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Boca milagrosa

Adam estava tão quieto que era de ser estranhar, sua respiração estava calma demais e apenas o barulho da televisão preenchia o ambiente. Eu estava deitada com a cabeça em cima da barriga dele enquanto assistia Harry Potter.

Me virei de barriga para baixo e percebi que o mesmo estava dormindo, dando suspiros longos e baixos. Até pensei em o acordar só para o perturbar, mas preferi deixar ele do jeito que estava. Sentei na cama e puxei o ar pelo nariz. Quando estava prestes a me levantar, senti a mão de Adam puxar meu ante-braço e me colocar deitada de novo. Seu corpo rolou para cima de mim e Adam apoiou as mão uma de cada lado do meu corpo. Arfei baixinho quando o seu hálito quente bateu no meu rosto.

— Estava indo aonde, Mary Angel? — perguntou tão baixo, quase num sussurro.

— Eu... eu... — tentei responder, porém não conseguia me concentrar com os seus olhos queimando no meu rosto. — Eu ia... no banheiro.

— Claro... — sussurrou.

Ele me analisava com cuidado, gravando cada detalhe do meu rosto, acho. Engoli em seco, olhando para o seus maravilhosos lábios. Adam colocou a mão na minha cintura, deslizando para cima e para baixo. Olhei para sua mão que ia até a barra da minha  blusa e entrava por baixo, e minha pele logo se arrepiou com seu toque, com seus dedos que começaram a fazer círculos na minha barriga.

— Adam, acho que não... — tentei protestar, mas fui calada por seus lábios macios.

        Tentei me mexer para ele sair de cima de mim, mas nada aconteceu. Adam pressionou o corpo mais contra o meu e sua mão acariciava minha cintura. E mais uma vez, fui na expectativa de que conseguiria o empurrar, mas não adiantou. E por fim, cedi quando a sua língua entrou em contato com a minha me perdendo no gosto da sua boca. Relaxei mais os músculos tentando apenas focar no nosso beijo e na sua mão passando pela minha cintura mal coberta pela camiseta.

         Passei os braços pela nuca dele o puxando mais para mim. Gemi espontaneamente quando ele deitou em cima de mim apoiando todo o seu peso no seu braço esquerdo.

         Adam interrompeu o beijo descendo os lábios para o meu pescoço, mordiscando. Fechei os olhos fortemente assim que a língua dele passou pela minha pele. Apertei os dedos na sua nuca e os pelos dele se arrepiaram. Sorri quando as lambidas e beijos chegaram no meu colo, quase próximo ao meus seios.

          — Adam, o que você... — franzi a testa quando o mesmo parou e levantou a cabeça, me olhando como se pedisse permissão.

         Assenti com a cabeça sem pensar duas vezes. Eu já não estava pensando direito, o que ele pedisse, eu deixaria.

       Ele levantou mais a minha blusa e tirou com bastante dificuldade, já que eu estava deitada. A blusa prendeu no meu coque, mas eu não me importei muito com aquele pano. Adam analisou os meus seios quase pulando do sutiã pequeno. Meu peito subia e descia e eu mal conseguia controlar minha maldita respiração. Suas mãos subiram pela minha cintura e foram até o fecho da frente do sutiã. Respirei o mais fundo não tendo consciência daquilo, eu só queria sentir como era aquilo, pela primeira vez.

         Adam abriu o fecho e me olhou antes de puxar a peça para o lado. Minhas bochechas ficaram mais vermelhas possíveis e senti o calor subir sobre minhas pernas. Os olhos deles estavam presos nos meus seios, descobertos e vulneráveis.

         — Mary Angel... — ele passou a língua entre os lábios e puxou o lábio inferior com os dentes.

        Eu estava me sentindo bem, mas ao mesmo envergonhada. Adam me olhava como um predador, e era o que ele era, um verdadeiro predador,atrás de uma presa fácil como eu. É sim, eu sabia que eu era fácil, mas eu não me importava naquele momento, nada me importava, e por mais que eu me arrependesse depois, eu estava nem aí, pelo menos era o que eu aparentava.

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