XXXVII

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Os três Bs:
Bebida, Beijo e briga

Eu tentei ao máximo não beber muito, eu juro que me segurei para não me descontrolar, mas nada adiantou. Foram alguns copos, mas eu não contei, parei de contar depois do meu quarto copo. Eu estava energética demais, agitada e impaciente. E talvez, muito irritada, o por quê? Adam! Teria outro motivo? Claro que não. Ele está sempre esfregando a porra do relacionamento dele na minha cara. Hanna e Adam ficaram de beijos o tempo todo, e eu apenas observava de longe, me remoendo por dentro e me contentando com o cargo de amante. Isso acabava comigo, de todos os jeitos, aquela cena me mostrava o quão ruim eu conseguia ser por trair a confiança da minha amiga de infância.

Ouvi muitas pessoas dizerem que afogar as mágoas na bebida era o melhor remédio, mas eu sabia que não tiraria a culpa das minhas costas. Eu ja estava um pouco alterada — até demais — e estava quase chorando de raiva.

Hanna estava montada em Adam, que apertava e desferia tapas pela bunda dela, o beijo deles chegava a me dar ânsia de tão nojento que era. Ou eu fazia parecer nojento, porque eu queria estar no lugar da Hanna, porque eu sou tão péssima no nível de sentir inveja da Hanna.

— Acho melhor vocês irem para o quarto... — Lyan sugeriu sem tirar os olhos do celular.

Por incrível que pareça, ele quase não bebeu e estava uns 30minutos bebendo uma lata de cerveja.

Hanna parou o beijo e olhou para Lyan, revirando os olhos e saindo do colo do namorado. Ela pegou a mão dele e o puxou, fazendo Adam se levantar e a seguir, em direção à um longo corredor.
Ótimo! Agora eu seria obrigado a ouvir gemidos.

— Já que estamos a sós...— Lyan disse depositando o celular em cima da mesinha de centro, ele arrastou o corpo, ficando bem perto de mim. — Eu quero fazer muito uma coisa... — ele passou a língua sobre os lábios e olhou para a minha boca, entreaberta.

          Engoli em seco nervosa e observei os lábios dele também. Meu corpo arrepiou quando Lyan tocou minha cintura, e pressionou seus dedos ali, apertando com suavidade. Ele aproximou seus lábios dos meus e me deu um selinho demorado, deixando que eu sentisse a textura de seus lábios, pedi passagem com a língua e o mesmo cedeu, enroscando sua língua com a minha, misturando vários sabores de bebidas em um único gosto. Lyan movimentava sua língua devagar, me fazendo arfar algumas vezes, quando ele sugou e mordeu meu lábio inferior, gemi instantaneamente. As mãos do Fox passavam pela minha cintura e as minhas seguravam seu rosto. Ele me puxou com força para ele, me obrigando a ir para seu colo e eu o obedeci, deixando uma perna de cada lado.

         — Lyan... — Sussurrei entre o beijo assim que ele segurou o meu traseiro com suas mãos, apertando e acariciando com seus longos dedos.

         Me mexi contra seu corpo, e senti algo ficando duro debaixo de mim, me deixando intrigada, porém com mais vontade de continuar com aquela loucura.

         Era impressionante como a bebida move as pessoas tão rápido, porém  eu não estava sendo induzida pela porra da bebida e sim pela raiva e frustração que Adam causou em mim.

          Ouvi um pigarreio alto e me assustei, me separando rapidamente de Lyan e saindo do seu colo — e quase caí. Passei a mão na boca que queimava e olhei para a entrada do corredor, onde Adam estava parado com braços cruzados e com um olhar mortal. Abri a boca para dizer algo, mas a fechei imediatamente, eu estava me sentindo horrível, na frente dele eu estava me sentindo péssima. Com um olhar apenas, ele parecia entender o que se passava dentro de mim, pois apenas concordou com a cabeça e se moveu devagar, indo até cozinha. Virei o rosto para Lyan que me encarava também, em cima de seu colo estava uma almofada preta, cobrindo sua ereção.

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