Capítulo 28

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   Depois de jantar, voltei para casa, não esperava ter que entrar e encontrar sete homens na minha sala de estar, só havia se esquecido da reunião que havia marcado. Encaminho todos para o escritório, quero logo acabar com tudo e ir dormir, estou exausto e à noite de sono era muito convidativa.
   — A festa será no mesmo Pub que encontrou Otto para os jogos, depois da sua morte eles tomaram o local para eles — olho direto ao caderno à minha frente, o antigo pub de Otto, quer dizer que talvez, ou cem por cento, Nick contratou os empregados de Otto não sei se devo me preocupar ou não. — Harry! — olho os olhos do rapaz e suspiro.
   — Iremos tentar invadir, quero explosivos escondidos em todos os lugares e na noite da festa, no meu sinal entramos e tentamos matar o máximo, depois explodimos aquele lugar, é bom que seja quase no fim, para evitamos holofotes, não quero minha cara estampada como um mafioso no jornal quero que fiquem a vigiar, estaremos em alerta para o ataque — olho tio Mike, suspiro e passo a mão nos meus cabelos — quero ver aqueles malditos na amostra grátis do inferno, vai ser um trabalho rápido, tempo suficiente para saímos antes dos policiais e bombeiros chegarem — tomo um gole do uísque do meu copo — dispensados. — Olho fixamente para o quadro que tem no pequeno escritório, tudo tem que ser milimetricamente calculado, rápido e com um estrago enorme, não me importa nada a não ser a morte de Nick, foda-se seus empregados, foda-se seus bens, eliminando ele, menos uma preocupação. Sinto que há mais alguém na sala, olho para o canto para ver Mike a me olhar.
   — Você tem certeza filho? E se tiverem mais aliados? E se...
   — Quero os ver pagarem por tudo que já fizeram, cada um deles, os Jones serão os próximos e se tiverem aliados. Que venham! — Mike me olha e suspira.
   — Ok Tulio, está dito, é uma ordem! — Suspirou e sorriu. Túlio, por que insistem de lembrar como lembro meu pai? Às vezes isso dói e às vezes tenho orgulho. Fico a beber até algumas horas a mais antes de decidir finalmente ir dormir, tomo um banho relaxante e me sento à cama, bebo um comprimido e suspiro, os dias vem passando rápido, dia após dia, nada da minha pequena Anna acordar.

   Acordei há muito tempo e ainda na cama realizado por ter dormido muito bem, olho para a janela do quarto com pequenas luzes de sol entrando por ali, me espreguiço e me sento à beira da cama, tento pentear os emaranhados cachos para trás e acho que hoje é um dia para cortar novamente esse cabelo, tomado coragem me levanto do conforto indo em direção ao guarda roupas. Pronto para um dia de corrida, saio do apartamento para uma volta no quarteirão, hoje para mim o dia vai ser um pouco corrido, vou a casa para pegar documentos úteis para a viagem e ver como está o movimento, decidi não dispensar os seguranças que pedi para Dallas, precisaria deles a vigiar a casa, caso tentem algo a mais, deixo documentos importantes do escritório, irei à empresa, irei visitar Anna, vou ao cabeleireiro e chamarei Cristal para sair hoje à noite. Dando minha última volta, acabo por perceber que um carro estranho preto com vidros igualmente, está à frente do apartamento e que há um homem de terno e óculos a olhar para lá. Sem querer alarmá-los ponho o capuz e abaixo minha cabeça, ainda são oito da manhã e não tem tanto movimento nas ruas. No meu andar entro rápido subindo correndo para meu quarto, olho discretamente para fora e vejo que ainda estão lá, não sei quem são, mas não parece paparazzo. Minutos depois de terem se ido, comunico Dallas da presença deles e espero uma resposta, resolvo tomar um banho, quem quer que são, não sabem que estou aqui, Dallas está lá fora, nada irá acontecer, relaxo embaixo da água morna e fecho meus olhos.

  "Você não vale nada Túlio!".

  Abro meus olhos assustado com a lembrança de Débora apontando uma arma para meu pai, suspiro, pois nem no meu banho matinal tenho sossego. Ponho uma roupa confortável e desço para ir ver Anna, antes que saia vejo as janelas, vendo que não voltaram, cumprimento Cristal e Débora com um bom dia e vou em busca do meu carro...

   — Cada dia mais bonito — vejo Nina, a dona da floricultura a sorrir e faço o mesmo — já sei, lindas rosas amarelas hoje, sim?
   — Hoje quero algo diferente — a mesma toma um semblante confuso pensativo e intrigante, com um dedo ao queixo olhando para algum lugar simulando está pensando, me olhou com os olhos dilatados e sorriu.
   — Girassóis?
   — Me surpreenda — enquanto prepara o ramo de flores olho a caixa de mensagens para ver que por uma vez na vida estou tendo paz da empresa nas minhas mini férias. Faltam alguns dias para iniciar as viagens e os desfiles e nunca estive mais ansioso, ainda com medo e desconfiado de Débora, não saberei se posso dar uma chance para ficar na minha casa com Cristal, sei que tio Mike está lá, mas eu espero tudo de Débora, e a mil possibilidades de coisas que ela pode está tramando, e se reconciliar estava no plano para começar o seu plano.
   — Aqui menino, um por conta da casa — na minha mão havia um ramo de girassóis e outro de lindas rosas azuis, essas nunca havia visto, agradeço e pago pelas flores. Acho que sair com Cris, irá ajudar a esquecer à loucura da minha cabeça, está um buraco sem fundo de assuntos de desfile, negócios e finanças, preocupações e um bocado de coisas. Mesmo liberando tudo isso do meu pensamento, ainda não consigo ver um jeito de descobrir quem contou aos Jones sobre o meu plano, Débora ainda não saiu da minha lista e o pior de tudo é que não tem outra pessoa a não ser ela. Para quem mais Mike contaria? Mas eis à questão e se não foi ela, quem foi? Estaciono o carro e saio do estacionamento, há alguns paparazzo na porta e não entendo o porquê, mas passo por todos e apenas os cumprimento, subo direto para o quarto de Anna e não vejo Helena por aqui.

De volta a vida -  Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora