Não existem mais barreiras

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Finalmente Ladybug havia conseguido cumprir a ultima ordem de Mestru Fu. Ela olhava orgulhosa para a nova caixa dos Miraculous que agora se encontrava completa. Sentiu Chat pôr uma das mãos em seu ombro o que a fez direcionar o olhar para ele e sorrir, aproximando-se um pouco.

- Está feito.

- Sim. Demorou mais do que deveria, mas... conseguimos.

Ela então guardou a caixa dentro de um cofre programado com uma senha digital. Por enquanto os Miraculous ficariam ali até entender o que de fato deveria fazer com eles. Mas por hora, aquele não era o momento de pensar nisso. O que mais importava era se entender com Chat Noir, com Adrien, com seu amor.

Os dois deram-se as mãos e caminharam até a cama dela, sentando um ao lado do outro.

- Como está se sentindo? – ele perguntou enquanto acariciava-lhe os dedos.

- Leve... parece que tiraram uma pedra das minhas costas, um peso que eu levei por muito tempo, todos esses anos... no qual eu fui liberta.

- Eu também me sinto assim. E mesmo sabendo que o meu pai morreu, eu fico aliviado por saber que agora, ele pode descansar de tudo o que passou enquanto estava vivo... eu sabia que ele sofria muito pela minha mãe, mas não imaginava o quanto... -  abaixou a cabeça dando um suspiro, porém logo sentiu uma das mãos de Ladybug trazendo seu rosto devolta, de frente ao dela.

- Eu tenho certeza que agora ele está descansando ao lado da sua mãe Adrien e os dois estão finalmente juntos, assim como nós.

Chat deu um sorriso um pouco mais animado e  se aproximou para que pudesse puxar o corpo de Ladybug para o seu colo. Os dois deram uma risada baixa, trocando um beijo rápido.

Com os olhos presos aos dele, Ladybug o acariciou retirando os fios de cabelo loiro sobre a mascara negra e aproveitou para descer com os dedos sobre sua forma, desenhando em volta.

- Posso te fazer uma pergunta...?

- Pode...

- Naquela noite que você se machucou com o vidro da sua penteadeira, não foi um acidente não é?

Ela negou em silencio com olhar abatido. Ele então a abraçou melhor, envolvendo completamente sua cintura e encostou seus lábios aos avermelhados de Ladybug que já os abria, completamente sedenta por um beijo.

- Me perdoe por ter te causado algum sofrimento, qualquer um... Por todos esses anos que eu me mantive cego... por tudo o que eu fiz, brincando de ser outra pessoa enquanto eu vinha te visitar por trás dessa máscara... mas meu amor, eu só queria um pouco da sua atenção... quando eu descobri que estava apaixonado por você... era tarde demais, porque justamente, eu precisei te ver nos braços de outro, fazendo o que na verdade eu sempre quis que fosse comigo...

Ladybug havia fechado os olhos ao mesmo tempo em que deixava o ar sair de dentro da sua boca e ir de encontro aos lábios de Chat, que roçava de encontro aos seus enquanto ele falava.

Ela suspirou, totalmente embriagada de paixão.

- ... Ele tinha a sua atenção, o seu amor, o seu corpo... e eu fui tomado por um sentimento no qual nunca havia sentido por mulher alguma, e foi aí que eu me dei conta que era ciúmes. Eu tava ardendo de ciúmes por dentro em saber que você estava com o Luka, que você estava beijando ele... fazendo amor com ele...

De repente, ela balançou a cabeça o que fez se calar.

- Não... eu não consegui. Eu não... não fui dele completamente porque eu jamais conseguiria fazer amor com qualquer outro homem se não fosse com você...

Chat deixou que o ar todo do seu peito saísse na mesma hora. Ele mal conseguia acreditar no que tinha ouvido. Isso queria dizer, que naquele tempo todo, ela se guardou unicamente para ele...? Da mesma maneira na qual ele havia feito?

Então não haveria chances de ter alguma dúvida, isso estava completamente fora de questão. Era para ser somente um com o outro e nada mais. Mais ninguém.

- Marinette... você ainda é...?

Ela balançou a cabeça sorrindo.

Essa foi a gota final. Chat os jogou na cama, ficando por cima do corpo de Ladybug que automaticamente o beijou abrindo suas pernas para que ele se encaixasse melhor dentre si. Os dois voltaram a se olhar, trocando um sorriso.

- Eu não posso mais ficar longe de você... não consigo mais conter o meu desejo. – ele sussurrou apertando suas mãos unidas às dela sobre a cama. Ladybug então elevou unicamente a cabeça para lhe dar mais um beijo rápido, confidenciando um pedido.

- Então vamos fazer amor agora, mas sem mascaras, sem barreira alguma...

Ele sorriu concordando com ela e assim, os dois fecharam os olhos simultaneamente.

- Esconder garras.

- Transformar.

Quando abriram seus olhos novamente, se depararam com seus rostos desnudos. Assim como ficaria seus corpos, suas almas, seus corações. Totalmente entregues e livres para se amarem completamente. 

O pedaço que falta em mimOnde histórias criam vida. Descubra agora