Capítulo 31

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   — Como foi a sua vingança? — e por que pergunta? Deveria está lá para saber.
   — Tudo correu muito bem — não posso deixar a curiosidade me matar. — Onde foi?
   — Resolvendo assuntos passados. — Diz a me olhar — fui visitar Anna — a fúria a tomar meu corpo chego perto, mãos em punho tentando manter a calma encaro seus olhos.
   — Foi capaz? — sobrancelhas franzidas me olham.
   — Por que não? Está melhor, o medico me contou o que aconteceu. — Me sento a sua frente a olhando, não deveria estar com tanta raiva, mas não posso confiar nela, não ainda — tem mesmo esperança de acordar? Está lá há seis meses.
   — Anna é forte, vai acordar — deixo minhas costas sobre o sofá, seu corpo se levanta e ouço um suspiro.
   — É bom, um pouco de esperança, em momento de guerra — por que diz isso? Matar Nick não é uma declaração de guerra.

   Pela manhã quando acordo no café já espero pela primeira notícia da manhã, ansiosos de frente a tv, tio Mike e Cris já estão na sala de estar, caminho com Débora para o lado de ambos e bem na hora começa a reportagem.
   — Bom dia a todos, pela madrugada de ontem moradores relataram que antes da explosão que matou mais de 45 pessoas ocorresse, muitos carros chegaram e muitas pessoas adentraram esse lugar e que no momento da explosão na euforia das pessoas que corriam, os mesmos carros saíram. As vítimas alvo seria Nick Bracho, um dos maiores criminosos procurados de toda Inglaterra, não sabemos ao certo quem poderia ter o feito, mas ninguém tem dúvidas que pode ter sido um acerto de contas, aliás, todos os homens de preto que entraram para o pub, saíram ilesos, ninguém quis dar testemunho além das pessoas que viram. Estúdio.
   — Testemunhos inválidos — sorri — não ajudarão em nada — olho as imagens das câmeras de seguranças da avenida e apenas da para ver que entramos, ainda bem que nenhum rosto foi identificado.
   — Deu tudo certo — Mike suspira, antigamente sorríamos e bebíamos, mas agora é apenas alívio, por estamos vivos.
   — O maior mafioso da Inglaterra está bem debaixo do nariz da autoridade e eles estão sendo enganados direitinho — Cris começa.
   — Nunca vão achar nossa família, somos mais inteligentes que eles. — Débora diz e a olhamos, sentada com um copo de uísque. — Mas tome cuidado, nunca se sabe — por que diz essas coisas? É como se ela mesma estivesse planejando algo para a família se ferrar, tudo isso me dá nos nervos, mas não posso fazer nada a não ser se cauteloso.
   — Irei sair, tome cuidado, há homens vigiando nós — pego na chave do carro.
   — Como assim filho? — olho para Mike e suspiro.
   — Não se preocupe, apenas tomem cuidado. — Saio a caminho da casa de Nick.

   No caminho para a casa do homem morto, estou a falar com Thomas que ficou de providenciar o endereço para mim, agora vou descobrir o que esteve planejando contra a minha família, seus aliados e o que aprontava. Parando meu carro em frente a grande mansão, observo bem se não tem nenhum segurança, mas parece que depois do noticiário de hoje, não tem mais ninguém aqui para ser escravo daquele homem. Entro pelo portão da frente adentrando a sua casa, pelos gramados observo tudo ao redor. A casa não é feia, devo admitir isso, o jardim parece bem cuidado, uma fonte no meio divide o caminho, árvores ao redor e bancos. Quando entro para a casa está tudo um repleto silêncio, uma escada em caracol, estátuas e quadros, ostentação até no corrimão de ouro. Total silêncio talvez se derrubasse uma moeda no outro cômodo, ouviria. As minhas botas fazem barulho no chão cru, sem mais delonga vou direto à procura do seu escritório. No segundo andar adentro a sala que fede a charuto, sento sobre o notebook, coloco a senha que Thomas me enviou por e-mail e lá está, não sei por onde começar. Que tal pelos arquivos?

   Era o que eu suspeitava desde o início, estavam juntos com os Jones, planejavam a minha morte e a notícia boa, era que não sabiam de Anna, não sabia que estava viva. Entro nas conversas para ver que de aliados só tinham os franceses, mas havia um espião na qual menciona na conversa com Pierce Jones, uma pessoa que estava comigo para saber dos meus planos, Débora! Não, não poderia ser já saberiam que iria atacar o pub, quem seria? Rolando pela tela do notebook pude ver um nome e uma foto familiar, Claire, por que falaria com ela?

 "Descubra onde mora". N

 "E como farei isso? Não somos tão próximos para um chá da tarde". C

 "Siga-o". N

   Respiro fundo, pois sabia que era muito estranho á relação de Claire, parecia realmente que me seguia, sabia! As pessoas ao redor da minha casa, os homens de preto poderia ser a mando da vagabunda! Tento manter a calma a abrir todas as gavetas e ler arquivo por arquivo, cartas e cartas, estão em francês, não é um problema para mim, só comprova que estão juntos, um sorriso desenha meu rosto quando penso que à notícia pode ter chegado à França e se chegou ótimo. Fecho a gaveta e me levanto, seria bom colocar fogo aqui ou deixar para um próximo morador? Procuro algo que posso colocar os arquivos dentro, uma bolsa de papelão com bebidas dentro me chama atenção, o nome na bebida também, é da empresa de Nick, jogo a garrafa no computador que pifa e quebra a tela, despejo o resto da bebida toda em volta da secretaria, tiro as luvas que uso e despejo todos os papéis dentro da bolsa só paro quando ouço barulhos de saltos pelo corredor.
   — Nick como deixa sua casa desprote... — Claire para de falar quando me olha e se assusta com o computador pifando atrás de mim, tenho tanta raiva que nem mesmo sinto medo pelo estouro, olho em seus olhos vendo que parece surpresa, tentando disfarçar, sorri para mim. — Harry! Que surpresa! — torce os lábios.
   — Ainda mais para mim — chego perto — se tentar algo com a minha família ou com Anna, você some como ele sumiu. É melhor voltar para sua casinha, longe daqui — passo pela mulher indo em direção à saída da casa. Seu carro está atrás do meu e não demoro em ir embora. Como pude deixar isso acontecer? Do mesmo modo outras pessoas podem está investigando minha vida.

De volta a vida -  Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora