a porta de casa e vejo a casa toda escuta. Estranho porque geralmente quando chego às duas já estão aqui.

Margot abriu uma loja aqui e está vendendo como água e Olívia, agora com cinco anos já está na escolinha.

Deixo minhas chaves no aparador perto da porta e subo para me trocar. Coincidentemente lá em cima está tudo apagado também.

Estava passando em frente à sala de tv quando algo me chama a atenção. Um pen-drive plugado no aparelho da tela piscava em direção a porta.

Me aproximo para ver do que se trata e vejo ser o meu antigo pen-drive. Aquele que levei na viagem a Búzios. Viro minha cabeça para ler o que está escrito nele "Me ouça".

Com um certo receio, coloco minha pasta em cima de uma das poltronas. Pego o controle mas antes de ligar me sirvo de um pouco de Bourmon. Ainda de costas aperto o botão verde do controle.

E de repente, a sala que estava em silêncio e atingida por um som forte. Um som pulsante. Um som de um coração batendo. Me viro rapidamente vendo uma imagem em preto e branco. Meu copo cai da minha mão e eu fico encarando aquela imagem toda borrada. Eu não entendo nada mas só aquele som faz o meu próprio coração disparar.

As luzes do nada são acessas. E eu vejo uma cabeleira cor de chocolate correndo em minha direção sorrindo.

- Papai.

A pego no colo antes de chegar perto dos cacos de vidros e a levo para sentar junto comigo nas poltronas.

- Para você. - me entrega uma caixa preta

- Para mim? - pergunto e a pego - posso abrir? - ela confirma

Nervoso ainda, eu abro a caixa e vejo o seu interior todo azul. Dentro vejo um par de sapatinhos de cor azul. Na tampa da caixa está escrito "Estou chegando papai. Assinado: Miguel"

Eu fico bobo com um sorriso no rosto. Abraço Olívia ainda com um sorriso no rosto e encaro a ultra-som e os sapatinhos.

Um filho, eu terei um filho. Caralho.

Duas batidas na porta me faz tirar minha atenção da tela e encarar quem está entrando.

Margot entra já em prantos e eu me levanto para ir de encontro a ela. Paro em sua frente e em meio às lágrimas ela me abre um enorme sorriso.

Eu com certeza estou com o rosto todo vermelho.

Antes de dizer qualquer coisa, tirando de trás das costas, ela me estende uma outra caixinha igual da que Olívia havia me dado.

Eu nego com a cabeça já imaginando o que significa.

Margot confirma com um sorriso no rosto.

Pego a caixinha, tremendo e a abro. Diferente da outra, o fundo dessa era verde, junto com o par de sapatinhos e na tampa da caixa estava escrito. "Estou chegando papai. Assinado: Gabriel."

Eu não aguento, caio de joelhos na sua frente e choro. Choro como um verdadeiro bebê. Beijo seu ventre e aliso sua barriga ainda plana.

Caralho, gêmeos. Serei pai de gêmeos. Dois meninos para mim, para nós.

Margot passa a mão pelos meus cabelos ainda chorando.

- Diz para mim que é brincadeira. - peço para ela ainda descrente

- Não, é a mais pura verdade. - Margot diz chorando

- Eu terei dois irmãozinhos. - Olívia faz com o dedo o número dois e vem nos abraçar.

Alisamos a barriga de Margot e damos vários beijinhos.

- Sim filha, você terá. - diz Margot.

Me levanto do chão e Margot passa os dedos limpando minhas lágrimas.

- Está feliz? - pergunta

- Você ainda pergunta? - digo e sorrio distribuindo beijos pelo seu rosto e boca

Olívia abraça nossas pernas e pula toda boba com os irmãozinhos que estão para chegar.

Mal sabe ela que serão mais olhos para me ajudar a vigia-lá

Pego ela no colo e com o outro braço abraço os ombros de Margot.

- Obrigado. - beijo sua têmpora e a bochecha de Olívia - Vocês, a cada dia que passa, conseguem me fazer ser o homem mais feliz da terra. - as duas sorriem e me abraçam apertado.

Encaro aquelas duas caixas em cima da poltrona. Estou abraçando meu mundo inteiro.

Porra, eu sou muito sortudo.

Porra, eu sou muito sortudo

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FIM!
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Xxlys

MargotOnde histórias criam vida. Descubra agora