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O mais normal possívelEu deveria saber que ele estava brincando comigo e me fazendo de idiota. Eu juro que tentei não criar esperanças o resto do dia, mas a minha última aula foi torturante. Eu fiquei pensando nisso o resto dia e me preparando mentalmente para não fazer nenhuma besteira que eu me se dependesse depois. E percebi que tudo foi em vão...
Já eram quase meia-noite e Adam não deu as caras. Eu deveria imaginar, deve ter tido um "imprevisto" na qual ele tropeçou e caiu direto com a boca entre as pernas da Hanna. Típico! Eu estava sendo tão boba em relação há isso. Ele queria que fôssemos amigos, e eu aceitei, mas no fundo, tinha algo me dizendo que isso nunca daria certo, aliás, eu sinto uma coisa a mais pelo Adam que não é recíproco.
Meu corpo não aguentava mais ficar para lá e para cá, quase fazendo um buraco no chão por eu ficar andando de um lado para o outro nervosa. Ele não iria vir, eu sabia disso, mas... E se aconteceu alguma coisa que tenha o impedido realmente de vir? Mas do mesmo jeito, Adam deveria ter me avisado. Eu era tão ingênua.
A minha decisão de dormir já estava tomada, eu já estava arrasada pelo dia cheio e meus pés já estavam doloridos. Caminhei até o banheiro para lavar meu rosto, fiz tudo muito rápido, para que eu pudesse me deitar logo. Apaguei a luz do meu banheiro e fechei a porta, quando dei o primeiro passo no quarto, meu corpo cambaleou para trás e meu coração acelerou, fazendo minha respiração desregular; Adam estava parado, na frente da minha janela com duas sacolas do Walmart e um suporte com dois copos dos Starbucks.
— Desculpa a demora... — sorriu fraco e meio desajeitado.
Seu moletom estava um pouco sujo de neve. Mas não estava nevando... Estava? Estávamos no fim do outono e o tempo até semana passada estava com um sol fraco e simplesmente, do nada começou a nevar! Uau!
Arqueei as sobrancelhas, logo assim franzindo a testa. Eu queria saber o motivo de sua demora, mas estava com medo da resposta. Adam pareceu entender o meu gesto e apenas caminhou até a minha escrivaninha e deixou as coisas em cima.
— Eu não consegui achar um Starbucks aberto. Tive que ir para o outro lado da cidade, onde eu descobri que tem um Starbucks 24 horas. — disse enquanto se sentava na minha cama e tirava os sapatos.
Com ou sem sapato, ele já tinha sujado meu carpete de neve mesmo, não faria diferença.
— Agora você me deve um: " Obrigado, Adam! Você é uma ótima pessoa, um anjo na minha vida." — fez uma voz fina ridícula o que me tirou uma gargalhada.
— Ei, eu não falo assim! — protestei me defendendo. Eu falo assim?
— Oh, claro que não! — debochou — Que tal: " Some da minha vida, Adam. Você é um babaca idiota. Não podemos ter nada!" — ele disse franzindo o nariz. Por um instante eu ri, até começar a ficar meio desconfortável com aquela fala.
Caminhei para perto dele e parei em sua frente, totalmente em silêncio. Adam começou a me analisar dos pés até os meus olhos. Eu estava horrível, com o pijama mais despojado que eu tinha e com o cabelo bagunçado, mas de alguma maneira eu me sentia confortável com ele, eu me sentia livre para andar até pelada, por mais estranho que seja.
Me abaixei e peguei os sapatos dele, logo levantando e colocando os calçados no canto do quarto.— Eu trouxe de chocolate com café... — apontou levemente com a cabeça para as bebidas.
Peguei a minha bebida e coloquei o canudo de papel ali, logo tomando um pouco. E nossa, Eu amo café com todas as minhas forças! Eu adiciono café em tudo que é possível, em tudo mesmo. Faço um gesto afirmativo com a mão e fecho os olhos saboreando aquela deliciosa bebida. Assim que abro os olhos, Adam já estava na minha frente pegando a bebida dele do suporte.

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Pequenas mentiras
Romance★ SEGUNDO LUGAR EM ROMANCE NO RAPOSA DE OURO ❦❦❦❦⚀❦❦❦❦ Mary Angel é uma jovem estudiosa e reservada. Não é como as outras garotas da sua idade, sempre tentou se preservar de todas as maneiras. Assim que iniciou sua faculdade de Medicina, acabou...