"Diante de mim havia duas estradas. Eu escolhi a estrada menos percorrida e isso fez toda a diferença".
Paulo Coelho
Jennie chorava.
Não havia conseguido ser forte e sabia que Lisa nunca hesitaria por quem ama... Era por esse motivo que ela era uma boa Rainha, seu coração sempre falava mais alto.
Alaska ordenou que soltasse Lisa e a Rainha segurou o vestido se aproximando rapidamente de Jennie. Quando o rebelde que bateu na Princesa tentou a barrar, a Rainha arrancou a Coroa de sua cabeça acertando com toda sua força na cara dele e sua mão esquerda no meio do nariz dele... Ela viu sangue sem saber de onde vinha, mas não se importava.
Alaska a encarou, o amor era um sentimento idiota que inutilizava até mesmo a mais poderosa das pessoas.
Aquele homem caiu sentado no chão... A Coroa rolou amassada e Lisa se ajoelhou na frente de Jennie, que tinha a cabeça no colo de Sina que olhava desesperada para a Rainha que estava colocando o cabelo da Princesa atrás da orelha.
- Me perdoa, por favor... - Disse chorando e abaixou a cabeça encostando os lábios na testa dela.
A Princesa ergueu a mão fazendo carinho no rosto dela. - Não assina... Eu entendo que eu tinha que estar aqui pra ela não desconfiar que vocês sabiam, mas não assina.
- Eu não posso viver sem você... Eu prefiro não ser Rainha, do que perder a única chance que eu tenho de amor na vida. - Ela sussurrou olhando o estrago no rosto de Jennie, então o olhar de Jen se encontrou no de Lisa e Jennie soube.
- Eu não consegui ser forte... Me desculpe. - A Princesa disse.
Lisa riu em meio ao choro do absurdo que ela falou e beijou a testa dela de novo, mas tinha que seguir o plano. Então se levantou olhando Alaska. - Leve Jennie e Tiziano para a ala hospitalar.
- Enquanto você não assinar esses papéis, eu não faço nada. - Alaska a encarou esticando uma pasta.
Lisa trincou o maxilar, pegou a documentação e olhou, isso lhe levou para um túnel de lembranças.
...
Quando tinha cinco anos, seu avô lhe olhou nos olhos e falou que seria uma Rainha... Para Lisa tudo sempre foi diferente, naquela época achava que estava apenas em uma família, não entendia o que era ser uma Rainha... Nem mesmo sabia o que era uma.
Foi a primeira vez que ouviu falar sobre o que era um Reino, foi quando entendeu sua importância no mundo.
Com sete anos, entrou nas aulas de etiqueta, a professora era severa... Mas ela gostava de Lisa porque ela era organizada. Enquanto isso a Princesa Schreave estudava com outros mil professores, todas as línguas do mundo, todas as matérias, mas no fim do dia sempre tinha um diário para escrever todas as suas frustrações.
Com nove anos começou a entender de papéis, sua cabeça dava mil nós quando estava tentando fazer alguma coisa, seu pai esteve ao seu lado nesses momentos... Com doze anos, ela se dedicou a escutar o povo. Não ficava na presença deles, não gostava de contato. Se sentia um bichinho de exposição quando era exibida para os plebeus.
Com treze ela tinha um portfólio pronto com as maiores reclamações do povo, aos 16 ela era poliglota e estava iniciando a faculdade de Relações internacionais, foi quando entendeu um pouco mais da política e econômia dos países e foi quando aprendeu a se comunicar legitimamente com as Nações, prestou um concurso de diplomacia apenas por petições de seus professores e passou sem problema algum.
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The Heart of a Queen [REVISÃO]
Ficción GeneralEla pode governar seu País, mas jamais seu coração... Lalisa foi criada para ser a Rainha e como tal não aceitava que mandassem nela. Sempre colocou o dever na frente de todos os seus planos e sempre teve certeza de tudo, menos do que um dia poderi...