Capítulo 47

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   Annastácia

   Assim que acordo pela manhã Harry já não está na cama, talvez já teria saído para a empresa. Um pouco preguiçosa ainda fico no lugar quente e confortável por alguns minutos. À porta é batida e logo aberta.
   — Senhorita Annastácia ainda não está pronta para nosso treino? — encaro o menino à minha frente e me sento a cama.
   — Ainda nem tomei café. Que horas são? — o mesmo encara seu relógio de pulso e sorri.
   — Meio dia — meus olhos se abrem em uma velocidade que saio da cama, como pude dormir tanto?
   — Desço em minutos Henry — o vejo sair da minha presença e corro para o banheiro. Tomo um banho rápido e ponho uma roupa confortável para o treino, agora que eu e Harry voltamos para Londres não terá tanto tempo para está comigo, como em todo o tempo que estou aqui. Desço as escadas tendo a visão do segurança na porta em pé, o mesmo me entrega uma maçã e agradeço a gentileza e preocupação. Caminhamos quietos um ao lado do outro, me sinto ansiosa por apenas está ao seu lado, mas Henry está calmo, não parecia incomodado com o silêncio.
   — Então quantos anos tem? — olho para ele que mantém seu olhar no ponto que olha.
   — Tenho vinte anos senhora — dou uma risada e o mesmo me olha com sobrancelhas franzidas.
   — É só um ano mais velho do que eu, não me chame como se fosse sua mãe — vejo o rubor que surgiu nas suas bochechas enquanto dou risada e brinco. — Apenas Anna, por favor — vejo que concorda. — Por que quis estar aqui? Digo, ser segurança de um mafioso. — O mesmo dá de ombros.
   — Eu e meu irmão não temos ninguém, acabei os estudos e preciso de dinheiro para a faculdade — chegamos no fundo da casa, onde estou a treinar a minha pontaria com arco.
   — Você é o irmão mais velho? — ele balança a cabeça que não, enquanto segura o arco o trazendo para mim.
   — Eu sou o mais velho — me viro para ver o dono da voz e se trata de Dantas, encaro Henry que sorri meia lua — Annastácia, tem uma ligação urgente para você no escritório do Harry — não sei do que se trata, mas sei que era estranho, quem ligaria para mim ou até mesmo urgente?
   — Me espere aqui, por favor — Henry concorda com um aceno e eu e Dantas caminhamos de volta para a casa, não tive nem tempo de me sentir surpresa por saber que Dantas e Henry são irmãos. Correndo entre a casa para ir logo ao escritório assim que entro pelas enormes portas onde Thomas está, corro ao seu encontro, seguro o telefone agradecendo a ele e ponho ao meu ouvido respirando fundo.
   — Quem é? — olho os dois seguranças à minha frente e não ouço a voz de ninguém.
   — Olá Annastácia — meu cenho franze com a voz feminina e logo ouço barulhos intrigantes no fundo — você está ouvindo? O seu queridinho está tão fraco — meus olhos se arregalam e desligo.
   — Conseguem rastrear esse número?
   — Sim, chame o Piers — vejo Dantas ir rápido atrás do homem que não conheço enquanto procuro o revólver de Harry.
   — Thomas, reúna os seguranças — jogo a arma para a mesa e procuro cartuchos— sequestraram Harry, chame Henry para ir comigo, rápido — seguro na arma e corro para fora, assim vejo os seguranças, Dantas e o tal do Piers, ambos vão ao escritório, logo os homens de preto estão a minha frente reconheço alguns. — Dantas envie o endereço para Dallas, estaremos a caminho do lugar. — O homem concordar comigo — Dallas e Henry venham comigo, o restante nos acompanhe — dois carros foram ocupados por cinco homens enquanto eu e Henry entramos no de Dallas.

   O endereço do lugar que Piers rastreou já estava no GPS de Dallas, a cada minuto me sinto ainda mais furiosa e ansiosa, quando o carro para num lugar totalmente deserto os seguranças se espalharam num passe totalmente treinado, eu e os outros dois entramos na mata para tentar achar Harry, foi quando consegui avistar a mulher de vestido vermelho colado ao seu corpo, cada um dos seguranças de Harry apontaram uma arma na cabeça dos poucos homens ao redor da mulher e do homem ensanguentado sobre a cadeira, ninguém percebeu a nossa chegada, enquanto a mulher fala com Harry sentado a debochar da sua cara. Assim que virou e me viu com a arma apontada para ela a sua reação foi chamar os seus capangas.
   — Não tente, cada um tem uma cabeça marcada — vejo todos assustados, é quando os meus seguranças saem de trás dos arbustos apontado cada rifle na cabeça de cada um dos homens dela, a mesma acaba por sorrir e me olha debochada, Henry e Dallas desfaz os nós das cordas que prendem Harry enquanto sinto meu dedo coçar para atirar na sua cara de tartaruga.
   — Com uma arma na mão até traidor tinha coragem de encarar rei — sorri para ela e me aproximo da mesma abaixando a arma.
   — Acontece que o traidor mexeu com o rei errado, ele não pensou muito bem, né? — me distancio olhando em seus olhos vendo a raiva transparecer por sua face. — Se você se aproximar dele novamente, você não vai ter só dez homens mortos. A sua cabeça vai estar na minha sala de visitas — me afasto da garota ouvindo os tiros dos homens, os corpos caem ao pé da vaca que não se move apenas me encara fundo nos olhos e me afasto junto aos homens de preto. — Você não sabe com quem está se metendo. — Fico com a sua visão de raiva, os homens caídos e a ameaça na minha mente. — Querida, avise a Gibson que você foi a última para contar a história.

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