50. Familiar

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Laura**

 - Para onde a senhora quer ir? - ele pergunta, porem não digo uma só palavra. 

eu estava em choque, o Luan,  o meu Luan estava aqui na minha frente depois desses meses todos. mais parece que ele não lembra de mim. acho que ele não lembra nem dele mesmo..

- esse endereço aqui oh. - dou um papelzinho com o endereço.

- ah! ótimo! - meu choro fica entalado em minha garganta.

- chegamos, - ele avisa estacionando o carro.  eu faço que sim com a cabeça. 

- pode me ajudar com o Luanzinho?

- essa casa me parece familiar!

- Nossa! sério? - digo. Havia dentro de mim um fio de esperança.



— É, mais só é uma impressão, aqui a bolsa do nenenzinho.

- posso te perguntar uma coisa? - pergunto e ele assente. — Aconteceu algum acidente com você?


— por que está me perguntando isso?



— vi na televisão, o rapaz se parecia com você! - menti. Só Deus sabe o quanto eu estava me segurando para não abraça-lo.


— Bom....ouvi um acidente comigo sim, fiquei em coma três meses, Sophia minha noiva, ela quem me acompanhou sabe?

— Noiva....– repito em um susurro.


— sim, pedi ela ontem em casamento!


Eu não disse mais nada, só peguei a bolsa do Rafa e saí andando rápido com lágrimas escorrendo em minhas bochechas.

— Ei! Espera! – ele fala e eu paro mais não o olho. — Como você se chama?



— Laura!

— esse nome me parece....

— Familiar!? É por que é!



— como assim? Não estou lhe entendendo!


— Quer saber?! Foda-se! Luan! Você me conhece , somos namorados, o seu jatinho caiu e você não foi encontrado , está sumido há quase cinco meses! O Luanzinho é seu filho! Eu está de seis meses quando você sumiu!



— Olha, você deve está se confundindo!





— Não, eu não estou! Olhe aqui! - lhe mostrei o celular com nossa foto juntos.




— Eu....Ai! Aí!



— O que foi? – perguntei por ele está gemendo de dor.



— Nada! Eu...preciso ir, - então ele entrou no carro e foi em bora.

PAREDE BRANCA [LS]Onde histórias criam vida. Descubra agora