"- Você é como veneno correndo pelas minhas veias e tomando o meu corpo, seu cheiro impregnou meus lençóis, seu gosto não deixa minha língua, sua voz continua reverberando em meus ouvidos em um looping de luxúria. Você é o anjo mais profano que já p...
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— O número chamado está desligado ou fora da área de cobertura — disse a voz robótica do outro lado do telefone.
Naruto suspirou colocando o celular no bolso. Algo estava errado, Sasuke não respondia suas mensagens e quando tentava ligar o número nem mesmo respondia.
— O que foi? Ino se aproximou do amigo com uma taça de champanhe.
— Não consigo falar com Sasuke — Naruto disse emburrado.
— Você não disse que o garoto foi a uma festa? — ela questionou — Ele deve estar se divertindo, deixe-o um pouco.
Naruto não queria "deixa- lo", mas resolveu acatar o conselho e tentar não pensar nisso e optou por voltar à festa onde conversou com os acionistas da empresa. Junto à irmã e a mãe, deu algumas boas risadas com o jeito divertido de Karin e conseguiu se distrair, mas quando ficou sozinho novamente voltou a se sentir vazio. Ainda eram duas da manhã, Sasuke poderia estar acordado na festa, se quisessem poderiam se ver e quem sabe passar a noite juntos. Afrouxou a gravata vermelha metalizada e se jogou no sofá discando o número do menor outra vez, e mais uma vez não conseguiu completar a ligação.
— O que você está fazendo, babyboy? — Naruto perguntou olhando para a foto de Sasuke em seu contato.
...
Na manhã seguinte Naruto resolveu passar o dia em casa, havia tentado falar com Sasuke durante todo o domingo sem sucesso. Começou a ficar preocupado, mas naquele momento não tinham outro canal de comunicação. Rejeitou as ligações de Ino e Neji, sabia que os amigos queriam e deviam aproveitar o domingo com seus respectivos maridos e era em momentos como aquele que o loiro se sentia um homem sem sorte. O amor que tanto fazia bem para seus amigos só tinha o machucado e por isso o sentimento não era algo com o que sabia lidar.
Ouviu a campainha soar e resolveu ignorá-la, continuou jogado no sofá olhando para o teto e ela voltou a soar ainda mais insistente, ainda assim o Uzumaki permaneceu na mesma posição.
— Eu sei que você está ai, oxigenado! — era a voz de Karin do outro lado da porta — Me deixa entrar ou fico pelada no corredor do seu apartamento.
Conhecendo a irmã como conhecia, Naruto não duvidou que ela fosse capaz de tal ato. Bufou levantando-se do sofá confortável e andando até a porta, abriu-a encostando-se no batente e olhando a ruiva.
— Papai e mamãe deviam ter usado camisinha — foi o que disse e Karin sorriu.
— Eu adoro quando finge que não me ama — disse ela passando pelo mais velho — Agora vai tomar um banho e coloca uma roupa bem bonita que vamos dar uma volta.
— Não mesmo — disse Naruto.
— Eu acabei de voltar de uma pós de tres anos em Paris, custa me dar um pouquinho de atenção? — ela fez aquela maldita cara que Naruto nunca resistiu desde que eram crianças.
