Capítulo 44

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   Eu não queria saber de mais nada a não ser me vingar de todos, Anna estava certa, eu só teria paz, só viveria do modo que quero, como uma pessoa comum quando matasse os meus obstáculos. Por fim poderia me aposentar de vez da máfia, e so tem um jeito de fazer tudo isso. 
   — Vou ligar para o tio Mike — me disfaço do abraço da menina e antes que falem mais alguma coisa já estou dentro do pequeno escritório; digito o número do homem com rapidez, meus pés a tremer, a morder os lábios em nervosismo, a querer quebrar a primeira coisa que está a minha frente, nunca fui bom em controlar o ódio que sentia e o sentir agora, depois de tanto tempo, depois de tanto pensar em uma liberdade e ver que eu tenho tudo em mente para alcança-lá, é preciso apenas fazer o que sempre faço, o que fui treinado para fazer, o que é de sangue, matar! Então se tirar a vida de uma família completa é a minha paz. Estou destinado a isso. 
  — Mike — após ouvir sua voz e pedir para que trouxesse todos da família para cá, para uma reunião, coisa que não fazíamos a muito tempo, saí de onde estava, porque com certeza teria que comparecer ao lugar, mesmo tendo passado o nome do apartamento para Úrsula, antes era meu.

    Assim que chego no lugar, o apartamento está revestido dos homens de preto, não tem nada de imprensa, nada de policiais, nunca senti tanta raiva de ver os homens como senti agora, como puderam deixar?
    — Onde vocês estavam? — olho o carpete com as mãos nos bolsos a tentar manter a calma enquanto aperto o pano nos meus dedos — ONDE DIABOS VOCÊS ESTAVAM!!! — olho cada um deles.
   — Pesquisamos tudo no local — encaro o garoto a minha frente — acontece que não o vimos entrar, porque eles já estavam aqui dentro — Henry me olha nos olhos, enquanto estou repleto de confusão — os assassinos moravam nesse lugar, entravam e saíam normalmente, se mudaram a alguns meses, os tais 'homens de preto' — fez aspas — eles se infiltraram para que não descobrissem que eram da máfia — me deu um papel — da França, mandados por Adrovtch Jones — tento me lembrar do nome, mas acontece que nunca o ouvi — irmão de André.
  — Um garoto de dezoito anos tem mais coragem de me dirigir a palavra do que vocês? — encaro todos. Logo Thomas, Dallas e Dantas juntamente com Paul entram no apartamento e encaram a todos. Chamo Henry para meu lado e suspiro — O resto está dispensado — a tropa de preto saem do meu alcance e apenas os cinco ficam ao meu lado. Tento manter o máximo do controle possível a respirar fundo. — Quero que despeça eles, quero pessoas competente ao meu lado, contrate e treine faça o que você sabe, chame outros homens para a segurança da casa. Venda a merda desse apartamento — digo a Dantas que concorda — e você trate de informar a mãe da menina e mande uma quantia a mais do que ela ganhava para sua mãe. — Encaro Thomas que também concorda — e você — Henry me olha nos olhos, admiro a coragem do capaz — você será agora da segurança especial. Quero que você se prepare, será o segurança da Annastácia, passe mais tarde no meu escritório, direi mais coisas — saio do apartamento pelos corredores e observo tudo, às câmeras, caminho rápido para o elevador, assim que estou no hall caminho até o porteiro. 
   — Chris — o mesmo me olha abrindo um largo sorriso e logo o fechando.
  — O que houve? Parece ruim — deixa sua xícara de chá sobre o balcão.
  — Você poderia me deixar ver as câmeras? — o mesmo torce os lábios me olhando e depois o computador a sua frente — passei meu apartamento para uma moça.
  — É eu não a vejo a uns dias — suspiro.
  — Quero ver algumas coisas apenas. 
  — Se aconteceu algo? — ele balança a sua cabeça a digitar algo.
  — É apenas por precaução — o mesmo suspira e confirma.

   Depois de ver tudo e querer apenas bater na primeira coisa, tento manter a calma a agradecer Chris, não há nada, porcaria nenhuma nas merdas das câmeras. Saio do prédio em direção ao carro e antes que entre, vejo que dois homens de preto me olham, dirijo o dedo do meio para eles, entrando no meu carro. O sorrisinho deles me deixa nos nervos e por um momento sinto que estou perdendo e odeio me sentir assim. Quando chego em casa me sinto mais calmo, apenas preciso de um banho, de nada que relacionasse a empresa e de ninguém falando comigo, subo rápido passando pelas mulheres da cozinha, me direcionando para o banheiro dispo minhas roupas e deixo a água fria cair no meu corpo, não me importo com o choque que senti, apenas quero que tudo saía de mim, nunca me senti tão ruim perante a algo que me fará tão bem, acontece que tirar vidas não me satisfaz, não me dá o mesmo prazer que antes, ver que continuo ganhando. Só quero sair desse mundo, só quero olhar para o lado e ver pessoas normais, ser normal, não vou mentir, dói saber que a minha felicidade só virá se tirar vida de outras pessoas, mas também a vingança por meu pai, por minha família. Enfim, eu irei por em ordem e por um fim na guerra que tínhamos desde sempre, desde que eu nem era um feto. Por um momento é apenas o que quero, não penso em abandonar a minha empresa, algo que contruí sozinho, não precisei do meu pai, não segui o meu pai, é apenas meu. E eu estou feliz com as minhas escolhas de vida. Não me arrependo do passado, se não fosse por ele eu não estaria pensando como penso hoje, mas me pego a pensar toda noite, e se o passado fosse diferente, como estaria hoje? 

De volta a vida -  Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora