Santana depois de ter visto Amaya subiu em seu cavalo e foi a diretamente falar com Fernando, seu imediato.
- Fernando... Ah, estou de mãos atadas... - Disse Santana sentando em uma cadeira.
- Acho que você confiou demais nas pessoas... - Disse Fernando cruzando os braços.
- O que quer dizer? - Disse ele arqueando uma sobrancelha.
- Juliano tirou a comprovante da liberdade de Amaya da comarca da região... Olha...- Suspirou Fernando. - Ela só poderá ser sua se você compra-lá no mercado de Escravos. Mas Amaya tem que ser inteligente e convencer venderem ela no mercado de Escravos...
Santana ficou com uma expressão de ódio, respirou fundo e disse:
- Eu vou para a Corte. - Disse ele olhando diretamente para Fernando.
- Do jeito que andam as coisas, é melhor você ir mesmo. - Disse ele de certa forma confirmando algo que poucos entenderiam.
°•∆•°
Juliano levou Amaya para o quarto mais isolado da casa e junto dele acompanhar dois Escravos homens. Juliano deixou Amaya em cima da cama de casal do quarto.
- Saiam! - Disse Juliano muito feliz.
Juliano tocou no rosto de Amaya levemente fazendo um carinho, e com muito cuidado tirou a faixa da boca de Amaya.
- O QUE VOCÊ VAI FAZER COMIGO?! - Gritou Amaya.
- Nada... - Sorriu ele. - Nada ainda.
- Por que você está fazendo isso? Por que se tornou um escravocrata?! - Perguntou ela com lágrimas nos olhos.
- Amaya... Isso é mais complicado que você imagina. Olha, todo mundo sempre te amou, eu nunca tive o meu lugar nesta família. Francisca morreu para te salvar. Eu só me tornei um abolicionista para livrar Francisca da escravidão e fazer o maior desejo dela se tornar realidade. - Disse Juliano sentando na cama com um tom muito sincero.
- Você pode fazer isso acontecer, ainda dá tempo... - Disse Amaya olhando para ele.
-... NÃO. Olha, Francisca há de me perdoar! Mas você vai sofrer tudo o que os outros que se foram deveriam ter sofrido! - Disse ele saindo da cama com toda raiva.
Amaya fechou o rosto em expressão de ódio.
- Francisca... Há de me perdoar... - Disse ele com voz de choro. - VENHAM AQUI! AMAYA! SE DEPENDER DE MIM, VOCÊ NUNCA SERÁ LIVRE!
Os dois Escravos iniciais voltaram correndo até o cômodo.
- PRENDAM ELA COM AS MAIS APERTADAS CORRENTES, COLOQUEM A MÁSCARA DE FERRO NELA, ELA NÃO COME ATÉ SEGUNDA ORDEM!! - Gritava ele energicamente.
Os Escravos carregaram Amaya até a senzala, enquanto as lágrimas deviam do rosto dela.
°•∆•°
- Como você conseguiu fazer isso Juliano?! - Disse Ângela em fúria.
- Com uma espiã muito bem paga... - Disse ele olhando para a janela mais próxima dele.
- Como pode cometer tal crime?! Pagou quanto para que tirassem qualquer registro da liberdade de Amaya da comarca da região?! - Gritava cada vez mais alto Ângela.
Juliano sorriu e pegou um pequeno sino ao seu lado e balançou.
Na hora, Ângela não pode crer... Ali em sua sala, a espiã de Juliano era a Criada de Santana.
- Como pode trair a confiança de seu patrão?! Que lhe deu a liberdade... - Disse Ângela com nojo na voz.
A Criada apenas abaixou o rosto em sinal de vergonha.
Ângela saiu com muita raiva ao encontro de Amaya.
°•∆•°
Chegando lá Ângela pediu que soltassem Amaya das correntes e que lhe trouxessem roupas novas e comida boa.
- Sinto muito Amaya... - Disse Ângela triste.
Amaya apenas fechou os olhos e disse:
- Que bom que não é só as almas que vivem aqui nesta casa. Mas os anjos também! - Disse ela sorrindo para Ângela.
Ângela sorriu timidamente.
- Amaya, eu queria te perguntar... Sobre uma pessoa... O Firmino.
Amaya abriu a boca em sinal de surpresa.
OEEEERR
DESCULPA PELA DEMORA
Eu... Viajei :P
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À FRENTE DE SEU TEMPO
Historical FictionVamos Voltar. Deste exato momento, até o final do Século XIX. Para ser exata, Março de 1888. Ano da Abolição. Vamos observar, viver, e sentir a vida de Amaya, uma escrava negra que foi agraciada pela vida e condenada pela sua posição social, pelo se...